PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

SL. 6º, 449, 2-6 Christovão de Aguiar Girão, que depois de viúvo recebeu ordens sacras, f.º do cavalheiro castelhano do mesmo nome e de Luiza Netto, falecida em 1667 em Moji das Cruzes; n. m. de Alvaro Netto, natural de S. Martinho, termo de Viana, falecido em 1636, e de Mecia da Pena (irmã de Matheus Luiz) natural de Santos, falecida em 1635 em S. Paulo

 

SL. 6º, 457, 1-5 Jeronima de Mendonça casou com Matheus Netto f.º de Alvaro Netto, natural de S. Martinho, termo da vila de Viana do Minho, e de Mecia da Pena, natural de Santos, irmã de Matheus Luiz.

 

Processos Anchietanos, por Helio Abranches Viotti, S.J.:

ASBRAP. 3, 26, 17 - Mência da Penha (ouvida a 7 abril 1622), natural de Conceição de Itanhaem, com mais de 70 anos, filha de Antonio da Penha e de Francisca de Góes. Casada com Alvaro Neto.

ASBRAP. 3, 26, 18; Matheus Luis Grou (ouvido a 7 abril 1622), natural de S.Paulo, com 44 anos, filho de Domingos Luis Grou e de Maria da Pena.

ASBRAP. 3, 25, 14 - Alvaro Neto (ouvido a 7 abril 1622), natural de Viana de Caminha, com 70 anos, filho de Afonso Alvares de Feijó e de Ines Afonso

3, 30, 7 - (ouvido a 22 outubro 1627), natural da freguesia de Santa Marta, do termo de Viana, com cerca de 80 anos, filho de Afonso Alvares de Feijó e de Ines Afonso. Era seu cunhado Domingos Luis Grou.

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)

 

Mécia da Peña não é irmã de Matheus Luiz como citado em SL. 6º, 449, 2-6 e SL. 6º, 457, 1-5, ela é tia materna de Matheus.

 

Antonio de Peña e Francisca de Góes, pais de, pelo menos:

1- Maria de Peña casada com Domingos Luiz Grou (retifique-se  S.L. 1º, 15, Cap. 3º.Domingos Luís Grou casado com Fulana Guassu) já inventariada em 1628 conforme declaração no testamento do neto Luiz Ianes (SAESP vol. 7º, neste site).

2- Mécia de Peña, natural de Itanhaem por 1522, casou com Álvaro Netto, natural de Viana, filho de Afonso Álvares de Feijó e de Inês Afonso, pais de:

2-1 Mateus Neto casado com Jeronima de Mendonça (S.L. 6º, 457, 1-5) ver (SAESP Vol. 42º - Álvaro Neto Bicudo, vigário neste site)

2-2  Álvaro Neto casado com Paula Maciel

2-3 Dona Luiza, casada em primeiras núpcias com Cristóvão de Aguiar Girão, falecido em 1616 (SAESP vol. 4º, neste site),  em 1617 já casada com Gaspar da Costa (ver SL. 6º, 449, 2-6)

Teve Álvaro Netto, do gentio da terra, na Bahia, o filho bastardo:

2-4 Pascoal Neto, já casado em 1625 com Maria Luiz, filha de Matheus Luiz, este sobrinho de Mécia de Peña.

E , de Maria da Motta, tambem na Bahia, o filho natural em solteiro:

2-5 Domingos.

 

MESSIA DA PENNA

Inventário e Testamento

 

Vol 9, fls 429

Data: 2-5-1635

Juiz: João de Brito Cassão

Avaliadores: Manoel da Cunha e Francisco Gaia

Local: Pinheiros, termo da Vila de São Paulo, no sítio de Álvaro Neto

Declarante: Álvaro Neto

 

TITULO DOS FILHOS

1. Mateus Neto casado com Jeronima de Mendonça

2. Álvaro Neto casado com Paula Maciel

3. Dona Luiza, casada com Gaspar da Costa

 

Seguem as avaliações

 

Dividas

1. A Gonçalo Pires o velho

2. A Francisco Barreto

3. A Francisco de Almeida

4. Aos padres da Companhia

5. A Nossa Senhora

 

GENTE FORRA: 11

 

MONTE MOR: 166$880

 

CITAÇÃO DOS HERDEIROS: 2-5-1635

1. Gaspar da Costa e sua mulher Dona Luiza (não quiseram herdar)

3. Mateus Neto

2. Álvaro Neto

3. O viúvo

 

Seguem as partilhas

 

TESTAMENTO - (não está datado)

Em conjunto de Álvaro Neto e Messia da Cunha

Jesus Maria

Em nome de Deus amém.

