PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

Cap. 3º

MANOEL PINTO GUEDES

(atualizado em 06-abril-2019)

 

 

Fabricio Gerin

 

 

Manoel Pinto Guedes, batizado em 03-02-1636 em Santa Maria de Sedielos, filho de João Pereira (da Fonseca Osorio) e Catarina Guedes.

“Manoel fo De João pereira et de Chatarina guedes de Sermenha Baptizei eu Lourenço Ribeiro nesta Igra, oie tres de feveireiro de 1636 foram padrinhos Domingos pinto et maria de freitas fa de Gaspar de freitas todos desta frga administreilhe os sanctos olios fis este q asinei era ut supra. Lourenço Ribeiro”.

 

Em 08-08-1661 apresenta quitação de próprio punho, no inventário do irmão João Pinto Guedes, onde diz que recebia do testamenteiro do seu irmão, Domingos Afonso (que mais tarde seria seu sogro), a quantia de sete mil réis que o defunto lhe devia.

 

Casou com Domingas Rodrigues de Escudeiros, batizada em 06-06-1650 na Sé de São Paulo, filha de Domingos Afonso de Escudeiros e Maria Rodrigues, inventariada em 04-12-1668, neta materna de Antonio Rodrigues Baião e Isabel Ribeiro, família “Antonio Rodrigues Baião”.

Em 06-06-1650 Sé de São Paulo bat. Domingas, f. de Domingos Afonso Escudeiro e Maria Rodrigues – padrinhos: Francisco Camargo e Maria Ribeiro.

 

Em 21-05-1666, na vila de São Paulo, em casas de Maria Ribeiro, dona viúva, Manoel Pinto Guedes assina pela viúva Maria de Unhate na abertura do inventário do marido Francisco da Fonseca Borges (no mesmo inventário consta um recibo de 10-05-1666, passado por seu irmão Francisco Pinto Guedes, que no inventário era procurador e tutor e curador da órfã Maria: Recebi de Manoel Pinto Guedes 12 patacas que me devia Francisco da Fonseca como consta do testamento, e como testamenteiro do dito defunto me pagou. S. Paulo 10-05-1666 Francisco Pinto Guedes – em 20-07-1669 foram dadas contas dos bens no mesmo inventário por Gregório Guedes Pinto, por estar casado com a viúva Maria de Unhate – Termo de Curadoria aos 20-07-1669 nesta vila de S. Paulo a Francisco Pinto Guedes por ser tutor da orfã Maria, filha que ficou de Francisco da Fonseca Borges, por ser casado com uma tia da órfã (a órfã era neta de Pedro Lourenço, filho este de Maria Ribeiro, irmã de Isabel Ribeiro, esta mãe de Maria Missel, casada com Francisco Pinto Guedes). (aa) Manoel Pinto Guedes = Francisco Pinto Guedes = Gregório Guedes Pinto).

 

Em 31-10-1671 foi feito almotacel na vila de São Paulo: “pelos ditos ofisiais da camera foi acordado que servisem e nomearão pera iso a Miguel dias bravo, e a manoel pinto guedes pera o que serão os ditos notificados e se lhe dara juram.to pera servirem ... M.el pinto guedes” (“Actas”, vol. VI, fls. 261). Em 01-07-1679 também foi feito almotacel na vila de São Paulo: “foi dado juram.to dos Sanctos Evangelhos ... a M.el p.to guedes e a Izidoro tinoco pera servirem de almotaceis ... M.el pinto guedes” (“Actas”, vol. VII, fls. 31).

 

Manoel faleceu em 1681, com inventário (o qual está muito danificado, faltando folhas).

Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo

Inventários e Testamentos não publicados

Pesq.: Fabricio Gerin

capa Manoel Pinto Guedes 1681

Diz Manoel Pinto Guedes, orfão, requer a legitima que ficou por morte de seu pai Manoel Pinto Guedes. 29-03-1695

Titulo dos filhos:

continuação:

Clemente de seis anos

Maria de 4

Francisco de 2 anos.

 

Certidão: citei a viuva Domingas Rodrigues de Escudeiros e o Alf. Diogo Alvares Pestana, como procurador e Bartolomeu da Rocha do Canto, procurador ad lidem dos orfãos, e João Pinto Guedes, orfão de maior.

 

Aos 14-04-1681 nesta vila de S. Paulo juramento a viuva Domingas Rodrigues - curadoria de seus filhos: assino por minha constituinte a seu rogo Diogo Alvares Pestana.

Termo de dinheiro dado a ganhos. [a margem] levou Aurelio Pinto Guedes em legitima na sua folha de partilha.

Contas da curadora aos 29-12-1682.

Notificou-se o Cap. Francisco Pinto Guedes aparecesse em juizo para determinar quem ha de ser curador.

Dinheiro dado a ganhos. [a margem] levou em folha Antonio Pinto Guedes.

Curadoria aos 10-09-1682 a Antonio Rodrigues de Escuderos para ser curador dos orfãos.

