PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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Cartas de Datas de Terra

Publicações do Arquivo Municipal de São Paulo

Tipografia Piratininga

 

 

Anotações de Regina Moraes Junqueira

 

 

Os chãos (terrenos) da Vila de São Paulo eram pedidos e dados aos moradores pelos oficiais da Câmara da Vila, e deveriam ser registrados.

Até julho de 1583 não havia Livro de Registros em São Paulo e tudo era registrado no Livro de Atas da Câmara. Em setembro do mesmo ano, os registros passaram a ser feitos em livro próprio.

O Arquivo Municipal de São Paulo publicou tanto as Atas quanto o Registro Geral da Câmara (este a partir de 1917), e em ambas as publicações se encontram cartas de datas, em meio a outras matérias. Posteriormente foi publicado um volume somente com as cartas, todas reunidas.

Estas anotações foram extraídas destas publicações.

A maioria dos originais que pertenceram ao Arquivo Municipal encontra-se hoje no Museu do Ipiranga.

 

01. Frutuoso da Costa - -1575- Os oficias da Câmara Antonio Bicudo, Antonio Cubas, Manuel Fernandes, João Fernandes. “estavam fora no mar” e quando chegaram viram a casa de Frutuoso pronta e “êle metido nela” com porta abrindo para a rua, nos chãos dos herdeiros de Baltazar Nunes. Disse Frutuoso que ele era escrivão da Vila e precisava morar nela em função de seu ofício. Pedira permissão para o Capitão Jorge Moreira, na ausência dos oficiais.

02. Domingos Rodrigues – 5/5/1576 – Pediu os chãos das casas que já tinha ha quinze anos. Eram vereadores: Lopo Dias e Afonso Sardinha, Henrique da Cunha era o juiz ordinário e Lourenço Vaz o procurador

03. Indios – 12/10/1580 – Três dadas: Em Carapicuíba começando junto das terras de Domingos Luiz Grou, em Uraí começando com as terras de João Ramalho e Antonio de Macedo, e em Jagoaporé.

04. Maria Afonso – 21-2-1583 – Nos limites “onde estava sua irmã”. Nesta data era viúva de Marcos Fernandes. Oficiais da Câmara: Paulo Rodrigues, Baltazar Rodrigues, Salvador de Paiva, Gaspar Nunes e João Maciel era escrivão. (Atas, vol 1, fl 202)

05. Baltazar Gonçalves, Braz Gonçalves e Marcos Fernandes – 1/7/1583 (ou 4) – “Tres irmãos convém saber o dito Baltazar Gonçalves e Braz Gonçalves e Marcos Fernandes...” Pediram terras vizinhas a Bartolomeu Fernandes, na rua que vai para a Cruz.

06. Domingos Luiz e seu genro Francisco Teixeira Cid – 3-7-1583 – Ainda não tinham terras recebem umas “do pinheiro que está acima da vila no caminho de Inguagara, por cima de Salvador Pires”.Mais tarde pedem confirmação desta data.

07. Afonso Dias e seu cunhado Gonçalo Fernandes – 3-7-1583 – O pedido é feito por Afonso Dias sob alegação de ter casado com a órfã Madanella e não ter chãos para ela. Queria uns chãos junto da casa que Madanella já possuía. Ambos recebem terras. “A qual carta de dada eu escrivão trasladei e registrei em este livro de vereações sem cousa que duvida faço por não haver livro de registro(Atas, vol 1, fl 215)

08. Antonio de Proença – 17-9-1583 – Chãos no caminho da cruz, junto às roças de Jorge Moreira. Baltazar Rodrigues e Paulo Rodrigues vereadores, João Maciel era escrivão.(Registro Geral da Camara, vol 1, fl 1)

09. João Messer Gigante – 15-2- 1584 – Casou com uma órfã, filha de Marcos Fernandes o velho “que Deus tem”, que não tinha terras nem dádiva. Pede chãos junto de sua sogra Maria Afonso. Eram vereadores Jorge Moreira e Antonio de Proença e Antonio Bicudo era o juiz. Os oficiais se reuniram em casa de Jorge Moreira, “por não haver casa da Camara”.