(Abertura de praxe, encomendam as almas)

Declaram ser casados, ter dois filhos, Mateus Neto e Álvaro Neto, e uma filha, dona Luiza.

Declarou Álvaro Neto ser natural de Viana da freguesia de Santa Marta.

Declarou Messia que era natural da vila de Santos, Capitania de São Vicente.

Declararam doações que fizeram em vida aos filhos (tralhas, peças, roupas)

Declararam que Álvaro Neto trouxera umas peças do sertão enquanto filho-família, acompanhado de um negro que pertencia a seu pai.

Declarou Álvaro Neto que em solteiro teve na Bahia um filho com Maria da Motta. O filho chamava-se Domingos e Maria da Motta o dera a uma tamoia para que o criasse. Pediu que este filho herdasse em sua fazenda.

Declararam ter dado a Cristóvão de Aguiar Girão onze peças, casas na vila, sítio, gado, cama e colchão, roupas de mesa, móveis, e metade de meia légua de terras nas cabeceiras de Pero Leme e Aleixo Leme.

Declarou Álvaro Neto ter um filho bastardo chamado Pascoal Neto, havido de uma índia de sua casa, o qual casou com Maria Luiz, filha de Mateus Luiz, sobrinha de sua mulher, testadora. Fizeram escritura de alforria deste Pascoal e lhes deram bens de “esmola”. Pascoal lhes dera três peças que pedem sejam retornadas a ele.

Declaram ter em sua casa uma índia chamada Catarina, a qual tinha uma filha e dois filhos de Pedro de Aguiar Girão, a qual alforriavam depois da morte de ambos. Se Pedro de Aguiar quisesse tirar os filhos, deveria pagar a criação.

Declararam ter índios forros de aldeia que não deveriam entrar em partilhas por serem forros.

Declararam que eram herdeiros da terça um do outro.

Pediram para ser sepultados na Igreja da Companhia de Jesus, de que eram irmãos.

Determinaram várias missas e esmolas pias.

Testamento lavrado por Francisco Rodrigues Raposo, que assina pela testadora.

 

APROVAÇÃO: 23-6-1625

Testemunhas: Francisco Rodrigues Raposo, João Fernandes Madeira, Pero do Prado, Bartolomeu Bueno, Antonio Alves Couceiro, Manoel de Soveral

 

CODICILLO; 3-3-1631

Que fizeram Álvaro Neto e sua mulher Messia da Penna

Declaram ter dado à penhora uns chãos na vila, defronte a Bartolomeu Bueno, o velho, para pagar dívida do filho Álvaro Neto para com Pedro Gonçalves Varejão. E que o fizeram para tirar o filho da cadeia. Álvaro Neto (filho) não remiu os chãos que foram arrematados em leilão.

Pagaram também pelo mesmo filho dividas para com Manoel da Cunha, Aleixo Jorge, Pero leme, o moço, Henrique da Cunha, Pero Dias.

O filho deveria retornar o valor dos chãos penhorados.

Declararam que tinham três peças de seu filho Álvaro Neto.

Que de Pascoal Neto tinham peças carijós e goianá, que foram fruto da “industria” do próprio Pascoal.

Declaram que uma negra chamada Vitória era irmã de Pascoal Neto, e que se ele quisesse poderia levá-la.

Elegeram para testamenteiro seu genro Gaspar da Costa, a Pascoal Neto e a nora Jerônima de Mendonça.

Testemunhas: Inácio de Bulhões de Vasconcelos, Manoel Marinho (alfaiate estante nesta vila) e João da Costa de Carvalho (morador de SP), Paulo Marques e Amador Nogueira (estantes).

 

Declararam que pagaram 8$000 a Claudio Furquim por seu filho Álvaro Neto por uma sentença que Claudio Furquim tinha contra o dito Álvaro Neto (filho), mais 6$000 de uma condenação “em que o condenaram a Camara desta vila”, mais outra condenação da Câmara, mais dívidas para com Gaspar Gomes.

Álvaro Neto Bicudo assina pela avó Mecia da Penna. Testemunha: Antonio Pompeu.

 

31-5-1632

Fazem ainda mais um codicilho, declarando uma dívida que tinham para com o genro Gaspar da Costa e que lhe deixavam duas mulatinhas que tinham em casa filhas de um negro da Guiné, pelo que Gaspar da Costa quita a dívida dos sogros.

 

CUMPRA-SE: 11-4-1635 – O Padre Gaspar de Brito

CUMPRA-SE: 2-5-1635 - Brito