PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

Subsídios:

 

Luiz Alvares Correa e sua mulher Maria de Pina foram inventariados em Guaratinguetá em 1657. Ele faleceu e deixou a mulher grávida. Ela faleceu em seguida, de pós parto.

Foram pais de:

1- Maria Correa, já casada com Salvador da Motta Lobo, filho de Bartolomeu Antunes Lobo, o velho, e Maria da Costa, irmão de Bartolomeu Antunes Lobo. (SAESP vol 7 – Inventário de Antonio Ferreira e Felippa Gaga, neste site).

2- Ana de Pina, casada com Álvaro Machado

3- Jeronimo Alvares, nascido por 1637, já falecido em 31-5-1660.

4- Salvador Correa, nascido por 1647, já casado em 20-06-1668 com filha de Manoel da Cunha.

5- Maria, nascida por 1652, falecida durante o inventário

6- Francisca, nascida por 1654

 

 

LUIZ ALVRES CORREA

anexo o de

MARIA DE PINA

Inventários

 

SAESP - vol. 43, fls. 243

Autos do Inventário: Luiz Alvres Correa

Ano: 1657

Local: Vila de Guaratinguetá (Arquivo Paula Santos).

Juiz Ordinário e dos Orfãos: Capitão Braz Esteves Lemme

Tabelião: P.º de Pontes

Avaliadores: Antonio da Costa e Capitão Diogo Barboza do Rego

Declarante: Maria de Pina (viúva do defunto).

 

data da Abertura do inventário: aos 08-01-1658 (sic), nesta vila de Santo Antonio de Guaratinguetá.

Local: em casa e sitio de Maria de Pina mulher que ficou do defunto Luiz Alvres Correa.

 

Filhos e orfãos que ficaram do defunto, primeiramente os machos, todos pouco mais ou menos:

- Jeronimo Alvres, de idade de 19 anos;

- Salvador, de idade de nove anos;

 

Filhas, todas pouco mais ou menos:

- M.ª Correa, casada com Salvador da Mota lobo;

- Anna de Pina, casada com Alvaro Machado;

- Maria, de idade de quatro anos;

- Francisca, de dois anos.

e declarou mais debaixo do dito juramento que ficara prenha do dito seu marido que se viesse de ser com vida era verdadeiramente filho do defunto seu marido (...).

 

fls. 246:

Procurador pelos órfãos nesta instancia: Antonio da Costa

 

Avaliações, peças forras

 

fls. 247: Maria de Pina, viúva,curadora de seus filhos órfãos, a quem o juiz entregou os bens declarados.

 

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MARIA DE PINA

Inventário (anexo ao de Luiz Alvres Correa)

 

 

SAESP - vol. 43, fls. 248

Autos do Inventário: Maria de Pina, viúva que ficou do defunto Luiz Alvres Correa

Data: 24-01-1657

Local: Vila de Guaratinguetá (Arquivo Paula Santos).

Juiz Ordinário e dos Orfãos: Capitão Braz Esteves Lemme

Tabelião: P.º de Pontes

Avaliadores: Antonio da Costa e Capitão Diogo Barboza do Rego

Declarante: e por não haver pessoa a que se dê juramento para se declarar ou entregar e dar conta do que ai se declarara (...).

 

fls. 249- órfãos que ficaram filhos da dita defunta M.ª de Pina:

- Hyeronimo Alvres, de idade 19 anos;

- Salvador, de nove anos;

- M.ª, de idade de quatro anos;

- Fran.ca, de idade de dois anos.

Todos pouco mais ou menos.

 

Procurador dos órfãos nesta instância: Ant.º da Costa.

 

Avaliações.

 

fls. 251:

curador e tutor destes órfãos: P.º de Paiva Ledo, a quem o dito juiz entregou os órfãos e todos os  bens que se acharam.

 

Arrematações.

 

fls. 253: aos 28-01-1657, nesta vila de Santo Antonio de Guaratinguetá, a pregão do sitio que ficou por morte e falecimento do defunto Luiz Alvres Correa e da defunta M.ª de Pina.