10. Manoel Francisco – 28-7-1585 – Alega ter casado com uma órfã. Terras nos limites da olaria de Francisco Álvares. Oficiais da câmara: Diogo Teixeira, Antonio Preto, Sebastião Leme, Afonso Dias e Pedro Álvares.

11. Gonçalo Pires – 26-7-1585 - Pede chãos ao lado a Câmara por ter construído a casa da Câmara por ordem do juiz. Diogo de Onhate era o escrivão.

12. Francisco Rodrigues Barbeiro – 30-1-1588 – 80 braças em Piratininga, desde Domingos Fernandes até os matos onde já tinha sua casa. Câmara: João do Prado, juiz; Francisco Dias e Sebastião Leme, vereadores: Pedro Dias, escrivão.

13. Gaspar Nunes – 29-8-1588 – Alega ser casado ha 24 anos e pede 100 braças no caminho do Juquiri em Guararepe, junto a Domingos Teixeira. Recebeu 30 braças.

14. Estevão Ribeiro, o velho – 29-8-1588 – Pede o resto da dada a seu genro Antonio Rodrigues, limitando com o Anhangabaú.

15. Afonso Dias – 29-8-1588 - Era o procurador do concelho, pede chãos por ser “morador velho e antiquo, com filhos e filhas”. Recebe mais de 100 braças.

16. Maria Afonso – 29-2-1592 – Queria 8 braças vizinhas  às que comprou de Domingos Luiz Grou, até encostar nas de Gaspar Colasso. Era moradora de muito tempo, com filhos e muitas filhas para casar e nunca tinha ganhado terras.

17. Gaspar Nunes- 20-2-159?- Casado com mulher e filhos, pede terras em Guararepe, partindo com Domingos Teixeira, no caminho do Piquiri.

18. João de Santana – 28-3-1592 – era casado, queria vir para a vila por “ser muito necessário recolherem-se os moradores à vila e nela terem casas por respeito de estarmos em guerra”.

19. Gaspar Fernandes – 18-4-1592 - Estava na terra ha 30 anos, era casado com filhos. Queria chãos para casas de três lanços, em frente à sua casa.

20. Mateus Leme –2-5-1592 - Por causa da guerra, precisavam os moradores se recolher à vila. Era casado e pediu chãos em frente à casa do pai.

21. Lucas Fernandes – 5/5/1592 - Estava aqui a 14 ou 15 anos, era casado com filhos, queria chãos defronte as casas de Diogo Fernandes e seu sogro.

22. Aleixo Leme – 6/5/1592 - Queria o quintal de Taipa que foi de Salvador Pires, no buraco de onde se tirou terra para a casa de..... Maciel. Morava em um Outão.

23. Diogo Fernandes – 16/5/1592 - Queria chãos junto à sua casa, no canto de João do Prado, ao lado de Gaspar Fernandes, confrontando do outro lado com Mateus Leme.

24. Filhos de Salvador Pires – 15/6/1592 – Pedido feito por Bartolomeu Bueno, cunhado e curador dos menores. Eram filhos de “moradores antiguos, assim por pai como por mãe”.

25. Frei Antonio do Carmo – 10/6/1592 – Quer sitiar casas no limite da vila.

26. Maria de Chames – 23/8/1592 - Nos limites de Pedro Dias (falecido) Fernão da Cruz e o Tamanduateí.

27. Garcia Rodrigues e sua mulher Catarina Dias – 10/6/1594 - Troca entre chãos que Garcia tinha recebido de seu pai e mãe falecidos, com outros de Antonio de Siqueira, morador de Santos. Os dêle (Garcia) eram no arrebalde, caminho da ponte Grande e Tabatinguera, limitando com o outão de Antonio de Proença para a parte do mar. O de Antonio de Siqueira, os houve de Domingos Afonso e sua mulher Ana Camacha e tinham sido de Alvaro Annes, já defunto. Neste terreno já tinha Garcia Rodrigues e sua mulher Catarina Dias feito casas novas, onde se reunia o concelho, pois era juiz ordinário. “testemunhas que se acharam presentes Matheus Leme que assinou por a dita Ana Dias Leme ( abaixo diz Mateus Leme que assina por Catarina Dias) e Domingos Dias o moço, todos cunhados do dito Garcia Rodrigues”.