Confessou Antonio Pinto receber de Maria da Cunha, o que lhe deve em folha de partilha. (aa) Antonio Pinto Guedes.

Estou pago e satisfeito do que me houve a dever Matias da Costa 03-08-16?? João Pinto Guedes.

Aos 22-01-1688 juramento para curador dos orfãos deste inventario a Diogo Alvares Pestana.

Recebi deste Juizo 5$550 rs (aa) Aullerio Pinto Guedes.

Contas que deu o curador Domingos Alvres Pestana aos 25-10-1691:

Gastos com o vestuario dos orfãos: Manoel Pinto Guedes, Clemente Pinto, Francisco Pinto.

Contas em 06-04-1692. Gastou com os orfãos Manoel Pinto e Clemente Pinto.

Contas aos 23-03-1693 gastou com os orfãos: Manoel Pinto, Clemente Pinto, Francisco Pinto.

Contas aos 04-07-1694, gastou com os orfãos Manoel Pinto, Clemente e a orfã Maria.

Contas aos 03-01-1695 gastou com os orfãos Manoel Pinto, Clemente Pinto e Francisco Pinto.

Contas aos 22-02-1698 do curador Diogo Alvares Pestana da curadoria dos orfãos seus sobrinhos:

Gastos que fez a orfã Maria Pinta que tomou estado.

Gastos que fez Francisco Pinto Guedes: 6$400 rs que pagou a Clemente Pinto.

Fica devendo para a orfã Maria Pinta 71$800 rs os quais recebeu Antonio Luiz por ser casado com a orfã Maria Pinta. (aa) Antonio Luiz do Passo.

 

A viúva Domingas Rodrigues de Escudeiros, em 1683 já estava casada em segundas núpcias com José (ou Jerônimo) de Faria.