 

quitações.

 

fls. 257 -

Diz Salvador da Motta Lobo em seu nome e de sua mulher Dona Maria Correa que por morte de seu sogro e sogra pai e mãe se fez inventário e repartição assim dos bens do casal e porquanto eles estiveram ausentes alegam e por direito e ser o cabeça do casal por serem mais velhos e querem haver vista do dito inventário para requerer de sua justiça. (...) hoje 22 de março de 657 anos.

 

Recebi do T.am P.º de Pontes um inventário da defunta Maria de Pina minha sogra o qual tem em si quatro mais filhos e outro inventário do defunto meu sogro Luiz Alvres Correa que tem duas meias folhas as quais mos entregou pelo despacho acima e por este me obrigo a lhos entregar outra vez hoje 22 de março de 659.

 

fls. 259 - certifico eu Manoel de Bairros, meirinho da Ouvedoria desta Capitania de Nossa Sra da Conceição, em como estando eu ---- de Luis Alvres Correa ----- já defunto ai o mesmo defunto pedi a Salvador da Mota Lobo genro ficas- ------- seu principal pagador de tres peças do gentio da terra que tinham prometido a Alvaro Machado seu futuro genro por ----- não queria casas se lhe fizer bons as ditas tres ---- assim ficou com o dito seu cunhado com a qual obrigação se é --------- o defunto obrigado ------- dito Salvador da Mota e pr verdade e me ser pedido ao presente passei esta certidão de que dou minha fé e ---- --ro por juramento (...). Santo Antonio de Guaratinguetá aos vinte ----- de mil e seis sentos e --------- para levar ------ por Rafael ____ (-----------varias linhas ----)

 

fls. 260: Certifico eu P.º de Pontes t.am do publico judicial e notas e dos orfãos em esta Vila de Santo Antonio de Guaratinguetá em como é verdade que ---- Alvaro Machado cunhado de Salvador da Mota Lobo cobrou  ---- de seu irmão D.os de Souza uma rapariga por um manto de seda ------ que seu cunhado Salvador da Mota Lobo lhe havia dado --------- a muito (....). hoje 13 de abril de mil e seiscentos e cincoenta e sete anos.

 

Aos 13-04-1657, nesta vila de Santo Antonio de Guaratinguetá (...) em audiência publica (...) apareceu Salvador da Mota Lobo e por ele foi apresentado o arrezoado atras ao dito juiz .. requerendo mandasse acostar estes autos aos inventários (...) e requeria o dito juiz que queria perdoar em como havia dado a Alvaro Machado seu cunhado três peças em dote de casamento e lhas havia dado por seu sogro o defunto Luiz alvres Correa e que tudo queria provar por testemunhas digo queria provar em como as deu as ditas peças ao dito seu cunhado visto constar da certidão atras de ---- em como as prometeu ao dito seu cunhado pelo dito seu sogro (...).

 

fls. 261 - testemunhas:

1) --- Dias Lemme, disse ser de  ---- e cinco anos, pouco mais ou menos, e perguntado lhe fosse e do costume nada.

Disse que ouvira dizer a Alvaro Machado cunhado do suplicante Salvador da Motta Lobo que o dito Salvador da Mota seu cunhado lhe havia dado um manto de seda e uma rapariga mais uma negra tudo em dote de casamento e(...). (aa) G.ar Dias Lemme.

 

2) Bartholomeu Afonço, aqui morador, de idade que disse ser de 25 anos pouco mais ou menos.

idem.

 

3) o curador dos órfãos P.º de Paiva Ledo.