28. João Soares– 14/6/1594 - João Soares e sua mulher Messia Rodrigues vendem chãos para Gaspar Vaz que já tinha construído casas no terreno junto da Matriz, em frente ao sobrado alto de Domingos Luiz. Assinam os filhos Gaspar e Baltazar Soares. Baltazar Gonçalves assinou por Messia Rodrigues. Escritura passada em casa de Ana Rodrigues.

29. Antonio Rodrigues – 30/6/1594 - Filho de Garcia Rodrigues (defunto) e irmão de Garcia Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes. Tinha recebido de sua sogra Suzana Dias, mulher de Manuel Fernandes, defunto. Manuel Dias era seu cunhado e morador do R.J. Presente também Domingos Fernandes, cunhado do vendedor.

Nota: Os originais destas três ultimas cartas estavam no meio de uns papéis pertencentes a livro de tabelião público de São Paulo quinhentista. Augusto de Siqueira Cardoso os deu a A. Taunay, dizendo que os recebera de uma parenta de Pedro Taques. Isto é mais um registro de que papéis públicos foram, desde data remota, parar em mãos de particulares, devidamente “retirados” dos cartórios e arquivos públicos.

30. João Maciel- 18-3-1595- Casado na terra com mulher e filhos, ajudou a defender a terra com sua pessoa e escravos, morador antigo e genro de morador antigo. Oficiais da Camara: Jorge Moreira, Gaspar Fernandes, Matias de Oliveira, João Sobrinho; Belchior da Costa era o escrivão.

31. Concelho da Vila – Mais terras para distribuir. Foram demarcadas terras desde a frente da casa de Maria Rodrigues, viúva de André de Burgos, passando pelas terras de Jorge Moreira.

32. Manoel Godinho, genro de Domingos Dias – 20/10/1598 - Casado com filha de morador antigo.

33. Domingos do Amaral – 20/10/1598 - Genro de Antonio Fernandes, queriam vir de Pernambuco com as famílias. Em Nhumiri Campinho.

34. Braz Mendes – 29/10/1598 - Nascido e criado na capitania. 20 braças detrás da dada de Baltazar Rodrigues ou Diogo Teixeira.

35. Henrique da Cunha, João Gago e Domingos Pires – 29/10/1598- Na vila a muitos anos, recebendo “trabalhos e frechadas”. Querem 150 braças ao todo, no caminho p/ a Luz pelo Anhangabaú, com o Tamanduateí do outro lado. Recebem 25 braças cada um em traslados individuais da mesma escritura.

36. Francisco Ribeiro e Domingos do Muro – 31/10/1598 – Genros de Gonçalo Pires.

37. Nuno Vaz Pinto – 31/10/1598 – Pede terras junto ao sogro Antonio Mendes, partindo com  Braz Mendes seu (...)

38. Maria Raposa, Ana de Góis, Suzana ...nes, Branca Raposa – 31/10/1598 – Chãos junto a Domingos Agostim. Antonio Raposo era vereador.

39. Isabel Rodrigues – 14/11/1598- Mulher de Antonio Bicudo, ausente. Chãos entre Manoel de Siqueira, seu genro, e Pedro Nunes e Miguel Fernandes o crespo.

40. Diogo de Lara - 14/11/1598- Pediu 200 braças no caminho do Piquiri, do segundo ribeiro à mão direita até o Tamanduateí. Recebeu 25 braças em quadra.