[A Freguezia dos Batataes, de J. Machado Tambellini, fls. 387 (fac-símile): 1683 Libelo de Francisco Bueno de Camargo contra os herdeiros de Manoel Pinto Guedes – Libelo apresentado contra os herdeiros do defunto Manoel Pinto Guedes por parte do Capitão Francisco Bueno de Camargo – Em 1683, nesta vila de São Paulo, apareceu Luís Fernandes Francês, procurador bastante do Capitão Francisco Bueno de Camargo, pelo qual foi dito e requerido que ele vinha apresentar um libelo contra os herdeiros do defunto Manoel Pinto Guedes – serão os ditos herdeiros citados, assim como o marido da viúva que do dito defunto ficou, Jozeph de Faria, e seus enteados maiores de 14 anos, e o curador Antonio Rodrigues por parte dos menores – Diz o Capitão Francisco Bueno de Camargo que ele suplicante fez petição para serem citados os filhos do defunto Manoel Pinto, dos quais nomeados por esquecimento não fez nomeação da pessoa de Aurélio Pinto, o qual dizem [ser maior de] 14 anos, e por não causar nulidades ao seu libelo, assim lhe faça mandar passar mandado para ser o suplicado citado para apresentação do dito libelo e não dando cópia ... se fará diligência com seu curador Antonio Rodrigues escudro em cuja casa está, para que lhe faça saber – notifique a Aurélio Pinto para apresentação do dito libelo, 16/03/1683 – Certifico eu, Manoel de Oliveira, meirinho do campo nesta vila de São Paulo e seu termo, em cumprimento do mandado, citei a Antonio Rodrigues de Escudeiros, curador do dito órfão, respondeu-me que se dava por citado, 29/03/1683 – Diz o Capitão Francisco Bueno de Camargo, morador nesta vila de São Paulo, que ele quer por uma ação de libelo cível contra os bens que ficaram do defunto Manoel Pinto Guedes e seus órfãos, sobre e por razão de um negro que lhe levou para o sertão contra vontade do suplicante para o que lhe é necessário mandado para ser citada a mulher que do dito defunto ficou e de presente é de Jozeph de Faria, Domingas Rodrigues, e seu filhos João Pinto e Antonio Pinto, e pelos menores de 14 anos a seu curador Antonio Rodrigues – assim lhe faça mandar passar mandado para que qualquer oficial de justiça vá as fazendas e casas dos suplicados e os cite em suas pessoas para apresentação de libelo na primeira audiência que vai fazer depois da citação feita, e dado caso não ... e não deem cópia de si se fará a diligência com familiares de suas casas ou mulher ou vizinho chegado para que lhes faça saber – [notifique] todas as pessoas nomeadas para apresentação de um libelo, 15/03/1683 – Certifico eu escrivão ao diante nomeado, fui a casa de Jozeph de Faria e o citei a ele e a sua mulher Domingas Rodrigues, e a João Pinto, e a Antonio Pinto a todos quatro em suas pessoas, e me responderam que se davam por citados, e que faltava um órfão maior de 14 anos que estava com seu tio, 15/03/1683 – Certifico eu Manoel de Oliveira, meirinho do campo nesta vila de São Paulo e seu termo, em como em cumprimento do mandado atrás, citei a Antonio Rodrigues de Escudeiro como tutor e curador de seus órfãos, filhos que ficaram do defunto Manoel Pinto Guedes, 26/03/1683 – Procuração de Francisco Bueno de Camargo, 28/03/1683, nesta vila de São Paulo: apareceu presente Francisco Bueno de Camargo, aqui morador, constitui por seus bastantes procuradores a saber, nesta vila, Luís Fernandes Francês, Tomás Mendes Barbosa, Jerônimo Pedroso de Oliveira, na vila de Santos, Vicente Pires da Mota, Pantaleão da Pena, e no Rio de Janeiro, o Licenciado Antonio de Barros e Roque de Barcelos – Capitão Francisco Bueno de Camargo contra Domingas Rodrigues, mulher que foi de Manoel Pinto Guedes, e de presente casada com Jozeph de Farias, e os órfãos filhos que ficaram do dito defunto e seus bens, todos nesta vila moradores, e pela ré seu marido Jozeph de Farias – P. ele autor que entre os bens móveis que possui era um negro do gentio da terra criolo por nome João, oficial de carpinteiro, grandíssimo sertanista, o qual o tinha o autor nas suas roças dos Batatais a plantar ou mandar plantar e ter conta de todos os mantimentos que havia mandado fazer para o combrio do sertão na viagem que ele autor fazia – P. que estando o dito negro João nas plantas, o defunto Manoel Pinto, primeiro marido da ré, e pai dos órfãos, vindo para o sertão como foi, lhe levou o dito negro ao sertão sem licença nem autoridade do autor, deixando as suas roças e plantas ao desamparo, no que lhe causou grande perda, tanto dos mantimentos como na grande perdição de gente que o autor teve a falta do dito negro e dos mantimentos, vindo de recolhida – P. que levando o dito Manoel Pinto ao dito negro ao sertão, lhe morreu lá andando em seu serviço, pelo que se lhe deve pagar o dito negro dos bens e fazenda do dito defunto e seus herdeiros, cada qual na parte que lhe tocar, conforme o préstimo e valia do dito negro, o qual o tinha o autor em estimação de 200 patacas, que tanto pede e demanda – P. o autor que a ré foi casada a face de Igreja com o dito Manoel Pinto Guedes, que Deus tem, e como sua legítima mulher lhe ficou a metade dos bens do casal, e portanto não pode ser escusa de pagar por si e seus bens a metade do valor do dito negro que são 100 patacas, e a outra metade os órfãos filhos do dito defunto como legítimos herdeiros que são na fazenda e bens que ficaram do dito Manoel Pinto, pai dos órfãos, e primeiro marido da ré – P. recebimento de seu libelo e sobretudo inteiro cumprimento de justiça, e provado necessário, serão os réus condenados na quantia das 200 patacas que é o valor do negro, e nas custas dos autos, o que tudo pretende pela melhor via de direito – Termo de acostamento, 27/03/1683, nesta vila de São Paulo: acostei a estes autos o libelo, procuração, duas petições, mandado e certidões de citação – Aos 03/04/1683, nesta vila de São Paulo, apareceu Jozeph de Faria, pelo qual foi dito que se dava por suspeito por ser parente do Capitão Francisco Bueno de Camargo]

 

Domingas, viúva novamente, faleceu em 01-01-1717, com testamento de 09-11-1716 (feito em São João de Atibaia), e inventário aberto em 06-03-1717. Sem geração do segundo matrimônio.

SAESP – Inventário de Domingas Rodrigues de Escudeiros:

Autos: 06/03/1717, nesta cidade de São Paulo – inventariante: João Pinto Guedes – todos os bens que ficaram por falecimento de sua mãe Domingas Rodrigues de Escudeiros

– a dita defunta fora casada duas vezes, a primeira com Manoel Pinto Guedes, e tivera 7 filhos: ele inventariante, João Pinto Guedes, Antonio Pinto Guedes, Aurélio Pinto Guedes, Manoel Pinto Guedes, Clemente Pinto Guedes, já defunto, do qual ficaram 3 filhos: Manoel, de 19 anos, João, de 16 anos, e Maria de 14 anos, Maria Pinto Guedes, casada com Antonio Luís do Passo, do segundo matrimônio fora casada com Jerônimo de Faria, e dele não tivera filhos, e a dita defunta falecera aos 01/01 do presente ano, e fizera testamento – curadoria ao Capitão Antonio Pinto Guedes – dívidas que se devem a esta fazenda: deve Antonio Luís do Passo juros por um assinado seu – dívidas que a fazenda deve: ao inventariante João Pinto Guedes de ajustamento de contas, a seu filho Antonio Pinto Guedes de dois novilhos – termo de requerimento que fazem os herdeiros: pelo inventariante João Pinto Guedes, Antonio Pinto Guedes e Manoel Pinto Guedes, os quais pediam que as peças escravas fossem obrigadas em dinheiro para o tempo das partilhas – Diz o Capitão Manoel Pinto Guedes, morador nesta cidade, que para bem de certo requerimento que tem, é necessário o treslado do testamento com que faleceu Domingas Rodrigues, mãe do suplicante.