Idem.

fls. 264 - termo de requerimento do autor:

Na dita audiencia apareceu:

- P.e Anacleto Lobo dolivr.ª, procurador que disse ser do autor Salvador da Motta Lobo, requeria: que da soma liquida que são 21$200 rs a saber 11$000 rs em mão do Capitão Braz Esteves Lemme o moço e 10$200 rs em a mão de Bartholameu Antunes Lobo fizesse partilha pelos herdeiros que são cinco por haver falecido M.ª uma dos herdeiros como dou fé o p.e v.º que digo desta vila que a enterrou perante mim escrivão não prejudicando na partilha aos erros que podem haver (...) pelo dito juiz mandou abater da dita soma 2$600 rs que o dito v.rº jurou lhe devia de herança os quais abatidos ficam 18$600 rs os quais repartidos pelos cinco herdeiros cabe a cada um 3$720 rs, os quais 3$720 rs lhe deu na mão de seu irmão Bartholameu Antunes Lobo dos 10$200 rs que estava a dever aos herdeiros como consta nestes autos (...).

 

fls. 266 - aos 11-06-1757 apareceu Braz Esteves Leme, o moço, e por ele foi dito e requerido ao dito juiz que ele havia resgatado um casal de peças que ficaram da defunta M.ª de Pina por não se quererem servir deles por serem fugitivos como consta do termo neste inventário e que a negra por nome Anna mulher de negro por nome Bras desde que a levou para casa esteve sempre doente de uma postema que ja levava da casa dos ditos orfãos da qual --- ele suplicante não sabia e que agora estava para ----- no tempo em que serviço o tiver d------------ consciencia de que nunca em nenhum tempo morrendo a dita negra seria obrigado a satisfação do serviço da dita negra porquanto até agora não servio de couza alguma ----tes a tem curado e a cura sempre com muita satisfação e cuidado (...) requereu ao dito juiz dos orfãos conforme a lei lhe mandasse escrever este protesto (...).

 

fls. 267 requerimento que fez Braz Esteves Lemme o moço

Data: aos 08-10-1657

Requereu: que visto estar o curador e procurador dos órfãos que ficaram do defunto Luiz Alvres Correa e da defunta M.ª de Pinha sua mulher por digo ausente e ele suplicante ter que requerer contra os ditos órfãos requeria ao dito juiz lhe desse novo curador e procurador para que ele dito Braz Esteves no que desse seu direito e justiça conforme um protesto que havia requerido ao dito juiz (...) e logo o dito juiz mandou chamar  a P.º de Aguiar Girão e lhe deu juramento (...) para que procurasse por todos os bens e direito dos ditos órfãos (...).

 

E logo no mesmo dia e mesma audiencia atrás declarada requereu o dito Bras Esteves Lemme o moço ao dito juiz (...) (...) e que havia feito um protesto diante do mesmo juiz em como a negra por nome Anna havia levado uma postema da casa dos ditos orfãos como queria provar e que a dita negra era morta e morrera depois dele haver feito seu protesto e que assim mais queria provar em como havia curado da dita negra a sua doença e que nunca dela tivera serviço pelo que requeria ao dito juiz lhe recebesse sua prova (...) o dito juiz recebeu seu requerimento e o mandou apresentasse as testemunhas (...).

 

fls. 269 - Testemunhas:

1) Maria de Paiva, dona viúva, de idade que disse ser de 41 anos pouco mais ou menos, e do costume disse nada.

(...) e disse lhe havia contado a defunta Maria de Pina quando a mandou chamar para o parto de que morreu que a dita negra Anna de que se trata, desde que viera da sua terra lhe não tinha feito serviço algum de foice menos de enxada que só lhe fiava algum fio tudo precedido de uma postema que tinha e que lhe dissera mais a dita defunta que se Deus lhe desse vida e a livrasse da morte daquele parto em que estava queria mandar chamar a P.º daguiar Girão para lhe dar uma picada na dita postema, e que depois que a dita negra saiu do poder dos orfãos sabia de certo não haver feito serviço ao dito Bras Esteves e que sabia que dela curara com muita deligencia e que ao cabo morrera da dita postema (...).

 

2) M.el doliveira Falcão, de idade que disse ser pouco mais de sessenta anos, e do costume disse nada.