41. Gonçalo Conqueiro – 21/11/1598- Morador a muitos anos. Pelo caminho que serve Domingos Luiz e por outra parte pelo caminho por onde passa a gente de Piratiniga, depois(?) do marco do caminho de Gaspar Colaço

42. Sebastião de Freitas- 28/11/1598- No lugar de Piratininga, onde já tinha casa a 7 anos.

43. Baltazar Gonçalves e Belchior Carneiro – 12/12/1598- Com muitos filhos. Pedem chãos no caminho do Virapoiera. Recebem 20 braças cada um.

44. Marcos Sanches- 12/12/1598- Partindo com Antonio Raposo, indo para a ponte grande de Tabatinguera. Dão 12 braças, não entrando no outeiro por ser “devoluto e franco a todo o povo” e convinha que assim ficasse.

45. Pedro Nunes, Manoel Fernandes e Fernão Marques- 18/12/1598- Filhos de conquistadores antigos. Terras no caminho de Burapoera a começar com João Fernandes, genro de André Mendes. Pedem 50, recebem 20 braças cada um.

46. André de Escudeiros e Jaques Felix- 18/12/1598- Vizinhos a muitos anos. Terras na Vila de Burapuera, partindo com Nuno Vaz Pinto, ao longo do caminho, até Maria Ribeiro. André recebe 20 braças e Jaques 10.

47. Diogo Fernandes- 18-12-1598- Pediu um chão vizinho à casa que tinha dado a seu genro Domingos de Góis, limitando com José de Camargo, Antonio Raposo e João de Santa Ana.

48. Bartolomeu Bueno- 19/1/1599- Filho de morador antigo, sem chão, com muitos filhos e filhas. Pede os chãos que foram de Antonio Gonçalves em Guararé. Pediu 100, ganhou 50 braças.

49. Jorge João- 26/1/1599- Era alferes da Companhia de Diogo Gonçalves Lasso e veio para o descobrimento de minas. Pede no caminho de Guararé, até o Anhangabaú e Tamanduateí. Recebe 25 braças.

50. Francisco Ribeiro e Domingos do Muro- 10/4/1599- genros de Gonçalo Pires que era morador antigo. No caminho do Guarare, pela banda de cima do Anhangabau. Recebem 50 braças cada.

51. Francisco Martins- 10/4/1599- Morador ha 15 anos.Queria os algadiços abaixo do Tabatinguera, junto à ponte grande. Recebe o que pediu.

52. Bartlomeu (sic) Rodrigues – 8/4/1599- Genro de Gonçalo Fernandes, casado ha poucos dias. Recebe 50 braças na outra banda do ribeiro indo para os pinheiros de Piratininga.

53. João Moreira- 16/5/1599- Casado ha pouco tempo. Recebe 200 braças ao longo do Geribatiba entre Afonso Sardinha e Pedro Alvares. Juiz era Jorge Moreira.

54. Miguel de Almeida- 17/5/1599- Casado ha pouco. Do outro lado do Anhangabaú, caminho dos Pinheiros de Piratininga, no caminho de Diogo Fernandes.Desistiu da data em 1621.

55. Domingos Gomes Pimentel – 17/5/1599- Queria trazer a família da Bahia e pediu terras entre os caminhos do Burapoera e de Pinheiros.

56. Gaspar Fernandes - 9/10/1599- Na terra ha 38 anos. Pede terras do outro lado do Anhangabaú, partindo com Maria Afonso, defunta e Afonso Dias. Em 1625 Sebastião Fernandes Preto paga sua parte e desiste das terras ficando seus irmãos responsáveis daí por diante.

57. Padres de São Bento – 15/4/1600- Partindo com Gonçalo Madeira e Jorge João. Gaspar Vaz era o juiz, Baltazar de Godoi e João Maciel vereadores.

59. Gaspar Gomes Muacho - 30/9/1600- Agora novamente morador. Chãos partindo com Maria Afonso e João Maciel, no caminho de Pinheiros e Piratininga.

