PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

S.L. 8º, 484, 2-3 Maria de Oliveira casou em 1614 com Antonio Varoja e faleceu em 1628, sem geração (C. O. de S. Paulo).

 

Subsídios à Genealogia Paulistana

Inventários de Manoel de Lara (SAESP vol. 10º) e Antonia de Oliveira (SAESP vol. 8o) neste site.

 

MARIA DE OLIVEIRA

Inventário e Testamento

 

Vol 13, fls 149 a 170

Inventariada: Maria de Oliveira

Data: 17-2-1628

Local: vila de Santa Ana da Parnaíba,nas pousadas e morada onde vive Antonio Varoja marido que foi de Maria de Oliveira.

Juiz: João Fernandes

Tabelião: Luiz Ianes

Avaliadores: João Missel Gigante e Ambrosio Mendes, moradores nesta vila

Declarante: Antonio de Varoja

 

Testamento apresentado neste juízo por parte de Antonia de Oliveira digo de seus herdeiros, testamenteiros do defunto Diogo de Lara que Ds tem.

Aos 27-2-1653 nesta vila de Santa Ana da Parnaíba, pelos herdeiros de Antonia de Oliveira como testamenteira do defunto seu filho Diogo de Lara que Ds tem, foi apresentado este testamento no juízo do senhor visitador e juiz dos resíduos Domingos Gomes Albernás, o qual ele dito senhor mandou se autuasse e dele se desse vista ao promotor de justiça (...).

 

TESTAMENTO

 

Em nome de Deus amem.

Eu Maria de Oliveira, filha de Diogo de Lara que Deus tem ---- e de sua mulher Antonia de Oliveira minha mãe, havida de legitimo matrimonio, ordenei este testamento.

Encomenda a alma.

Declaro que estou casada com Antonio de Varoja haverá quatorze anos ou o tempo que na verdade se achar e dele não houvemos filhos nenhum.

Declaro que tenho minha mãe Antonia de Oliveira viva e é minha herdeira forçada assim como eu sou dela e aquilo que de direito lhe vier de minha parte se lhe dê.

Meu corpo seja enterrado no convento de Nossa Senhora do Carmo na vila de São Paulo, na cova de meu pai.

Declaro que todas as dividas que meu marido fez depois que esteve casado comigo se pague de minha fazenda e da sua irmamente.

Declaro que meu irmão Diogo de Lara seja meu testamenteiro.

Declaro que as peças que meu irmão Gabriel de Lara me deu que foi em condição que me servisse em minha vida as quais se chamam Suzana e Agostinha mando que se lhe dem que são suas onde diz arriba Agostinha diga-se Faustina.

Declaro que tenho uma india de meu serviço que me deu meu irmão Gabriel de Lara tem dois filhos uma femea e um macho e deixo a seus filhos e esta india se chama Andreza do gentio carijó por serem os filhos desta dita india brancos e serem filhos de meu irmão Manuel de Lara os quais assim mãe como filhos se lhe dê para que crie seus filhos e os doutrine e lhe deixo mais uma rapariga por nome Luzia.

(...) esta cedula feita em os 3-9-1627 testemunhas que ao todo foram presentes Christovão Diniz que assinou pela testadora e Ursulo Collaço e Alberto Lobo Manuel de Lara Domingos Dias Diniz todos moradores nesta vila da Parnaíba Mathias de Oliveira e Martinho de Oliveira moradores na vila de São Paulo (...) perante mim tabelião do publico judicial e notas Luiz Iannes. Assino por mim e por ela Ursulo Collaço.

Cumpra-se Santana da Parnaíba 25-5-628 - João Fernandes.

 

fls. 152 - autos do inventário de Maria de Oliveira.

 

Avaliações, serviços que declarou (entre eles)

- uma moça por nome Faustina, de idade de 18 anos;

- uma negra por nome Andreza com seu marido por nome Duarte que ao presente não esta em casa que desapareceu com dois filhos pequenos.

 

fls. 159 19-2-1628 termo de partilha

- coube ao viúvo

- coube aos herdeiros do Capitão André Fernandes

- coube a terça que se entregou ao padre procurador ------- Diogo do Espírito Santo vigário do convento de Nossa Sra. do Carmo a quem a defunta Maria de Oliveira deixou no testamento.

 

fls. 163 e logo se fizeram e deram ao capitão dos serviços que se acharam a saber seis peças grandes:

- Duarte com sua mulher Andreza com dois filhos;

- Martha com tres filhos e

- Cristina e sua mãe Suzana e

Potencia e Luzia rapariga.

E destas peças que se entregou o capitão André Fernandes andava ausente o moço Duarte e Suzana de que ainda não está entregue.

 

fls. 164: aos 25-5-1628 Manuel (sic) de Lara morador na vila de Nossa Senhora das Neves requereu que mandasse entregar-lhe as peças que sua irmã Maria de Oliveira em seu testamento declarara que são suas porquanto ele dito Gabriel de Lara as descera do sertão e sua mercê as não podia -- em partilhas conforme o regimento dos juizes dos órfãos onde Sua Magestade manda que se não meteram em partilhas senão a fazenda que estiver liquidada (...) fazendo ele certo ter dado na mesma conformidade mais peças a sua irmã que as que a dita defunta nomeou em seu testamento de não perder o direito que nelas tinha e o dito juiz mandou que fosse notificado quem tinha as ditas peças que as entregasse ao dito Gabriel de Lara (...). João Fernandes - Gabriel de Lara

 

fls. 167 - termo de concerto de amigavel composição entre o Capitão Andre Fernandes e Antonio de Varoja em uma demanda que tiveram. 29-7-1628 e disse o Capitão Andre Fernandes que neste concerto e conformidade dava ao dito Antonio de Varoja por quite e livre por se lhe tirar duas peças que estava nomeadas na verba do testamento da dita defunta por pertencerem a Gabriel de Lara (...).