(...) disse que lhe dissera o defunto Luiz Alvres Correa por duas vezes uma em casa dele testemunha outra no adro da igreja desta vila que a dita negra Anna que se trata que se queixava de uma dor no quadril e que lhe não fazia couza alguma e sabia que da dita doença e mal morrera a dita negra (...).

 

3) Bertholameu Antunes Lobo, aqui morador, de idade que disse ser de 34 anos pouco mais ou menos, e de costume disse nada.

(...) disse que indo algumas vezes a casa do defunto Luiz Alvres Correa dono que foi da dita negra de que se trata, ele lhe queixara que havia tempos que lhe não fazia a dita negra serviço e que a levara ao tejupar aonde estava a dita negra e que lha mostrara e que lhe vira um inchamento nos lombos que parecia ser postema e que mais sabia morrera a dita negra do dito mal (...)

(........)

Visto os ditos das testemunhas atras hei por absolto ao autor Bras Esteves Lemme o moço da quantia do serviço da dita negra (...) Sto. Antonio de Guaratinguetá oito dias do mes de ------ 657 anos.

 

Quitações, dinheiro dado a ganhos (entre eles a)

- Aos 11-03-1658, nesta vila, M.el Frz da Costa aqui morador, 3$600 rs e deu como fiador a Bertholameu Afonso.

 

Aos 27-05-1660 nesta vila, apareceu Nicolau Soares de Louzada, aqui morador, testamenteiro do defunto Manoel Frz da Costa e por ele foi dito que o dito defunto tinha tomado a ganhos 3$00 rs(...) os quais trazia com as suas ganâncias (...).

 

fls. 278

Salvador da Mota Lobo que ele suplicante é casado com M.ª Correa filha legitima do defunto Luiz Alvres Correa que ele suplicante foi dotado e sua mulher dele dito suplicante entersada juntamente dois irmãos da dita sua mulher dito suplicante são mortos abinstestados e são casados tão bem outros herdeiros que seus irmãos vivos pelo que pede a V.M. que desse dinheiro que ficou dos ditos dois irmãos mortos da mulher dele dito suplicante lhe dê a sua parte que lhe couber com seus ganhos e ele dito suplicante tem por noticias que seu irmão Bertholomeu Antunes tem hoje dinheiro a ganhos da sua mãe e ele dito suplicante o quer na mão do dito seu irmão EVM lhe mande pagar como esta dito na mão do dito irmão E..M.

Como pede e passe-se mandado (...) St. Antonio de Guaratinguetá hoje o derradeiro de maio de 1665. Diogo Bar Reguo

 

O Capitão Dioguo Barboza Reguo juiz ordinário e dos orfãos e seu termo nesta vila de Santo Antonio de Guaratinguetá mando a qualquer oficial de justiça a quem este mandado por apresentado (...) requeiram saber Bartholameu Antunes Lobo que logo de e pague a quantia de 2$320 rs de 6$480 rs que tem tomado a ganhos dos órfãos filhos que ficaram do defunto Luiz Alvres Correa porquanto consta ser herdeira M.ª Correa filha do defunto Luiz Alvres Correa mulher de Salvador da Mota Lobo e Jeronimo e Maria filhos do dito defunto pelo que ------- não haver --------- na vila de  Santo Antonio de Guaratinguetá (...) em o derradeiro dia do mes de maio de 1660 anos.

 

fls. 280 - 6$68 rs dinheiro dado a ganhos a Manoel da Cunha, aqui morador, fiador Manoel Alvres, tambem aqui morador. Renovou o empréstimo aos 19-5-1665 e apresentou como fiador a Fernão Bicudo de Brito.

 

fls. 282 - aos 22-06-1668 ante o juiz ordinário e dos órfãos o Capitão Anrique Tavares da Silva apareceu M.el da Cunha e por ele foi dito ao dito juiz que ele era a dever neste inventário 9$573 rs com ganhos e tudo porquanto pelo dito juiz lhe foi apresentado um mandado pagasse a seu genro Salvador Correa 8$656 rs de sua legitima e porquanto ----- consta da quitação do dito juiz --------------------