PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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SL. 1º, 49, Cap. 1, Ignez Camacho faleceu com testamento em 1623 em S. Paulo, e foi 1.o. casada com Francisco Teixeira, falecido em 1594 (C. O. S. Paulo), e 2.a. vez com João da Costa Lima (o Mirinhão de alcunha), falecido em 1639 com seu testamento. Teve (C. O. S. Paulo):

Do 1.o. marido 4 f.os.:

1-1 Padre Antonio Teixeira,

1-2 Domingos Teixeira, estava casado com...

1-3 Francisco Teixeira, estava casado com...

1-4 Um cujo nome não se lê

 

Do 2.o. marido:

1-5 João da Costa,

1-6 Anna da Costa, estava já casada em 1623 com Braz Machado

1-7 Izabel da Costa, faleceu em avançada idade em 1690 com testamento em S. Paulo, no estado de viúva de Francisco Sutil de Oliveira

1-8 Maria da Costa, faleceu em 1680 e foi casada com Domingos Leme

1-9 Simão da Costa, foi casado com Maria de Freitas

1-10 Maria de Lima, foi casada com João Pedroso de Moraes (o terror dos índios)

1-11 Paschoa da Costa, foi casada com Gaspar de Louvêra

1-12 Álvaro da Costa, tinha 13 anos em 1623

1-13 Margarida de Lima, casou-se em 1632 com Domingos de Meira, Ad. Geral vol. 9: 80, 1-13: Margarida de Lima c2c em 1635 com Sebastião Bicudo fo. de Matheus Neto e de Jeronima de Mendonça.

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

 

Inês Camacho, filha de Domingos Luiz o carvoeiro e Ana Camacho, em 1583 estava casada com Francisco Teixeira Cid, que juntamente com o sogro obteve neste ano chãos em São Paulo “por cima de Salvador Pires” (Datas 6, neste site)

 Tiveram:

1-1 Padre Antonio Teixeira, que ainda vivia e estava ausente em 1644 (inventário de Maria Gil).

1-2 Domingos Teixeira, em 1623 estava casado com Maria Gil, falecida em 1644 (SAESP vol. 29º, neste site)

1-3 Francisco Teixeira, também já casado em 1623, com Izabel Rodrigues.

1-4 filho/a já falecido em 1623

 

Inês declarou ter tido nove filhos do segundo marido João da Costa (10 segundo testamento e inventário deste).  Aos nove citados na GP acrescentamos algumas informações:

1. João da Costa, nascido por 1597, em 1639 não tinha filhos.

2. Ana da Costa, nascida por 1599, casada por seu pai com Braz Machado

3. Izabel da Costa, nascida por 1600, casou com  Francisco Sotil e foi dotada por seu pai

4. Maria da Costa, nascida por 1601, em 1623 estava casada com  Domingos Leme

5. Simão da Costa, nascido por 1602, já casado em 1623

6. Maria de Lima, nascida por 1605, em 1623 estava casada João Pedroso. Casou na ausência do pai..

7. Páscoa da Costa (ou da Rosa), nascida por 1608, era solteira em 1623. Em 1639 estava casada com Gaspar de Lobria (sic) e moravam em Santos.

8. Álvaro, nascido por 1610, em 1639 não tinha filhos.

9. Margarida de Sea (ou de Lima ou da Costa), nascida por 1611, em 1639 estava casada com Domingos de Meira e moravam em São Vicente. Foi casada anteriormente com Sebastião Bicudo falecido em 1633 (SAESP vol. 41º, neste site).

10. Maria de Sea, aparece apenas no testamento e inventário paterno.

 

João da Costa teve mais um filho, nascido provavelmente após a morte de Inês Camacho, que era rapaz menor em 1639 e vivia em casa de Páscoa da Costa.

 

INÊS CAMACHO

Inventário e Testamento

Anexo: João da Costa

 

Vol 12, 327

Data: 20-11-1623

Local: Vila de São Paulo

Juiz: João de Brito Cassão

Avaliadores: Alonso Peres Calhamares e Álvaro Neto

Declarante: João da Costa, marido da falecida

 

Declarou o viúvo que sua mulher deixara o restante da terça às filhas Páscoa da Costa e Margarida de Lima, solteiras e que disso foram testemunhas Belchior Ordas de Leão (que fizera o testamento mas que esquecera de colocar nele esta vontade da falecida), Leonor Domingues e Ana Maria, mulher de Cláudio Furquim.

