PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

SL. 2º, 41 Capitulo 7º; Anna Pires de Medeiros, falecida em 1668 com testamento em S. Paulo, (diz Taques) foi 1.o casada com Antonio Bicudo f.o de Vicente Bicudo e de Anna Luiz; segunda vez casou-se em 1620 com Francisco de Siqueira, natural da vila de Caminha. Ha confusão em Pedro Taques quanto a este 1.o. casamento, pois a casada com Antonio Bicudo foi a sobrinha desta do mesmo nome fa. de Salvador Pires e de Ignez Monteiro. Cap. 9.o.

Anna Pires teve de Francisco Siqueira 5 f.os:

1-1 Francisco Pires de Siqueira, casou-se em 1640 em S. Paulo com Helena Dias

1-2 Antonio de Siqueira, casou em 1630 em S. Paulo com Maria Affonso

1-3 Mecia de Siqueira, falecida em 1648 em S. Paulo, foi casada com Pedro Vidal

1-4 Maria de Siqueira.

1-5 Anna Maria de Siqueira, casou-se com o coronel João Raposo Boccarro

 

Subsídios á Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

 

Ana Pires de Medeiros casou com Francisco de Siqueira bem antes de 1620, conforme indicam os casamentos de seus filhos:

1-1- Francisco Pires de Siqueira casado em 1640 conforme está na GP, certamente nasceu antes de 1620.

1-2 Antonio de Siqueira casou em 1630. Teria nascido portanto por 1605, pouco antes ou depois.

1-3 Mecia de Siqueira teve sua filha Maria Vidal casada em 1638. Ela mesma deveria ter se casado por 1620 ou pouco depois.

1-4 Maria de Siqueira, falecida em 1632, foi casada com Romão Freire, que neste ano estava participando da bandeira que resultou na destruição de Vila Rica no Guairá. Posteriormente contraiu novas núpcias com Luzia Bicudo (S.L. 6º, 466, 2-5)

Maria e Romão, tiveram seus filhos nascidos por:

- Ana de Siqueira, já casada em julho de 1632 com Amaro Alves, nascida então antes de 1620 (SL 4º, 430.1-1) e falecida em 1645 (SAESP vol. 33º, neste site).

- Maria, por 1621

- Isabel, 1627

- Joana, 1628

- Úrsula, 1630

- Maria, 1631

1-5 Ana Maria de Siqueira, em julho de 1632 estava já casada com João Raposo Bocarro.

 

MARIA DE SIQUEIRA

Inventário

 

SAESP - vol. 31, fls. 139 a 152

Autos do Inventário: 2-10-1632,

Inventariada: Maria de Siqueira, mulher de Romão Freire.

Local: vila de São Paulo, nas casas de Fr.co de Siqr.ª, o velho

Juiz dos Órfãos: Fradique de Melo.

Escrivão dos Órfãos: Ambrozio Pereira

Avaliadores: Manoel da Cunha e Fr.co de Guaia

Declarante: Francisco de Siqueira, pai da dita defunta, sogro do dito Romão Freire, por este se achar ausente.

 

Título dos filhos da defunta:

- Ana de Siqr.ª, casada com Amaro Alvs.

- Isabel, de idade de 5 anos pouco mais ou menos

- Maria, de 11 anos;

- Joana, de 4 anos;

- Ursula, de 2 anos e

- Maria, pequena de um ano pouco mais ou menos.

 

TESTAMENTO

 

Em nome da Santíssima (...)

Encomenda a alma.

Estando eu Ma. de Siqueira doente ordenei fazer meu testamento.

Declaro que sou casada com meu marido Romão Freire de quem tenho seis filhas cinco solteiras  e uma casada e todas são minhas herdeiras.

Peço ser enterrada na igreja Matriz desta vila na cova da minha avó.

Acompanhamentos, esmolas pias, missas.

------------- que ele prometeu em casamento só uma duzia de pratos de louça se lhe e constava este meu testamento perfeito e acabado (...) o qual testamento fez Gaspar Gomes a meu rogo e lhe pedia que ele mesmo assinasse por mim, feito hoje 4-7-1632; G.ar Gomes Assino pela testadora G.ar Gomes.  - Ambrosio Pr.ª - P.º Proensa - M.el Homem da Costa - João Guomez de Mello - Cristovão - Grasia - Pero Roiz Guer.º - Frc.º Siqr.ª

Aprovação:8-7-1632 nesta vila São Paulo e queria que em tudo lhe desse cumprimento com declaração que deixava por seu testamenteiro a seu tio João Pires a quem rogava o aceitasse, e por não saber assinar rogou a seu cunhado João Raposo Bocarro assinasse por ela. Assino por minha cunhada M.ª de Siqueira - João Rapozo Bocarro.

Cumpra-se: S. Paulo 10 de julho de 1632 - Manoel da Costa.

 

Avaliações.

 

fls. 145: disse Fr.co de Siqueira que todas as vezes que lhe lembrasse alguma coisa tudo manifestava e lançava em inventário e outro sim viria seu genro e declarava o que houvesse assim dividas que lhe deve assim como ele dever.

 

E toda a fazenda e peças tudo lançado neste inventário o juiz houve por entregue a Fr.co de Siqueira avô dos órfãos para que ele tivesse cuidado de tudo até vir Romão Freire viúvo (...).

 

fls. 146: termo de curador dos órfãos a Fr.co de Siquera para que ele fosse curador dos seus netos órfãos enquanto seu pai andava ausente.

 

fls. 147: aos 10-12-1633 nesta vila de São Paulo, em casas de Romão Freire, onde veio o juiz dos órfãos Jeronimo Bueno para se fazer as partilhas e se acabar este inventário por vir o dito Romão Freire do sertão.

 

Quitações (entre elas):

- de Pascoal Dias provedor da Casa da Sta. Misericórdia desta vila de S. Paulo, que recebi de Frz três patacas em dinheiro os quais são delegadas que deixou a defunta Ma. de Siqr.ª sua sobrinha, mulher que foi de Romão Freire (...) hoje 29-3-1633.

- recebi do sr. João Pires testamenteiro da defunta Ma. de Siqr.ª 1$600 rs (...).