 

Treslado do pedido. Em nome da Santissimo Trindade Padre Filho Spirito Santo tres pessoas distintas e hum Só Deos verdadeiro. Saibam quantos este Instromento virem como no Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil e Setecentos e dezaseis annos aos nove dias do mes de Novembro eu Domingas Rodrigues estando em meu perfeito juizo e entendimento que nosso Senhor me deo e por estar doente em cama e temendo pela morte e dezejando por minha alma no Caminho da Salvação por não saber o que Deos Nosso Senhor de mim quer fazer e quando será servido me levar para Sy faço este testamento na forma Seguinte: Primeiramente emcomendo a minha alma a Santissima Trindade que a criou e logo ao Padre Eterno pella morte e paixão de ...nito Filho a queira receber como recebeo a Sua estando para morrer na arvore da vera cruz e a meu Senhor Jezus Christo pesso por suas Divinas Chagas ... que nesta vida me ... e merecimenttos de seus trabalhos ... ... na vida que esperamos ... delles, que he a gloria e pesso ... a gloriosa virgem Maria Senhora Nossa Madre de Deos e a todos os Santos da Corte Celestial particularmente ao meo Anjo da guarda e ao meo digo e a Santa do meo nome e aos mais Santos a quem tenho devoção a Saber ao gloriozo Santo Antonio a invocação da Conceição da Senhora queirão por mim interseder e Rogar a meo Senhor Jesus Christo agora, e quando minha alma deste corpo sair por que como verdadeira Christam protesto de viver e morrer em a Santa fé Catholica e crer o que tem e cre a Santa Madre Igreja de Roma, e nesta fé espero de salvar minha alma não por meos meressimentos mas pollos da Santissima Paixão do unigenito filho de Deos = Rogo ao Capitam Bertholameo da Rocha Pimentel e ao Capitam Francisco de Camargo que por Serviço de Deos Nosso Senhor e por me fazerem mercê queirão ser meos testamenteiros = Meo corpo Será Sepultado na Igreja da freguezia de Sam Joam da Tybaia com o funeral que se custuma e poder ser na mesma freguezia = por minha alma deixo se digam duzentas missas das quais se daram a esmolla custumada = Declaro que sou natural da Cidade de Sam Paulo filha legitima de Domingos Affonço e Maria Rodrigues ambos defuntos = Declaro que fui cazada duas vezes a primeira com Manoel Pinto e a Segunda com Jozeph de Faria tambem defunto: do primeiro matrimonio sam vivos sinco filhos e hua filha a saber Joam Pinto Guedes = Manoel Pinto Guedes = Antonio Pinto = Aurelio Pinto = Francisco Pinto = e Maria Pinta = a qual está cazada com Antonio Luiz. Declaro que tenho tres netos de menor idade filhos de meo filho Clemente Pinto ia defunto a saber dous machos e hua femia os quais todos sam meos legitimos e forsados herdeiros = Declaro que pesuo seis pessas escravas: hum negro do gentio de Guiné por nome Luiz ... huma mulata por nome Maria com tres filhas e hum ... saber Jozepha = Mercia = Roza = Joseph de menor idade = pesuo tambem hum tacho grande de cobre hum ... huma saya de saraphina, hum manto e huma ... como tambem tres ... dous machados e ... o que tudo entregará e dará a inventario meo filho Joam Pinto Guedes em caza do qual estam ... = Declaro mais que ... administrado de huma pessa do gentio da terra ... está ... comsigo ... meo genro Antonio Luiz tem por nome Jozeph ... ... em direito a tal administração a meo filho Joam Pinto por fiar delle ...mo a pessoa forra e liberta = Declaro que devo de resto de contas ... com meo filho Joam Pinto a quantia de Cesenta e dous mil novecentos e trinta reis da qual quantia lhe mandei pasar huma clareza no pé das ditas contas ...gnadas pello Capitam Francisco Correa de Lemos e Francisco de Camargo Pimentel por eu não saber ler nem escrever e quero que a tal clareza tenha toda a força e vigor que em direito pode e he necessario ... para a boa arecadaçam da dita quantia por assim ser ... minha comciencia eu ... tambem a meu filho Antonio Pinto ... garrotes ... anno os quais mando se lhe paguem segundo sua estimação e valor = Declaro que me deve meo genrro Antonio Luis a quantia de quarenta e tres mil reis procedidos de resto da venda de hum negro que vendeo meo filho Manoel Pinto por noventa e tres mil reis os quais cobrou meo genrro Antonio Luis e delles pagouse por minha ordem sincoenta mil reis a meo filho Antonio Pinto e assim me resta a dever quarenta e tres mil reis de resto = Declaro nomeo e instituo por meo herdeiro do que restar de minha terça depois de pagas as dividas e cumpridos os meos legados a minha alma para que por ella se me mandem dizer em missas = Declaro que o rapas Jozeph filho da mulata Maria quero e ordeno livre e forro e que para isso seja lançado na minha terça e deixo por seu tutor ... a meu filho Joam Pinto Guedes para que o crie e doutrine e isto se entende cabendo a sua valia ou valor na minha terça alias não = Declaro que nunca fis nenhum outro testamento e assim por este revogo outro qualquer testamento ou doacção que por mim aparesa ... quero que só este valha e tenha vigor ainda que os outros ... clausulas de rogatorias deste expressas ou tacitas e nada que sejão insolitas e derrogatórias e ainda que aqui se lhe douvesem depor de verbo ad verbum ... que ... por vistas e declaradas e ainda que diga em algum dos presedentes testamentos que não valha nenhum outro que ao diante fizer senão ... signal ou palavras = Para satisfazer meos legados ... aqui declaradas e dar expediente ao mais que neste meo testamento ordeno ... aos Senhores Capitam Bertholameo da Rocha Pimentel e Francisco de Camargo que por Serviço de Deos Nosso Senhor e por me fazerem mercê queirão ... ser meos testamenteiros como no principio deste testamento pesso aos quais e a cada hum in solidum dou todo ... que em direito posso e for necessario para ... tomarem ... que necessario for ... meo ... e cumprimento de meos legados .. devidas = ... por que esta hé a minha ultima ... do modo que tenho ... Rogo ... João Rabello de Barros asigne por mim por eu não saber escrever. Na freguezia de Sam Joam da Tibaya aos nove dias do mes de Novembro de mil setecentos e dezaseis. Asigno a rogo da testadora João Rabello de Barros = Joam Delgado de Camargo = Francisco Correa de Lemos = Thomas da Costa Soares = Jozeph Ribeiro Lima = Jozeph Barbosa Pires = Domingos Soares de Souza = Cumprase como nelle se contem Tybaia o primeiro de janeiro de mil setecentos e dezasete = Joam Rabello de Barros = O qual treslado de testamento Eu Francisco Cardozo Sodre escrivão de orphãos desta cidade de São Paulo, fis aqui tresladar bem e fielmente do proprio original o qual entregei a João Pinto Guedes que assignou aqui de como o recebeu, et com o dito original este corri, comcertei, et comferi com o outro official comigo abaixo assignado, e sem que duvida fassa. Dado nesta dita cidade de São Paulo aos vinte e hum dias do mes de Julho do anno de mil Setecentos e dezoito, et eu Francisco Cardozo Sodre o fis escrever e sobescrevi et assignei. Franco Cardozo Sodre. Concertado por mim escrivão. Franco Cardozo Sodre. João Pinto Guedes.

