PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

SL. 8º, 484, 2-2 Manoel de Lara, f.º de Diogo de Lara e de Antonia de Oliveira, faleceu em 1637 em Parnaíba, e deixou uma f.ª natural (C. O. de S. Paulo):

3-1 Maria de Lara, legatária no testamento de sua avó Antonia de Oliveira, e que foi tutelada de seu tio Diogo de Lara em 1650.

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

 

Manoel de Lara teve as filhas:

- Joana, legatária no testamento da avó paterna Antonia de Oliveira (SAESP vol. 8º, neste site), em 1636 provavelmente já casada com Gonçalo de Barros que pede ao juiz complementação do dote prometido, antes do leilão dos bens da órfã.

 

e de Clemência a filha:

- Maria, herdeira órfã, tutelada do tio Diogo de Lara depois do falecimento de João Missel Gigante.

Em 30-2-1653 aparece citação a Jorge de Lara marido da órfã herdeira.

Em 27-2-1653 é citado como Jorge de Mattos

 

Manoel de Lara declarou ser cunhado de Gaspar de Medeiros, o qual provavelmente foi pai de:

- Antonia de Medeiros, casada com Antonio Madeira Salvadores, moradores em Santos, (o qual Antonio era casado com uma sobrinha de Manoel de Lara). Tiveram ao menos: Anna Madeira de Siqueira, c.c. Domingos Gonçalves Murzillo ( SL. 1º, 8, 5-1)

 

MANOEL DE LARA

Inventário

 

Vol 10, fls 461

Data: 22-6-1637

Juiz : Paulo de Proença e Abreu

Avaliadores: Antonio de Souza e Domingos Dias Diniz (que era “lingua”)

Local: Vila de Santa Ana de Parnaíba

Declarante: Gonçalo de Barros, genro do defunto e Antonio de Vareja, seu cunhado

 

(Inventário apresentado ao Juiz de Resíduos Domingos Gomes Albernás em 27-2-1653 por Jorge de Mattos, marido da herdeira. Ao fim do inventário está Jorge de Lara)

 

Herdeira: órfã Maria

 

Segue o rol da fazenda.

 

Rol do gentio da terra:

Clemência, mãe da menina do defunto

Leonor de 40 anos

Domingas, 36

Gracia, 37

Pascoal, 14]

----- 10 anos

Apolonia, velha que anda fugida

Juliana com seu marido Bento, andam fugidos

Pedro, de meia idade, fugido

Diogo 16 anos, fugido

Aleixo, velho, fugido

Natalia, 3 anos

Luzia, 4 anos

 

Segue avaliação de como roupas e mantimentos.

 

Curador da órfã: João Misser Gigante, que presta juramento ao juiz Paulo de Proença de Abreu.

 

23-7-desta presente era o juiz deu juramento ao língua Domingos Dias Diniz para fazer “pratica” ao gentio que se acharem presentes para que “vivessem e servissem bem como o dito curador João Missel Gigante”.....”e desta maneira ficou o dito gentio entregue a João Missel Gigante// primeiramente a mãe da menina órfã Clemencia // uma india por nome Leonor “( e mais Messia criança de peito, Apolonia velha com uma criança, Luzia, Domingas, Natalia, Pascoal, João e dois cujo nome não se lê)

 

Fiador de João Misser Gigante: Antonio de Souza Couto, homem abonado e morador em Parnaíba.

 

MONTE MOR: 32$060, mais o milho, trigo, feijões e uma tamboladeira.

 

2-8-1636 – Gonçalo de Barros, genro de Manoel de Lara pede ao juiz Paulo de Proença de Abreu que antes de fazer leilão dos bens da órfã que se completasse o dote que o defunto lhe prometeu por sua filha.

 

Quitação: E logo no mesmo dia e ano acima declarado por via de concerto e amigável composição o capitão João Misser Gigante curador e Gonçalo de Barros disseram ao dito juiz como estavam concertados entre ambos amigavelmente dando o dito curador ao dito Gonçalo de Barros as cousas seguintes: dois pedaços de mantimentos com o sitio uma negra com sua criança Domingas a criança Natalia uma porca, quatro leitões, ametade da testada que o defunto possuia o vestido de baeta roupeta e capa duas foices e duas enxadas uma exó cem mãos de milho um cesto de feijões uma camisa e umas ceroulas um lençol e uma caixa grande doze alqueiras de trigo com as quais cousas acima ditas disse o dito Gonçalo de Barros que se dava por satisfeito do que da dita fazenda lhe podia vir de herança como do que se lhe estava a dever de seu dote...”

 

Segue o leilão dos bens

 

Antonio Madeira Salvadores entra com uma petição para que se lhe dê o que Manoel de Lara prometera de esmola à sua mulher (uma peça do gentio), conforme cartas que apresentou.

 

Passa recibo a João Messer em 28-7-1640.

 

Nota: as cartas, que estão muito traçadas, são de Manoel de Lara.

 A primeira endereçada a alguem que era marido de uma sua sobrinha, se desculpando por não mandar a moça que prometera à sobrinha porque das 12 moças que tinha morreram 11 de uma peste. Fala em “.......meu cunhado Gaspar de Medeiros”, manda lembranças “às senhoras minhas primas”, à sobrinha. (Carta de 1635).

 

Na segunda, aparentemente ao marido da mesma sobrinha, cita a prima Constância de Oliveira, manda lembranças “à senhora minha tia e às ....... e ao senhor meu cunhado ........... o mesmo que Deus o guarde.

Diz o transcritor que junto a essa carta havia uma espécie de envelope, onde estava: Ao Senhor .....Madeira Salvadores a quem Deus guarde em São Vicente, etc. (sic)

São Paulo

 

1-7-1645 – Antonio Pereira de Azevedo é feito tutor da órfã porque João Misser Gigante era falecido.

 

14-9-1650 – Diogo de Lara pede a curadoria da órfã, por ser filha do seu falecido irmão Manoel de Lara. Apresentou por fiador Luiz Castanho de Almeida.

30-2-1653 – Manda-se citar a Jorge de Lara, marido da herdeira para dar quitação das 10 almas e do dinheiro que a órfã herdou.