 

20-12-1623 – Em casa de Cláudio Furquim, João de Brito Cassão dá juramento a Leonor Domingues viúva e a Mariana mulher de Cláudio Furquim. Perguntadas sobre se era verdade que Inês Camacho deixara a terça para as filhas mais moças, disseram que sim, que elas a ouviram dizer.

 

FILHOS (com João da Costa)

1. João da Costa, 26/27 anos

2. Ana da Costa, 24 anos, mulher de Braz Machado

3. Izabel da Costa, 22/23 anos, mulher de Francisco Sotil

4. Maria da Costa, 20 anos, mulher de Domingos Leme

5. Simão da Costa, 21 anos, casado

6. Maria de Lima, 18 anos, mulher de João Pedroso

7. Pascoa da Costa, 15/16 anos, solteira

8. Álvaro, 13 anos

9. Margarida de Sea, 12 anos

 

FILHOS (do primeiro marido)

1. Domingos Teixeira, casado

2. Francisco Teixeira, casado

3. Antonio Teixeira, ausente, clérigo

 

TESTAMENTO

 

Em nome de Deus, amen.

Saibam todos quantos esta cédula de testamento virem como no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos e vinte e tres anos, em os dezoito dias do mez de utubro da dita era estando eu Inês Camacho enferma da mão de Nosso Senhor Jesus Cristo e no regaço da Virgem Nossa Senhora a quem encomendo a minha alma e m´a leve a sua santa glória para que foi criada, amen.

Estando em meu perfeito pedi e roguei a Belchior Ordas de Leão me fizesse esta cédula de testamento e apontamentos para que as justiças de sua Magestade lhe dêm todo devido cumprimento por ser esta a minha última vontade.

Primeiramente torno a encomendar a minha alma a meu Senhor Jesus Cristo e a sua benditíssima Mãe o qual me remiu com o seu precioso sangue.

Declaro que sou casada com João da Costa do qual tenho nove filhos a saber João da Costa, Ana da Costa, Izabel da Costa, Maria de Lima, Maria da Costa, Simão da Costa, Paschoa de Lima, Alvaro da Costa, Margarida de Sea, os quais todos são filhos legítimos.

Assim declaro mais que fui casada com Francisco Teixeira do qual tive quatro filhos dos quais ao presente são dois filhos e outro que dizem está em Santiago del Estero, o qual se não sabe se é vivo.

Declaro que me levando Deus Nosso senhor me enterrem na cova de meu pai na Matriz desta vila e mando me digam uma missa cantada no altar de Nossa Senhora do Rosário na Matriz desta vila a qual me dirão no dia do meu  a 15 dias e a Nossa Senhora do Carmo que me digam duas missas e uma missa a São Miguel o Anjo e mais duas missas a Nossa Senhora da Conceição na aldeia dos Guarulhos e duas missas a São João batista e uma missa a Santo Antonio.

Mando que dêm à Santa Misericórdia mil e seiscentos réis os quais se darão no que houver por minha casa.

Declarou que seu manto deixava a sua nora Izabel Rodrigues e sua nora Maria Gil lhe deixava o seu saio e baeta.

Declaro que prometi a Braz Machado um lanço de casa que tem a esta conta um rapaz da terra e com o dar se lhe dê  e a Domingos Leme outro lanço o qual peço que lhe deem, e a Francisco Sotil outro lanço de casa e todos hão de ser nesta vila e mando que tudo isso se cumpra assim e da maneira que o declaro.

E declarou que deixava seu marido João da Costa por seu testamenteiro e que faça por sua alma como ela lho fizera se lh´o deixara encomendado e com isto houve esta cédula de testamento por feita e acabada e pede às justiças de sua Magestade o façam cumprir e por ela não saber assinar me pediu a mim Belchior Ordas de Leão asignasse por ela hoje 18 de outubro de 623 anos – Assigno a rogo da enferma Ignes camacho – Belchior Ordas de Leão

 

Aprovação: 18-10-1623 – Calixto da Motta

Assigno por a testadora – Belchior Ordas de Leão

Gonçalo de Moraes Soares – Simão Borges de Cerqueira – da testemunha Braz + Machado – Miguel de Almeida – João Clemente

 

CUMPRA-SE: 23-10-1623 – Francisco de Lemos

CUMPRA-SE: São Paulo, 20-11-1623 – Brito

 

Segue a avaliação da fazenda

 

Disse o viúvo que não botava as casas porque devia a seus genros Braz Machado, Domingos Leme e Francisco Sotil assim como uns chãos na rua de Santo Antonio porque neles também tinham parte os enteados “por não estarem aqui os ditos enteados”.