 

Foram filhos de Manoel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues de Escudeiros:

1- João Pinto Guedes, capitão § 1º

2- Antonio Pinto Guedes, capitão.

3- Aurélio Pinto Guedes

4- Jo[---], batizada em 13-09-1671 na Sé de São Paulo. Não consta dos inventários paterno e materno.

(Jo..., filha de Manoel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues ...).

5- Joana, batizada em novembro de 1672 na Sé de São Paulo. Também não consta dos inventários paterno e materno.

Sé de São Paulo (Joana, f. de Manoel Pinto Guedes e Domingas ...).

6- Manoel Pinto Guedes, capitão

7- Clemente Pinto Guedes

8- Maria Pinto Guedes

9- Francisco Pinto Guedes.

 

3- Aurélio Pinto Guedes, batizado em 02-11-1668 na Sé de São Paulo.

Sé de São Paulo (Livro 00, fls. 74: novembro 1668 bat.Aurélio, f. de ... Pinto Guedes e Domingas Rodrigues ...).

          Em 25-06-1695 foi feito almotacel: “foi feito eleysão p.a servir de Almotaseis os seis mezes e sahirão eleyros p.a servir o mes de Julho e agosto M.el das neves da silva e An.to pinto guedes e p.a servir o mes de setembro e outubro o Capp.am Bertholameu de Rocha pimentel, e aurelio pinto guedes e p.a novembro e dezembro o sargento maior fran.co de Amaral gurgel e Dom fran.co Rondom e luna” (“Actas”, vol. VII, fls. 473).

 

          Casou com Ana Borges de Cerqueira, batizada na Sé de São Paulo aos 09-10-1672, filha de Jerônimo Pedroso de Oliveira e Beatriz Borges Barreto. Ana não é citada no rol dos filhos de Jerônimo e Beatriz em SL, 3, 535, 2-1.

