PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

S.L. 7º, 134, Cap. 3º; Ana de Moraes d'Antas casou em segundas com Francisco Velho, com geração de 2 filhos:

1-3 Padre Manoel de Moraes

1-4 Capitão Francisco Velho de Moraes

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Moraes Junqueira)

 

Francisco Velho, natural do Reino, casou em São Paulo com Ana de Moraes, já viúva de Pantaleão Pedroso em 1594. Faleceu Ana em 1616 com testamento.

Teve:

1- Manoel de Moraes, nascido por 1596, teve grande geração na Holanda (a idade de Manoel de Moraes está conflitante nos inventários de seu pai e mãe)

2- Francisco Velho de Moraes, por 1599

3- Gregorio José, por 1602

4- Maria Velho,  nascida por 1603 em 1619 já casada com Francisco de Paiva (Inv. de Izabel Dias neste Site)

5- Paulo, nascido por 1605, não aparece no inventário paterno

 

Teve, Francisco Velho, a filha (bastarda):

6- Vitória Dias, herdeira da terça paterna, por 1621 casada com João Luiz.

 

Os filhos 3 a 6 não constam da GP.

 

Casou segunda vez com Maria Luiz, em segundas núpcias desta.Sem filhos deste casamento.

 

FRANCISCO VELHO

Inventario e Testamento

 

Vol 25, fls 5

Data: 8-7-1619

Juiz: Antonio Telles

Avaliadores: Belchior de Ordas e Leão, Diogo Mendes

Local: Vila de São Paulo,

Declarante: Maria Luiz, a viúva

 

Foi dado juramento a Francisco Velho, filho do defunto e a Francisco João e a Francisco de Paiva para que declarassem a fazenda que ficou.

 

E logo a viúva nomeou Domingos Cordeiro por seu procurador.

 

TESTAMENTO – 19-6-1619 – Escrito por Simão Borges de Cerqueira, tabelião.

 

Francisco velho, doente ditou seu testamento ao público tabelião.

Declarou que queria ser sepultado no Mosteiro da Companhia de Jesus e casa de Santo Inácio.

Declarou que da primeira mulher teve três filhos machos e uma fêmea, chamada Maria Velho a qual casou com Francisco de Paiva a qual levou o dote e a legítima de sua mãe, ficando a dever ao genro apenas 4 vacas e 4 cadeiras.

Filhos machos declarados: Manoel de Moraes que estava na Companhia de Jesus, Francisco Velho o moço e Gregório, e ainda não tinham recebido a legítima de sua mãe.

Encomenda missas e ofícios.

Declarou deixar uma moça chamada Vitória havida enquanto casado com Ana de Moraes, a quem deixa o resto de sua terça para ajuda de seu casamento.

Declarou ter casado segunda vez com Maria Luiz.

Deixou por testamenteiro a Gonçalo Madeira, “meu compadre e amigo aqui morador”.

Declarou que a pedido de Maria de Moraes comprou uma cova aos Padres do Carmo do que tem carta e quitação.

Por testemunhas: “Francisco Lopes Pinto estante nesta vila senhorio na metade do engenho de ferro”, Belchior de Ordas e Leão, Diogo Mendes e Gaspar de Brito aqui moradores e Gaspar da Silveira ourives da Bahia.

 

Cumpra-se: 8-7-1619

 

FILHOS

Manoel de Moraes, 28 anos

Francisco Velho, 20 anos

Gregório, 17 anos

Maria Velho casada com Francisco de Paiva

Uma filha bastarda mameluca por nome Vitória

 

Segue a avaliação da fazenda, sendo que os conhecimentos e papéis ficaram na mão de Gonçalo Madeira.

 

Avaliaram o sítio “por nome Mohoca”.

 

13-7-1619 – Apareceu João Pedroso pedindo que se não fizesse partilhas porque haviam bens que não entraram no inventário de sua mãe Ana de Moraes

 

3-8-1619 – Antonio Pedroso requer que seja juntado recibo de que já tinha pagado a Francisco Velho o que lhe devia, o que João Pedroso confirma. Francisco Velho de Moraes e Domingos Cordeiro dizem não saber se estava pago ou não.

 

17-8-1619 – Domingos Cordeiro requer que Francisco Velho de Moraes entregue a chave da casa da vila. Maria Luiz também pede que se lhe de uma cama em que dormia por “ser mulher doenta e costumada a dormir .......cama passa detrimento de sua saúde por não ter uma cama em que dormir”.

 

2-11-1619 – Francisco Velho de Moraes, Gonçalo Madeira como curador dos órfãos e Gaspar Gomes como procurador da viúva Maria Luiz requerem que se façam as partilhas. Francisco Velho de Moraes diz que está “apelando demanda” contra Maria Luiz, pelo que pede ao juiz que não se lhe dê nada sem boa fiança.