60. Domingos Dias –18/11/1600- Soldado de D. Fco de Souza. Terras na Frente de Gaspar Gomes.

61. Sebastião de Freitas- 28-12-1600- Muitos filhos e filhas, sem chãos, genro de Antonio Rodrigues. Quer mais terras no caminho dêle mesmo vindo para a vila, até a encruzilhada de Garcia Rodrigues. Recebe 300 braças.

62. Antonio Camacho- 10-2-1601- Casado ha vinte anos, filho e neto de conquistadores dos mais antigos da terra. Pede por ser homem pobre. Recebe 100 braças, partindo com João Maciel em Piratininga. Vereadores: Antonio Preto e Paulo Rodrigues.

63. Jorge de Barros- 7/4/1601- Genro de João Maciel, casado a 7 ou 8 anos

64. Bento de Barros- 2-2-1602- Pede terras no caminho antigo que vai para Piratininga. Jorge de Barros era procurador do concelho e Henrique da Cunha juiz.

65. Antonio Nunes – 4/5/1601- Morador a 14/15 anos, casado na terra, pede terras entre Alonso Peres e o Rio Grande, até as terras que foram de João Fernandes. Diz que pediu por duas vezes, mas que deram tão pouco que não era suficiente. Oficiais: José de Camargo, Henrique da Cunha, Baltazar Gonçalves, Jorge de Barros Fajardo.

66. Bartolomeu Gonçalves – 19/5/1601- No rocio pegado a esta vila, atrás de Sto Antonio,  no caminho que passa pela porta de Santo Antonio até outro que vai para os pinheiros, pegado à vila.

67. Maria Alvares- 19/7/1608- Viúva de Manoel Eannes, moradora antiga, mulher pobre, estava sendo despejada do Tatuapé onde morava e não tinha “donde se meta com seus filhinhos”. Recebe 60 braças de chãos devolutos no Guaré, junto a Bartolomeu Bueno.

68. Antonio de Milão- 21-7-1608- Porteiro do concelho, com mulher e filhos. Terras no caminho da Luz.

69. João Pimentel- 21/7/1608- Vigário, novamente vindo de Portugal, queria os chãos de Manuel Pinheiro que se fora para o reino do Peru.

70. Antonio da Pina-  13/12/1608- Em Guararepe, partindo com seu cunhado Antonio Nogueira.

71. Estevão Ribeiro, o moço – 3/1/1609- Em Embiassaba, entre a tapera de Afonso Sardinha o moço e a capoeira de Afonso Sardinha, ao longo da Lagoa, caminho do Forte.

72. Roque Barreto- 19/2/1609- Nos campos do forte, em Carapicuiba.

73. Fernão Dias, o moço- 1/8/1609- Sobejos da dada de Miguel Arrias Maldonado, entre os caminhos de Sto Antonio e dos Pinheiros.

74. Gaspar Nunes- 1/8/1609- Morador ha 45 anos, com filhos, genros e netos. Pede em frente a Sebastião de Freitas para a casa de Salvador Pires correndo pelo quintal dos padres até o canto do quintal dos padres “assim de uma parte como de outra”.

75. Gaspar Colaço- 1/8/1609- Morador ha muito tempo. Quer as terras até o Anhangabaú, no caminho do Burapoera, partindo com Braz Mendes, defronte às que deram a Gonçalo Fernandes.

76. Jacomo Rodrigues Navarro- Veio com D. Francisco de Souza. Pede as terras devolutas de Fernão Alvares.

77. Antonio Alves- 31/10/1609- Morador ha pouco tempo. Pede terras da Igreja de S. Bento ao Anhangabau.

78. João Fernandes de Saavedra- Terras para fazer moinho de trigo.

79. Salvador Pires – Idem

80. Cornélio de Arzão- ibidem, no Anhangabaú

81. Manoel João- 6/2/1610- Terras para moinho.

82. Salvador Pires – 27/2/1610- Filho de povoador. Chãos no Guararepe, partindo com Gaspar Nunes e Pedro Nogueira.

83. Manoel Vaz e Paulo da Silva- 3/3/1610- Partindo com Pascoal Delgado e Manoel da Costa.

84. Manoel Homem da Costa e Pascoal Delgado – 3/3/1610- Pedem terras da travessa que está demarcada pelo outão de Antonio de Oliveira até o Anhangabaú, nos arrebaldes da vila indo pelo caminho que vai para o Ibirapoera. São moradores da vila sem chãos até agora. Eram oficiais da câmara: Gaspar Cubas, Francisco Alvarenga e Pascoal Monteiro.

