PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

SL. 9º, 57, 1-7 Marina de Chaves foi casada com o capitão Manoel Pinto de Zunega, falecido em 1654 em Parnaíba, f.° de Antonio Soares de Souzado (ou Louzada?) e de Margarida Gonçalves. Deixou uma f.ª com 4 meses de idade em 1654.

 

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina M. Junqueira)

 

Manuel Pinto de Suniga, sobrinho de Antonio Pinto,  foi filho de Antonio Soares de Louzada e Margarida Gonçalves, esta provavelmente aparentada com um Braz Gonçalves.

Por 1617 seu pai morava no Rio de Janeiro, quando juntamente com Antonio Fernandes Góis pede sesmaria em São Paulo (Sesmarias 1, 105, neste site)

Manoel faleceu em 1627 e não em 1654 conforme consta na GP. A filha já era falecida por ocasião de seu inventário, pelo que herdou sua mãe Margarida Gonçalves.

Teve ao menos os seguintes irmãos:

1. Padre Domingos Soares

2. Salvador Soares, o moço

 

MANOEL PINTO SUNIGA

Inventário e Testamento

 

SAESP Vol. 7, fls. 329 a 357

Testamento: 18-8-1627

Inventário Data: 17-9-1627

Local: Vila de Santa Ana da Parnaíba

Juiz Ordinário: Manuel da Costa do Pino

Escrivão do Eclesiástico e dos Resíduos:. Manuel da Camara de Bethencor

Avaliadores: Manoel da Cunha  e Pero Madeira

Declarante: Marina de Chaves.

 

fls. 331: Testamento apresentado neste inventário por parte de Marina de Chaves herdeira de seu marido que Deus tem Manuel Pinto.

Data: 01-03-1653

Local: Vila de Santa Ana da Parnaíba

Visitador e Juiz dos Resíduos: Domingos Gomes Albernaz

Escrivão do Eclesiástico e dos Resíduos:. Manuel da Camara de Bethencor

 

fls. 331  Inventário que o juiz ordinário Manuel da Costa do Pino mandou fazer por morte e falecimento de Manuel Pinto de Suniga.

Data: 17-9-1627

Local: Vila de Santa Ana da Parnaíba.

Tabelião: Luiz Ianes

Avaliadores: Ambrosio Mendes e Domingos Fernandes.

Declarante: Marina de Chaves, dona viúva mulher que foi de Manuel Pinto de Suniza, assino por mim e por minha irmã Christovão Diniz.

 

fls. 333 - TESTAMENTO

 

Em nome de Deus amem.

Eu Manuel Pinto de Suniga faço este meu testamento estando doente em cama em meu perfeito juízo por ser assim minha ultima vontade e querer em idade de quarenta anos pouco mais ou menos.

(encomendações pias).

Declaro que sou filho legitimo de Antonio Soares de Louzado, de sua legitima mulher Margarida Gonçalves havido de legitimo matrimonio.

Declaro que sou casado com Marina de Chaves filha de Domingos Dias o moço e de sua mulher Clara Diniz em face de igreja da qual houve uma filha que --- de idade de quatro meses e ao presente não tenho nenhum; e se acaso minha mulher parir digo que fica prenhe levando-me Deus para si ------- dever a uma mulher viúva por nome Catharina Coutinho no Rio de Janeiro um tacho ---- arrateis e meio peço a meu irmão o padre Domingos Soares o pague.

Declaro que minha mãe me deu dez cruzados para dar aos filhos de Braz Gonçalves dos quais não lhe dei mais que pataca e meia e fico lhe devendo onze patacas.

(declara outras dividas)

(determina legados)

 mando que um moço por nome Bartholomeu ------ a meu irmão Salvador Soares ---- que mandei a meu irmão o padre mando ---- que aos herdeiros de meu tio Antonio Pinto se lhes ------------- patacas e Manoel ------ e mais Jorge de --- pataca e meia em dinheiro de dois covados de bocaxim.

(declara mais dividas e pagamentos).

Mando que de minha terça se faça bem por minha alma e se paguem minhas dividas e pagas todas se fará partilhas com minha mulher e o mais que ficar á minha parte se dará a minha mãe.

(encomendações pias).

Mando que meu corpo seja enterrado na igreja de Santa Ana.

Declaro por meus testamenteiros pela confiança que neles --- Christovão Diniz e a meu irmão - peço muito que façam cumprir este meu testamento para desencargo de minha consciencia e por eu não estar para escrever e nem o escrivão se achar presente roguei a Alberto Lobo fizesse este testamento e declaro se alguma cousa -------- me lembrar deixarei um codicilo  ou assentamento ao qual se dará o credito como a este proprio testamento feito aos dezoito de agosto de mil e seiscentos e vinte e sete anos e roguei ao dito Alberto Lobo assinasse comigo como testemunha e com as mais testemunhas assinadas que a tudo se acharam presentes. Alberto Lobo - Manuel Pinto de Suniga - Geraldo Correa - Manuel Vaz de Gusmão - João Correa - Jacome Nunes - Simão Minho - João Machado.

Aprovação: 1627 vila de Santa Ana da Parnaíba.

Cumpra-se como nele se contem, São Paulo, hoje 27 de agosto de 627 anos. Pimentel.

Cumpra-se como nele se contem, Santa Ana da Parnaíba 17 de setembro de 627 anos - Manuel da Costa do Pino.

 

fls. 338  a 345 Avaliações e conhecimentos.

 

fls. 345-

Declarou a viúva Marina de Chaves que por morte e falecimento de seu sogro Antonio Soares ---- não herdaram nada nem tiveram em vida de seu  marido que Deus  tem pelo que protestava em nenhum tempo - seu direito - (várias linhas em branco).

 

Aos 18 de setembro de 1627  o juiz ordinário Manuel da Costa do Pino conformando-se com o testamento do defunto Manuel Pinto de Suniga que Deus  tem entregou a Salvador Soares o moço nomeado no testamento o moço por nome Bartholomeu (...).

 

 

fls. 349_ E logo no mesmo dia (18-9-1627)  se entregou o padre Domingos Pinto digo Soares ---- como procurador bastante de sua mãe Margarida Gonçalves as cousas seguintes (...).

 

fls. 354 - Conta que dá Christovão Diniz testamenteiro do defunto Manuel Pinto Suniga - 15-10-1633.