 

O mesmo disse João Pedroso, acrescentando que tinha apelado na Bahia.

 

7-12-1619 – Maria Luiz é notificada em casa de Francisco Paiva para arrolar mais bens que tivesse do defunto e ela responde que tem só duas caixinhas que estão em casa de seu genro Francisco (...) que as fossem avaliar, e umas terras que não sabia bem quais fossem, meia légua em Garaguá e no mar.

 

28-12-1620 (por ser passado o natal) - Foram chamados às partilhas Francisco de Paiva, Maria Luiz e Domingos de Abreu e João Pedroso. Francisco de Paiva disse que não queria herdar mais que na terça que o sogro deixara aos herdeiros.

 

MONTE MOR: 224$370

Do qual se tirou a legítima dos 3 filhos de Ana de Moraes e mais a terça que Ana de Moraes deixara ao marido e que por morte deste queria ficasse com seus filhos.

Liquido: 187$470 para partir entre a viúva e os filhos de Francisco Velho.

 

Seguem as partilhas

 

Francisco Velho de Moraes recebe a sua legítima de pai e mãe e também a do irmão Manoel de Moraes, para lhe entregar se sair da ordem (dizem que os padres não podem herdar, seria para o caso de Manoel “sair do mosteiro”. Foi fiado por Antonio Pedroso.

 

João Pedroso e Domingos de Abreu, marido de Maria de Moraes, recebem sua parte na terça da mãe, Ana de Moraes.

 

Seguem as quitações apresentadas pelo testamenteiro Gonçalo Madeira.

 

Entre elas se misturou uma do superior das aldeias de São Miguel, paga por Francisco Borges de esmola que sua mulher Helena Rodrigues deixou a N.S. da Conceição de Guarulhos (março de 1635)

 

Segue o leilão dos bens do órfão, com autorização de Gonçalo Madeira, seu tutor.

 

23-5-1620 – Francisco Velho de Moraes estava a caminho para fora da Capitania.

 

2-1-1621: Francisco Velho de Moraes é feito curador de seus irmãos por estar ausente o curador Gonçalo Madeira.

 

12-6-1622: Gregório José pede sua legítima por estar emancipado.

 

17-8-1621: João Luiz, marido de Vitória Dias, pediu o resto da terça que Francisco Velho deixou para ela.

 

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S.L. 7º, 134, Cap. 3º; Anna de Moraes d'Antas foi 1.º casada com Pantaleão Pedroso; 2ª vez com Francisco Velho

 

ANA DE MORAES

Inventário e Testamento

 

Vol 25, fls 79

Data 1-5-1616

Juiz: Bernardo de Quadros

Avaliadores:

Local: Vila de São Paulo,

Declarante: Francisco Velho

 

Titulo dos Filhos de Ana de Moraes e Francisco Velho

Manoel, de 12 anos (sic)

Francisco, 16 anos

Gregório, 14 anos

Maria, 12 anos

Paulo, 10 anos

 

Filhos de Pantaleão Pedroso, primeiro marido

Maria de Moraes, viúva

João Pedroso

 

TESTAMENTO – 16-4-1616 – feito pelo tabelião Manoel Mourato

 

Encomendou a alma, determinou ser enterrada na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, deixou missas e esmolas pias.

Deixou o marido Francisco Velho por Testamenteiro

Declarou ter sete filhos, dois do “marido passado Pantaleão Pedroso”, Maria de Moraes e João Pedroso.

A João Pedroso pediu que olhasse por seus irmãos.

 

(...) e que (...) de seu irmão Pedro de (...) por nome Damião o deixa livre e forro de hoje em diante com o consentimento de seu marido Francisco Velho e o toma na sua terça.

 

Deixa uma saia roxa nova a uma menina por nome Vitória, filha bastarda de Francisco Velho.

Deixa a terça ao marido, e por morte deste, aos filhos por igual.

Declara que tem três guarulhos que “se viverem desta doença” os deixa forros.

Testemunhas: João Lopes Ledesma, Geraldo Correia, Belchior da Veiga, João Soares, Pascoal de Aragão. Assinou pela testadora Francisco Velho.

 

Seguem as avaliações, na vila e no sítio de Suapoqua

 

Monte Mor: 154$290

 

João Pedroso abre mão de sua legítima em favor da irmã Maria Velho.

Manoel de Moraes disse não querer herdar

4-6-1616 – Francisco Velho pede o acostamento das quitações das obras religiosas.

 

19-2-1617 – Francisco Velho pede para acostar a quitação que lhe deu o genro Francisco de Paiva das legítimas deixadas por Ana de Moraes e João Pedroso.

 

6-7-1619 – João Pedroso pede vistas ao inventário porque quer fazer um requerimento.

Disse que veio a saber que havia um cofre em poder de Francisco Velho de Moraes que estava em casa de Domingos de Abreu que não fora botado em inventário.