Em 29-02-1698, no inventário de João Preto de Oliveira, (aberto em 1697 em Atibaia), toma dinheiro a ganhos, e é seu fiador seu sogro Jerônimo Pedroso de Oliveira

Termo de dinheiro dado a ganhos a Aurelio Pinto Guedes – 29-02-1698 nesta vila de S. Paulo apareceu Aurelio Pinto Guedes (...) seu fiador Jeronimo Pedroso de Oliveira – Mostra-se neste inventario estar um termo de dinheiro dado a ganhos a Aurelio Pinto Guedes e não se mostra esteja a quantia paga, por termo algum de quitação; e só se mostra no sinal do dito Aurelio Pinto, estar duas vezes pg pg, o que não basta. Notifique-se Aurelio Pinto Guedes para que dentro em tres dias, pague o que deve. 03-09-1706 - Satisfazendo o despacho (...) deve Aurelio Pinto Guedes a quantia de -------, seu fiador seu sogro Jeronimo Pedroso de Oliveira – aos 19-07-1715 nesta cidade de S. Paulo apareceu o Alf. Manoel Martins Colaço – foi dito que devia neste inventario sua cunhada Maria de Almeida 20 mil rs que tinha cobrado de Aurelio Pinto. Se não achava quitação dada ao dito Aurelio Pinto).

 

Aurelio teve a filha natural:

3-1n Teresa, batizada em julho de 1690 na Sé de São Paulo, filha de Maria, mulher solteira.

S. Paulo, SP em julho de 1690 bat. Teresa, filha natural de Aurélio Pinto e ... Maria, mulher solteira – padrinhos: ... ...rique da Silva e Domingas Rodrigues.

 

Aurélio Pinto Guedes e Ana Borges de Cerqueira tiveram os filhos, batizados na Sé de São Paulo:

3-1 [...], batizado em 17-03-1696.

São Paulo, SP em 17-03-1696 bat.... filho de Aurélio Pinto e Ana Borges Cerqueira – padrinho: Jerônimo Pedroso.

3-2 Isabel, em 13-06-1697.

São Paulo, SP em 13-06-1697 bat. Isabel, filha de Aurélio Pinto e Ana Borges – padrinhos: Manuel Martins ... e Beatriz Pinto.

3-3 João. Batizado em 26-12-1699.

São Paulo, SP e,26-12-1699 bat. João, filho de Aurélio Pinto e Ana Borges de Cerqueira – padrinhos: João Pinto Guedes e Maria Cerqueira, viúva do defunto Diogo da Fonseca.

3-4 Brígida Borges (tambem Brigida Paes Leme), batizada na Sé de São Paulo aos 28-02-1702, filha do Capitão Aurelio Pinto Guedes e de Ana Borges de Siqueira casou com o alferes Manoel de Souza Rego natural da freguesia de São Sebastião da cidade de Ponta Delgada Ilha de São Miguel dos Açores, filho de Manoel da Costa e de Clara de Sousa.

          O casal teve filhos nascidos nas Minas Gerais na comarca do Rio das Velhas: Freguesias de Santo Antonio do Bom Retiro da Roça Grande e Santo Antonio do Rio Acima.

          No dia 22-06-1751 cinco de seus filhos entraram em conjunto com processo de Inquirição de Genere na Ilha de São Miguel, nos Açores. Foram eles: José Borges; Pedro Borges Celestino; Luis Borges, Francisco Xavier, os quatro naturais e batizados na freguesia de Santo Antonio do Bom Retiro da Roça Grande termo de Sabará, e Adrião Borges natural e batizado na freguesia de Santo Antonio do Rio Acima do mesmo termo de Sabará.

(pesquisa Moacyr Villela) Fonte: Inquirições de genere na Ilha de São Miguel – Atlântida – revista de cultura volume LVII ano 2012 – Instituto Açoriano de Cultura.

 

(pesquisa Fabricio Gerin) ACMSP, De genere et moribus 3-17-1817 José Borges, Pedro Borges, Celestino Luiz Borges e Francisco Xavier, ano 1750

Dizem José Borges, Pedro Borges, Celestino Luis Borges e Francisco Xavier, que da certidão junta consta não se achar assento do recebimento de seus avós maternos Aurélio Pinto Guedes e Ana Borges de Cerqueira, e porque tem com quem justificar o dito recebimento

Dizem José Borges, Pedro Borges, Celestino Luis Borges e Francisco Xavier que para juntar as suas diligências de genere necessitam certidão do recebimento de seu avô materno Aurélio Pinto Guedes com a sua avó materna Ana Borges de Cerqueira – O Padre Matias Álvares Torres, cura desta catedral, certifico que revendo os livros dos casamentos desta freguesia, em nenhum deles achei o assento que na petição se pede, e talvez por faltarem livros antigos, e consta-me por informação de pessoas fidedignas que tiveram conhecimento dos ditos avós maternos dos suplicantes, que sempre se trataram por casados, e por tais tidos e havidos, o que se verifica do assento do batismo de sua filha Brígida Borges, o qual me reporto, em que diz que Ana Borges Cerqueira era a mulher de Aurélio Pinto

08/06/1750, nesta cidade de São Paulo – 1ª tt João Martins da Fonseca, viúvo, natural e morador nesta cidade, que vive de sua lavoura, de 84 anos.