85. Manoel Luiz- 31-10-1610- Dos mais antigos da terra, com mulher e filhos. Terras vizinhas de Ascenço Ribeiro, até chegar ao Anhangabaú, seguindo arriba até o caminho de Piratininga...para esta vila, de Guaré.

86. João Homem da Costa- 30/11/1618- Morador da vila, casado com filha e neta de conquistador. Recebe 20 braças de sobejos onde se achar.(Petição feita por Manoel Homem da Costa)

87. Diogo Mendes- ?/12/1618- 20 braças de terra onde Domingos de Gois e João de Oliveira têm suas casas, nas cabeceiras dos chãos que ficaram de Manuel Rodrigues Catinga.

88. Custódio de Aguiar Lobo- 31/12/1618- Morador ha 25 anos, com mulher e filhos para sustentar. 50 braças na outra banda do Anhangabaú, entre Bartolomeu Gonçalves e o Padre Vigário.

89. Manoel Pires- 31/12/1618- Filho e neto de povoador. Sobejos entre Domingos Luiz Grou e Gaspar Colasso com 20 braças de testadas mais um “flexe” de quintal. Pede mais duzentas braças ao redor de sua casa em Carapicuiba.

90. João Missel e Aleixo Jorge- 3/2/1621- Nova carta das terras que lavravam. A primeira fora pedida a Gregório Correa de Sá. Uma légua nas cabeceiras de Sebastião de Freitas e Francisco de Figueiredo. Foi passada a carta pelo Capitão Mor Izidro Tinoco de Sá, procurador do conde de Monte Santo.

91. Antonio Raposo Tavares- 24/9/1622- Pede os sobejos de Domingos Luiz Grou que partem com Gaspar Colasso, devolutos.

92. Pedro da Silva- 19/11/1622- Pede um pedaço de campo no forte velho onde mora, de um tiro de flexa mais ou menos defronte da ilha de Simão Àlvares. Oficiais: Manuel Francisco Pinto, Francisco Jorge, Braz Leme, Bartolomeu Gonçalves. André Botelho. Escrivão: Calisto da Motta.

93. Simão Alvares, o velho- ?/4/1624- 50 braças em quadra pegado da Vila.

94. Pedro da Silva e seu filho Gaspar Sardinha- 15/6/1625- Fernão Dias dá 600 braças de testada na terra dos índios, no ribeiro de Santa Fé, no lugar das minas do Geragoá. Manuel João trouxe uma provisão do governador Diogo Luiz de Oliveira (da Bahia) para poder repartir as terras dos indios para roças e andar nas minas. Gaspar tinha descoberto as minas de Santa Fé e do ribeiro Pavya(?) e está em posse delas.

95. Francisco Correa Lemos- 6/4/1630- Foi morador do ES. No rocio da vila, indo para N.S. do Guaré pelo caminho da encruzilhada de Piratininga até Ascenço Ribeiro em Piratininga até a encruzilhada de Tabacoara, terras devolutas.

96. Antonio Vieira Bocaro- 31/12/1633- Cirurgião, queria trazer mulher e filhos e fazer assento na vila com seu ofício. Chãos no Capão abaixo de S. Bento, no caminho de Guaré, até a olaria de Salvador Pires

97. Domingos Machado- ?/8/1634- Alcaide da vila, casado com neta de conquistador. Tinha comprado casas de um Bartolomeu Sanches em Piratininga, rocio desta vila e precisava de terras para lavrar. Pediu o assento de seu sitio e foi dado mais 100 braças em quadra numa das bandas de seu sitio.