 

E assim mais deitou uma carta de meia légua de terras onde estavam os Guarumerins.... assim mais a parte que lhe couberem das terras que foram de seu sogro Domingos Luiz.... João da Costa

 

Declarou mais João da Costa que tinha uma canoa em que passavam feita por seu filho Simão da Costa a qual queriam todos se servir com ela...

 

Feitas as contas resultou o monte mor em 54$940 e abatidas as dívidas em 44$460, a cada órfão 3$494 e a parte de João da Costa em 5$240 dos quais se tirou a terça e restaram 1$746

 

Não se fez partilhas por “aqui não estarem os herdeiros” e tudo foi entregue a João da Costa

 

Seguem as quitações

 

12-8-1633 – quitação que Claudio Forquim dá a João da Costa pelo que devia do inventário de sua mulher Inês Camacho.

 

14-8-1633 – Quitação que dá Domingos Teixeira a João da Costa de sua legítima.

 

28-10-1637 – última quitação que João da Costa pede para arrolar e fim do que restou do inventário de Inês Camacho.

 

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JOÃO DA COSTA, ermitão

Inventário e Testamento

 

Vol 12, 327

Data: 30-4-1639

Local: Vila de São Paulo

Juiz: Amador Bueno

Avaliadores: Manoel da Cunha e Manoel Alvares

Declarante: João da Costa, o moço

 

TITULO DOS HERDEIROS

1. João da Costa, o moço

2. Simão da Costa

3. Álvaro da Costa

4. Ana da Costa

5. Izabel da Costa

6. Maria de Sea

7. Maria de Lima defunta mulher que foi de João Pedroso

8. Maria da Costa mulher de Domingos Leme

9. Pascoa da Rosa mulher de Gaspar de Lumbria

10. Margarida de Lima, mulher de Domingos de Moura

 

 

Ana da Costa Sea mulher de Braz Machado

Izabel da Costa, mulher de Francisco Sutil

 

TESTAMENTO

 

Louvado seja o Santíssimo Sacramento

Em nome de Deus amen

Saibam todos quantos esta cédula de testamento virem como no Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos e trinta e oito anos aos vinte e oito dias do mez de janeiro da dita era estando eu em meu perfeito juizo que Deus meu Senhor Jesus Cristo me deu ao qual encomendo a minha alma que a criou em meu terreno corpo por sua santa glória e o mesmo faço a bem aventurada Virgem Maria e sempre Virgem sua Santíssima Mãe e a todos os apóstolos e Santos da corte do céu que todos sejam rogadores e intercessores por mim a Deus Nosso Senhor e que haja misericórdia de minha alma assim como se lembrou do bom ladrão estando na cruz posto por mim e por todos os pecadores a quem peço por suas divinas chagas e morte e prisão que por mim padeceu aos trinta e tres anos de sua vida neste mundo e afrontas e injurias pelos pecados do gênero humano e por as dores que padeceu estando na santíssima arvore da Santa Cruz que não condene conforme minhas culpas e pecados sim conforme sua divina misericórdia como pai dela e de piedade que esta lhe peço use deste pecador indigno.

Digo que fui casado com Inês Camacho a face da Igreja da qual tive dez filhos -João da Costa Simão da Costa - Álvaro da Costa - Ana da Costa - Izabel da Costa-  Maria de Sea - Maria de Lima - Maria da Costa - Páscoa da Rosa - Margarida de Lima todos os dez legítimos de entre ambos declaro que Ana da Costa e Izabel da Costa e Maria da Costa lhe dei o que lhes prometi só Maria mulher que foi de João Pedroso lhe não dei nada porque eu não a casei (...) trouxe de Portugal para sua mãe e se lhe (...) sua mãe que me disse que lh´o não pudera dar antes que eu (...) e não sei o que Inês Camacho lhe deu e prometeu (...) a Páscoa eu não a casei mas levou (...faltam linhas...) como seu irmão sabem e se  (...) em minha ausência foi por ordem de seu irmão João da Costa o moço que eu desse casamento não fui sabedor por estar ausente por não ver traidores por me fazerem o que é sabido por amor de outrem acudir por su(...) como é notório a Deus e a todo mundo e me fez perder mais de cento e cincoenta mil réis de meus filhos.