2ª tt Manoel Pinto Guedes, casado, natural e morador nesta cidade, que vive de suas agências, de 77 anos.

3ª tt o Reverendo Cônego João Gonçalves da Costa, natural desta cidade e nela morador, de 91 anos – conheceu muito bem Aurélio Pinto Guedes, natural desta cidade, e conheceu também Ana Borges de Cerqueira, natural desta mesma cidade ...

Auto de diligências de genere feitas neste bispado por requisitória do de Angra a favor de Joseph Borges e seus irmãos, 06/06/1750

José Borges, Pedro Borges, Celestino Luis Borges, Francisco Xavier, batizados na Matriz de Santo Antonio do Bom Retiro da Roça Grande, comarca de Sabará, e Adrião Borges, batizado na Matriz de Santo Antonio do Rio Acima, bispado do Rio de Janeiro, irmãos, filhos legítimos do Alferes Manoel de Souza Rego, natural da Matriz de São Sebastião da cidade de Ponto Delgada, Ilha de São Miguel, deste bispado de Angra, e de Brígida Paes Leme, natural da Matriz de São Paulo, netos maternos do Capitão Aurélio Pinto Guedes e Ana Borges de Siqueira, naturais da dita Matriz de São Paulo, que eles pretendiam promover-se a ordens menores e sacras

01/06/1750, nesta cidade de São Paulo – 1ª tt Miguel de Moraes, solteiro, natural desta cidade e morador no bairro dos Pinheiros, que vive de suas lavouras, de 55 anos – só conhecera Brígida Paes Leme, mãe que se diz ser dos habilitandos, natural e moradora que foi desta cidade – conhecera o Capitão Aurélio Pinto Guedes, que vivia de sua fazenda, e morador que foi com a sua mulher Ana Borges de Siqueira no bairro dos Pinheiros, freguesia desta cidade – disse que é afilhado da dita Ana Borges de Siqueira

2ª tt Ana de Moraes, casada, natural desta cidade, e moradora no bairro dos Pinheiros, de 57 anos.

02/06/1750, nesta cidade de São Paulo – 3ª tt Sebastião do Prado Cortez, casado, natural desta cidade, e morador no seu sítio de Imboassaba, distrito dela, que vive de suas lavouras, de 60 anos

03/06/1750 – 4ª tt Francisco Cezare Moreira, casado, natural desta cidade e morador no distrito dos Pinheiros, que vive de suas lavouras, de 61 anos

5ª Maria de Cerqueira Paes, viúva de Francisco Leite Ribeiro, natural e moradora nesta cidade, de 66 anos

6ª Inácio Xavier Cezar, casado, natural desta cidade e morador no seu sítio dos Pinheiros, que vive de sua lavoura, de 47 anos

7ª Inês de Borges, casada com ... Rodrigues, natural desta cidade, de 40 anos – conheceu muito bem o Capitão Aurélio Pinto Guedes e sua mulher Ana Borges de Cerqueira, avós maternos que se diz serem dos habilitandos, os quais era naturais desta cidade, e moradores no seu sítio dos Pinheiros, e viviam de suas lavouras, e que passaram para as Minas Gerais há muitos anos, e outrossim disse que conheceu Brígida Paes Leme, filha dos ditos, a qual também era natural desta cidade, e foi com seus pais para as ditas Minas – conheceu ela testemunha parentes clérigos desta família, como é o Cônego Tomé Pinto, sobrinho inteiro do dito Capitão Aurélio Pinto Guedes, e o Padre Simão Pinto Guedes, que também é sobrinho do mesmo capitão

06/06/1750 – 8ª tt Salvador Fernandes, viúvo, natural da cidade do Rio de Janeiro, e morador nesta de São Paulo, onde é alfaiate, de 27 anos – a dita Ana Borges de Cerqueira padeceu a infâmia e rumor de judia, porque pretendendo ele testemunha ordenar um filho como de fato tem ordenado, tivera impedimento com que lhe saíram algumas pessoas, enquanto julgavam que Camila Leme, sogra dele testemunha e avó de seu filho, tinha parentesco com Lucrécia Leme, avó de Jerônimo Pedroso, e este pai da referida Ana Borges de Cerqueira, porém que ...