98. João de Godoi e Constantino de Saavedra- 20/10/1635- Filhos e netos de povoadores, acudiram a vila de Santos com suas pessoas e escravos. 30 braças para cada um nas cabeceiras de Garcia Rodrigues defunto partindo com Pedro de Moraes ou de quem for. Partindo com os herdeiros de Baltazar Gonçalves e com os chãos de Paulo Rodrigues que Deus tem.

99. Fernão Rodrigues da Costa- 6/12/1636- Com pai velho, estante em casa na vila, queria morar nela. Pede 100 braças de chãos devolutos no caminho de Piratininga que foram de Lourenço João e depois de João Pimentel.

100. Antonio Gonçalves Pardomo- 11/1/1637- Chãos onde êle já está, casado na terra, indo da vila para Tabacoara, passando o 1º ribeiro e um quintal à esquerda que foi do vigário João Pimentel e que vão com mais 300 braças de taipas velhas, tudo devoluto. Recebeu a metade das terras de Antonio Alves, que nunca cultivou a mais de 20 anos, mas sem poder vender nem alhear.

101. José de Camargo- 28/11/1637- Pedia chãos no canto de Ascenso Ribeiro porque a câmara havia determinado que quem tivesse terras que as carpisse e aquelas não foram carpidas, portanto estavam devolutas.

102. Dom Francisco e Dom João Rendon de Quevedo- 27/2/1638- Pedem chãos devolutos entre o quintal do Ouvidor de S. Antonio e o Anhangabaú, e outro tanto para a banda do caminho que vai Pinheiros, de modo que fique em quadra.

103. Pedro Leme do Prado- 27/3/1638- Neto de povoador antigo. Pede os chãos a partir de Pascoal Leite, até o Anhangabaú. Oficiais: Pedro de Moraes Madureira, Gregório Fagundes, Leonel Furtado, Cosme da Silva, Francisco Correa Lemos.

104. Leonel Furtado- 3/4/1638- Pede chãos devolutos vizinhos de sua sogra Isabel Afonso até o Ribeiro em quadra.

105. Gregório Fagundes – 10/4/1638- Pede chãos devolutos entre a olaria do falecido Salvador Pires até a casa onde mora Francisco Correa Lemos, caminho do Guaré, acabando no Anhangabaú.

106. Pedro de Moraes Dantas- 2/6/1638- Pede a confirmação de carta de datas. Começando com a de Garcia Rodrigues até a de Paulo Rodrigues Sobrinho.

107. Paulo Pereira- 12/6/1638- Neto e filho de povoador e genro. Pede terras devolutas entre Lucas Fernandes e a rua dos Lemes. Pede 8 braças entre Lucas Fernandes e o caminho que vai pelo canto de Santo Antonio para os Pinheiros

108. Luiz da Costa, Alvaro Rabelo e João Fernandes Preto- 26/6/1638- casados com filhas de povoadores. Pedem os sobejos de João Soares e Geraldo Correa de uma banda e de outra da rua por traz de Alvaro Rabelo e Domingos Pires.

109. Calixto da Mota e seu filho Anacleto da Mota, Manoel da Cunha, Ambrosio Pereira- 6/8/1639- Pedem 20 braças para cada um de chãos devolutos, começando com a data de Antonio Fernandes e Ambrosio Pereira para diante do caminho que vai para o mar até o ribeiro do Anhangabaú.

110. João Paes- 10/9/1639- Filho e neto de povoadores, sem chãos, ora com mulher e filhos, pede e recebe 40 braças chãos devolutos na paragem chamada Anhanguobay indo para o Viarapoeira do caminho para baixo

111. Santo Antonio – 26/1/16??- São citados Calixto da Mota, Jeronimo de Brito e os herdeiros de Paulo Rodrigues para virem com seus títulos até o dia de N.S. da Conceição, 8/12, para acertar a desapropriação das datas que foram dadas aos padres de S. Antonio.

