PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

SL 1º, 27, 2-4 Paula Gonçalves que casou-se com João Gomes, falecido em 1620 em Parnaíba. Faleceu Paula Gonçalves em 1639 em Mogy das Cruzes. Teve (CO de SP e de Mogi das Cruzes)

3-1 Leonor Gomes, com 17 anos em 1620, casou em 1634 com Antonio de Medeiros

3-2 Maria Gomes em 1639 estava casada com ...

3-3 João Gomes

3-4- Domingos Gomes da Costa

3-5 Cecilia Gomes estava casada com ...

3-6 Alvaro Gomes

3-7 Paula Gonçalves foi primeiro casada com Manoel Pereira ...

3-8 Izabel Gonçalves estava casada com...

3-9 Capitão Duarte Gomes casou com Cecília de Gois

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

 

João Gomes era cunhado de Domingos de Góis, que foi o primeiro curador dos órfãos, seus sobrinhos.

Gaspar Gomes, com 36 anos em 1625, casado com sobrinha de Domingos de Góis foi o segundo curador dos órfãos filhos de João Gomes. Gaspar Gomes foi casado com Izabel Nunes (S.L. 1º, 45, 3-11 e S.L. 6º, 466, 2-4). Tiveram ao menos o filho Diogo de Fontes, “homem abonado”.

Paula Gonçalves e João Gomes tiveram nove filhos, oito nomeados no inventário paterno, nascidos  aproximadamente por:

1 Leonor, 1607, tinha 13 anos em 1620 e não 17 como está na GP. Casou com Antonio de Medeiros, o primeiro dos genros de João Gomes a comparecer no inventário.

2 Maria, 1609, provavelmente a casada com Manoel de Siqueira (por ser o segundo genro a aparecer no inventário)

3 João Gomes, 1610

4 Domingos Gomes, 1611

5. Cecília Gomes, não nomeada no inventário paterno. Silva Leme deve tê-la encontrado no inventário materno corrido em Mogi das Cruzes. Provavelmente nascida por 1612 (e pode ser esta e não a Maria acima a casada com Manoel de Siqueira)

6 Álvaro, 1613/14

7 Paula Gonçalves, 1615, casada com Manoel Pereira

8 Izabel Gonçalves, 1617, estava para casar em 1643

9 Duarte, Jan/Fev de 1620, tinha 5 meses em 1620 e não 2 anos como consta da GP.

 

Bastião Gonçalves, cunhado de João Gomes, provavelmente irmão de Paula Gonçalves, filho de André Gonçalves (SL 1º, 26, 1-3, onde constam apenas os filhos legítimos, havidos com Izabel Botelho. Bastião seria filho de outro leito)

 

JOÃO GOMES

Inventário

 

Vol 5, fls 303

Data: 1-6-1620

Juiz: Antonio Telles

Avaliadores: Gonçalo Madeira e Diogo Mendes

Local: Tatubucunta, têrmo da Vila de São Paulo

Declarante: Paula Gonçalves, Domingos de Góis e Gaspar Gonçalves

 

Titulo dos Filhos:

1 Leonor, 13 anos

2 Maria, 11 anos

3 João, 10 anos

4 Domingos, 9 anos

5 Álvaro, 6/7 anos

6 Paula, 5 anos

7 Izabel, 3 anos

8 Duarte, 5 meses

 

Seguem as avaliações, sendo que uma roça de mandioca foi declarada sob juramento “por não haver canoa nem ponte donde fossem à banda do além os avaliadores para avaliar..”

 

A fazenda foi entregue a Domingos de Góis, feito curador dos órfãos.

 

Seguem arrematações dos bens dos órfãos.

 

Conhecimentos de:

André de Brito – Padre João Alvres e pagou por ele Manoel Esteves – Antonio Botelho – Gonçalo Pereira – Bento Fernandes – João Rodrigues – Francisco Rodrigues – Cristóvão Pereira - Pedro Rodrigues – Diogo Peres – Domingos Rodrigues de Meneses – Manoel Godinho de Lara – Simeão Alvares o moço – João Gonçalves – Heitor Fernandes – Cornélio de Arzão – Gaspar Vaz – Antonio Raposo – Antonio Fernandes – Bastião Gonçalves, cunhado do dito defunto –

 

Devia o defunto a Manoel da Costa morador em Pernambuco e a Tomé da Fonseca do Rio de Janeiro.