Declaro que os filhos de João Pedroso que já que eu lhe não dei nada que se ficar da minha pobreza alguma cousa que o possam herdar o que couber a João da Costa e a Álvaro da Costa que ficou mais pequeno que os outros e não lhe dei nada que já os dois mais velhos tiveram mais largueza de vestir e calçar em minha casa que Ana e Izabel e Maria da Costa lhes dei à mais velha nove peças do gentio da terra e a Izabel da Costa cinco ou seis vestidos com que foram a porta da igreja o que não levaram as outras tanto como elas três.

Declaro que Braz Machado e Francisco Sotil me roubaram a minha madeira que tinha no quintal e a mais velha dela venderam a José Planta a troco de carnes para fazer catres que vendeu nesta vila ao tempo que morava nas casas que agora são de João Barroso e que tirei carta de excomunhão e nunca saíram a ela e outras couçoeiras que deixei em Bituroa em casa de Leonor Domingues que Deus tem e que também as furtaram e não sairam a elas e se confessam sem pagarem o alheio.

Declaro que tenho um moleque da Guiné e que fazendo Nosso Senhor de mim o que for servido podem parti-lo meus filhos João da Costa o moço e Álvaro da Costa entre si porque eles me sustentaram mais que os outros nesta vila e meu estojo de lancetas deixo a meu filho João da Costa com tanto dê duas lancetas a Álvaro da Costa com o estojo das navalhas (...) que tenho fique a Álvaro da Costa (...) mais pequena a minha neta Maria filha de (... faltam linhas...) ou tome algum de meus filhos.

Um rapaz por nome Joaquim que me deu meu filho Simão da Costa se o quiser dar a seu irmão Álvaro (...) outro que me deu meu filho João da Costa por nome Antonio se o quiser dar a sua irmã Páscoa mulher de (...) pois tem lá a mãe seja por amor de Deus (...) a minha filha Margarida pois morreu sua mãe.

Enterrem-me nesta ermida de Santo Antonio já que me puz aqui em sua casa para o servir e fiz este corredor com a licença do padre vigário Manoel Nunes pois eu o fiz à minha custa e havendo depois de morto alguma pessoa honrada pobre que o queira servir ao santo em lhe varrer a sua casa pois esta foi a minha tenção dê-lh´o em sua vida com esta condição e será por ordem do padre vigário que for desta vila e o quintal também é meu pois que os mordomos têm tão pouca devoção de ter cuidado e lhe varrer a casa que se passava do ano e não ia nenhum varre-la que por isso o deixo para limpeza da igreja (...) pessoa honrada pobre (...) para a varrer.

Os meus ferros de dentes e botica e roupetas e chapéus e facas e mais miudezas de casa frascos (...) Simão da Costa e os materiais das bocetas partam todos três irmãmente eles entre si que os não ouça ninguém e se lembrem de mim em algumas missas.

Declaro que João da Costa meu filho casou a sua irmã Margarida de Lima e lhe deu algumas peças (...) mas também lhe tomou duas peças que tinha suas que eu lhe dei para as dar a sua irmã Páscoa da Rosa (...) que era Domingos e Domingas e que também entre com eles em o que eu tiver por minha morte com Álvaro da Costa e Simão da Costa e os filhos de João Pedroso entrem primeiro ao que se achar de sua mãe que Simão da Costa lhe ficou o cavalo e (...) a ferramenta (...) não tiveram nada.

Declaro que eu (.....) minha filha Margarida de Lima por nome (....) que está em casa de minha filha Páscoa da Rosa que diz que é meu filho tudo pode ser e se o for ele dará mostras de si sendo que seja meu que já digo eu (...) incerto mas pode o ser meus filhos o tratem como seu irmão e lhe dem de vestir e o tenha João da Costa consigo ou Álvaro da Costa pois não têm filhos para que o ajude e o castigue e ensine e trabalhe para que não seja ruim como os outros.