9ª tt Francisco Álvares Calheiros, presbítero do hábito de São Pedro, natural e morador nesta cidade, que disse ser de 64 anos – sabe por conhecer muitos clérigos desta família, como é o Muito Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes e o Padre Simão Pinto Guedes, que ambos eram sobrinhos do dito capitão Aurélio Pinto Guedes, por ser o Padre Cônego f.l. de João Pinto Guedes, e este irmão legítimo do dito Capitão Aurélio Pinto Guedes, ainda que se não lembra de quem eram filhos, e que o Padre Bernardino de Almeida é parente da dita Ana Borges de Cerqueira

10ª tt o Reverendo Cônego João Gonçalves da Costa, natural e morador desta cidade, de 91 anos

Dizem José Borges, Pedro Borges e Celestino Borges, que para se habilitarem para ordens lhes é necessário mostrar em como sua mãe Brígida Borges e seus avós maternos, todos naturais desta cidade, foram batizados, o que consta das certidões juntas

Dizem José Borges, Pedro Borges, Celestino Luiz Borges e Francisco Xavier que para juntar as suas diligências de genere, necessitam do assento do batismo de sua mãe Brígida Borges, natural desta cidade, filha de Aurélio Pinto Guedes e Ana Borges de Cerqueira – 28/02/1702 (catedral desta cidade de São Paulo): bat. sub conditione a Brígida, f. de Aurélio Pinto e Ana Borges Cerqueira – pp. Jerônimo Pedroso e Maria Leme

Certidão de batismo de seu avô materno Aurélio Pinto Guedes, natural desta cidade, filho de Manoel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues02/11/1668 (catedral de São Paulo): Aurélio, f. de Manoel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues – pp. Pantaleão de Souza e Grácia da Fonseca

Certidão de batismo de sua avó materna Ana Borges de Cerqueira, natural desta cidade, filha de Jerônimo Pedroso de Oliveira e Beatriz Pinto de Cerqueira – 09/10/1672 (catedral de São Paulo): Ana, f. de Jerônimo Pedroso e Beatriz Pinto – pp. Antonio de Oliveira Pedroso e Ana Borges

 

3-4-1 José Borges, natural de Santo Antônio do Bom Retiro da Roça Grande, Comarca de Sabará.

3-4-2 Pedro Borges Celestino, idem.

3-4-3 Luiz Borges, idem.

3-4-4 Francisco Xavier, idem.

3-4-5 Adrião Borges batizado em São Miguel, do Bispado de Mariana

 

3-5 Maria, batizada em 03-02-1704.

São Paulo, SP em 03-02-1704 bat. Maria, filha de Aurélio Pinto Guedes e Ana Borges de Cerqueira – padrinhos: Manuel Pinto Guedes e Maria das Candeias, moça solteira.

 

8- Maria Pinto Guedes, batizada em dezembro de 1677 na Sé de São Paulo, filha de Manoel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues de Escuderos.

Em dezembro de 1677 Sé de São Paulo (Livro 00, fls. 176: Maria, f. de ... ...  ...mingas Rodrigues ...).

          Casou com Capitão Antonio Luís do Passo, batizado em 30-09-1673 na Sé de São Paulo, filho de João Luís do Passo e Benta Garcia.

 

(Livro 00, fls. 134 - Em 30-09-1673 na Sé de São Paulo), Antonio, filho de João Luís do Passo e Benta Garcia.

          Em 22-02-1698 Antonio Luís do Passo ainda estava em São Paulo, pois nesta data assina termo no inventário do sogro. Parece que foi para o sertão do Rio Pardo.

          Em 02-03-1690, juntamente com um grupo de sertanistas paulistas (entre eles o tenente-general Matias Cardoso de Almeida), obteve sesmaria entre os rios Pardo e Doce (Arquivo Nacional, códice 155, fls. 185-194; e “Efemérides riopardenses”, de Newton de Angelis, fls. 13; e “Bandeiras e sertanistas bahianos”, de Urbino Vianna, fls. 1431-44).

          Descobriu ouro no Rio Pardo, em Minas Gerais, em 1698 (hoje Rio Pardo de Minas: “N. Sr.a da Conceição do Rio Pardo. Descoberto o Sertão do Rio Pardo no anno 1698 por Antonio Luiz do Passo, que nelle habitou bastantes annos acompanhado de poucos moradores” – “Memórias históricas do Rio de Janeiro e das Provincias Annexas à Jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”, de José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo – tomo VIII, fls. 182; e “Memórias históricas da Provincia de Minas Geraes” – in Revista do Archivo Publico Mineiro, vol. 13, ano de 1908 – fls. 605). Em “Chorographia do Municipio do Rio Pardo”, de Antonino da Silva Neves (publicada na Revista do Archivo Publico Mineiro, vol. 13, ano de 1908), às fls. 471 é dito o seguinte: “Districto de Conceição do Rio Pardo. Noticia histórica – No tempo da exploração destes sertões, veio até a margem do Rio Pardo da Bahia o bandeirante João Luiz dos Passos (à margem: ou Antonio Luiz dos Passos) e fundou, na altura da confluência do Rio Preto, em que hoje se eleva a Urbs, uma fazenda de criar”.

 

9- Francisco Pinto Guedes, com 2 anos em 1681. Em 1718, no inventário da cunhada Catarina Barbosa de Lima, consta que: “deve Francisco Pinto Guedes, assistente nas minas do ouro, por um crédito seu corrente, 14 mil réis”.

          Francisco não é citado no rol de seus irmãos em SL. 5, 408, 3-4