 

Devia no inventário de Antonio Gonçalves, por arrematações.

 

Monte Mor: 263$340

Líquido: 180$000

 

Procurador da viúva: Gaspar Gomes

 

Seguem as partilhas sendo que a viúva ficou com o sítio e as roças de Mogy Mery

 

“e os vinte mil réis que ficam da terça se reparta pelos nove órfãos”, (80$000 e recebeu cada um 8$889)

 

20-3-1621 (sic)– Seja notificado Domingos de Góis curador de seus sobrinhos filhos que ficaram de seu cunhado o defunto João Gomes ...”

 

Seguem as quitações de algumas dívidas de leilão, passadas por Domingos de Góis.

 

17-5-1622 – Petição de Paula Gonçalves – disse ter duas filhas já mulheres que não têm roupas para irem à vila ouvir missa. Pede algum dinheiro para comprar as roupas necessárias, e a mãe não podia comprar por estar muito pobre e necessitada. Recebe a metade da legítima de cada uma das filhas.

 

17-7-1620 – Petição de Paula Gonçalves – Disse que se colocaram em inventário muitas miudezas das quais ela precisava para manter os nove filhos que lhe ficaram.

 

20-7-1620 – “Satisfazendo o despacho de v.m. não ponho dúvida a se dar o que a viúva pede em sua petição visto lhe ficarem nove filhos... “ - Domingos de Góis

 

23-7-1620 – “Visto a resposta do curador .... o que pede para alimento dos órfãos que são nove...”

 

28-6-162(?) anos – petição de Domingos de Góis

Alegando ser homem doente e ter muitos filhos, mais do que o previsto nas Ordenações, pediu para ser liberado da curadoria.

Testemunhas:

 

28-7-1625: O Juiz João de Brito Cassão diz constar da justificação que Domingos de Góis tinha oito filhos entre machos e fêmeas.

 

Novo curador: Gaspar Gomes, fiado por Manoel Esteves.

 

10-10-1636 – mandado contra Manoel Esteves para que prestasse contas ao juízo, como fiador de Gaspar Gomes que estava fora da Capitania.

 

20-8-1634 – Requerimento que fez Antonio de Medeiros ao juiz Jeronimo Bueno

Pediu a curadoria de seus cunhados e a quantia que tinha a ganhos Manoel Esteves, fiador de Gaspar Gomes. Pediram testemunho de Domingos de Góis que disse ter entregue tudo a Gaspar Gomes, e que não se lembrava de assinado algum.

 

22-10-1634 – Gaspar Gomes aparece e apresenta uma petição que fizera dando descarga das contas. Tinha ido ao RJ e quando voltou ficou doente e “foi sangrado mais de trinta vezes”.

Apresentou as contas.

 

Pagara a Antonio de Medeiros e Manoel de Siqueira, genros do defunto João Gomes.

 

Gaspar Gomes toma o dinheiro a ganhos, fiado por Diogo de Fontes, pessoa abonada. Em 1636, Diogo de Fontes diz que seu pai Gaspar Gomes estava ausente da vila e refaz o empréstimo, como fiador do dito seu pai.

 

24-11-1635 – Termo de curadoria a Manoel de Siqueira

 

23-2-1643 – Domingos Gomes, morador em Santa Ana da Cruz, nomeia Manoel de Siqueira e Manoel Pereira por seus procuradores para o fim de arrecadar a sua legítima. Eram cunhados.

 

Fev 1643 – Mandato para se pagar a João Gomes, filho do defunto João Gomes a legítima de sua irmã Izabel Gonçalves, para seu dote de casamento.

 

2-3-1643 – Manoel Pereira declara ter recebido a legítima de sua mulher Paula Gonçalves, na quantia de 8$889.