112. Calixto da Mota – 10/12/ 16??- Apareceu com a carta de Data de Fernão Marques, do qual comprou os chãos ora dados aos padres de Sto Antonio.

113. Fernão Dias Paes, João Leite, Pedro do Prado- 11/2/1640- Filhos e netos de povoadores. Pedem 10 braças para cada partindo de João e Baltazar de Godoi na face da rua aberta para a banda de Aleixo Jorge, com outro tanto de quintal. Receberam 6 braças de testada e 8 de quintal.

114. Francisco da Costa Valadares-  10/3/1640- Capitão. Casado com neta de povoador. Pede 40 braças pela rua nova que vai de S. Antonio para Virapoeira. Recebeu 12 braças

115. Jeronimo de Camargo-16/3/1640- Estava para ir se ordenar em Angola, não tinha “benefício algum” pedia terras no caminho de Virapoeira.

116. Manoel Pires, Bartolomeu de Quadros, Gonçalo Pires, Nuno Bicudo, Cristóvão de Aguiar Pires- 10/3/1640- Filhos e netos de povoadores e conquistadores, moradores, ajudaram a defender a terra, casados com filhos, pedem 20 braças cada um, a partir de Lucas Fernandes Preto no caminho que vai para os pinheiros.

117. Francisco de Camargo- 17/3/1640- Filho e neto de povoadores, pede chãos na banda de Tabacoara, partindo com Cornélio de Arzão.

118. Inácio de Camargo- 17/3/1640- Também referido como Inocêncio de Camargo. Filho de povoador. Chãos partindo com Leonel Furtado, na rua aberta que vai cortando p/ a estrada do Virapoeira. Recebeu 6 braças.

119. Padre Alvaro Neto e Custódio Nunes- 17/3/1640 - Terras devolutas sobre o Anhangabaú entre dois caminhos que saem desta vila para S. Amaro, pedem 40 braças de comprido e 20 de largo, partindo com João Paes.

120. Manoel da Cunha- 7/1640- 12 braças nas cabeceiras de Antonio Monteiro

121. Sebastião Fernandes Preto- filho e neto de povoadores e conquistadores, pede confirmação de chãos dados ha muitos anos a seu pai.

122. Belchior de Barros e Manoel Rodrigues- 27/10/1640- Casados, com mulher e filhos, sem chãos na vila, pedem 12 braças na frente de Francisco Velho de Moraes, pela banda de baixo para o ribeiro.

123. Pedro Gonçalves -9/12/1640- Casado com filha e neta de povoador.

124. Antonio Nunes de Siqueira- 17/3/1640- Filho e neto de povoadores desta vila de S. Paulo. Dão 15 braças mas não dizem aonde.

125. Baltazar de Godoi, o moço, Belchior de Godoy e Mariana de Lara, viúva- 17/3/1640- filhos e netos de povoadores. Chãos partido do lugar onde Paulo do Amaral fez uma .... caminho do Virapoeira. Dão 10 braças para cada um.

126. Francisco Gonçalves- 17-3-1640- Casado com filha e neta de povoadores. Chãos partindo com João de Godoi, na rua nova que se fez indo p/ o Virapoeira.

127. Pedro Fernandes- 24/3/1640- Pede nova data da carta de chãos dos quais está de posse por seu avô e por sí.

128. Amaro Alvres e Antonio Alvres- 7/4/1640- Filhos e netos de povoadores pedem chãos partindo com João Paes no caminho de Sto Amaro.

129. Francisco Velho, Gregório... e Gaspar Luiz- 4/1649 filhos de netos de povoadores, pedem chãos no caminho que vai para S. Amaro. Dão 6 braças para cada  um.

130. Manoel Fernandes Velho- 28/4/1640- Filho e neto de povoador, tinha filhos e netos. Pede 10 braças junto a Aleixo Jorge.

131. Pedro da Silva e Gaspar Sardinha- 30/6/1640- São netos de conquistadores, casados e filhos. Pedem chãos atrás de S. Francisco para a banda do Anhangabaú.