Declaro que tudo o acima  dito quero que se cumpra, o que tudo o mais que ficar se lhe entregue a ele para que despenda como tenho dito e parta com sua irmã margarida e o rapaz que tem em casa e com seu irmão Álvaro da Costa e com os filhos de João Pedroso que são filhos de minha filha, e as missas que mando dizer por minha alma já está dado o dinheiro a quem as vae dizendo por minha alma e se houver alguma coisa de resto ele mandará dizer por quem lhe parecer: com a condição que me digam logo a Nossa Senhora e a São João, a Santo Antonio e a São Francisco e a São José e com isto houve este testamento por firme e bom e peço ao tabelião qualquer que for mó venha aprovar para que não haja nenhum embaraço; 16 de abril de 1639 anos: e roguei ao padre frei Paulo me fizesse este codicillo visto ser meu confessor: e este codicillo quero que valha por meu verdadeiro testamento e outro qualquer que apareça não quero que valha nenhuma cousa nem seja de nenhum valor, nem lhe dem crédito – João da Costa o velho.

 

Aprovação:

Foi o testamento passado pelo próprio João da Costa ao tabelião, escrito que foi por Frei Paulo do Espírito Santo, religioso do patriarca São Bento, às mãos do tabelião Calixto da Motta.

Testemunhas: D. João Mateus Rendon – Manoel Esteves – Luiz Machado de Vasconcellos – Gaspar Fernandes Cortez – Braz Fernandes Preto.

 

Em codicilo deixou o Padre Mateus Nunes por testamenteiro – Testemunhas Gregório Fagundes – D. João Mateus – Antonio Ribeiro – João Rodrigues Bejarano – João do Prado Martins – Diogo Dias de Macedo

 

Cumpra-se 20 abril (...) Bueno

 

Seguem as avaliações

 

Mais em dinheiro que entregou ao padre vigário o dia antes que morresse (10$880)

 

Monte-mor líquido: 52$940 menos o que devia aos filhos do inventário de Inês Camacho (13$531)

 

Seguem as partilhas

 

Citados por precatória a vila do Porto de Santos e a de São Vicente: Domingos de Meira e sua mulher, que viessem ou fizessem procurador em 3 dias “por razão dos mais herdeiros estarem a caminho para a Bahia aos socorros de sua Magestade”. 6-5-1639

 

E foram citados Gaspar de Lobria e sua mulher Pascoa (...) que disseram não querer herdar.

 

Segue leilão de alguns bens para pagamento das despesas de inventário com as respectivas quitações.

 

Notas:

João da Costa casou em São Paulo por 1595 com Ines Camacho, de quem foi segundo marido. Era “físico”, dentista e barbeiro, deixando ao morrer muitos instrumentos destas profissões.

Cronologia:

1603- Foi Juiz Ordinário da Câmara da Vila de São Paulo, mas nesse mesmo ano esteve ausente. (Atas da Camara de São Paulo)

18-11-1608 - Foi indicado para o cargo de mamposteiro dos cativos por provisão de Francisco Sutil de Siqueira passada na Bahia. Presta juramento e assume o cargo em 1-1-1609. (RGCSP, I, fls 164/165)

1-12-1600 - Foi nomeado por D. Francisco de Souza para o cargo de repartidor de terras da vila e distrito e avaliador dos órfãos, cargo esse que assumiu prestando juramento em 1-1-1601. (RGCSP, I, fls 99/100)

1601 a 1616 - Exerceu a função de avaliador oficial até 1616, quando seu parceiro habitual Antonio Lopes Pinto passa e ser acompanhado por Belchior Ordas e Leão.(DAESP, Inventários)

31-7-1616 - Deu quitação no inventário de André Martins (DAESP 3, fls 138/139)

1616 a 1622 – Desaparece dos documentos oficiais. Deve ter sido neste período que foi a Portugal, de onde trouxe algum presente para Ana Camacho. Depois disso tornou a se ausentar. Foi nessa sua ausência que sua filha Maria de Lima casou com João Pedroso.

1622 – É citado nas Atas e Registros da Câmara. Também nesse ano entra com requerimento no inventário de Simão da Costa, por uma escrava que seria de seu sogro Domingos Luiz (DAESP 3, fls 44 e seg)

18-10-1623 - Estava em sua casa em São Paulo quando do testamento de sua mulher. Faleceu Inês Camacho em 23 do mesmo ano e mês, e o viúvo cuidou do inventário em São Paulo nos termos de praxe.

Maio-1627 - Estava em Olinda, onde pagou uma dívida a Manoel Lopes.

1633 - Estava em São Paulo pagando dívidas do inventário da mulher.

1637 - Pediu o acostamento final das quitações no dito inventário.

16-4-1639 - Ditou seu testamento a Frei Paulo, seu confessor.

25-4-1639 - entregou ao vigário a quantia de 10$880

26-4-1639 – Faleceu como ermitão de Santo Antonio.