PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

S.L. 9º, 56, 1-2; Maria Diniz foi a 1.ª mulher de Francisco de Mendonça, falecido em 1630 em S Paulo, estando 2.ª vez casado com Maria de Góes, f.ª de Domingos de Góes e de Catharina de Mendonça. Teve f.ª única:

2-1 Catharina de Mendonça, que casou em 1629 em S Paulo com Belchior de Godoy. Com geração no V 6.° pág. 3.


Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

 

Domingos de Góes e Catarina de Mendonça, já falecidos em 1651 (inventário de Belchior de Godoi) tiveram, pelo menos, os filhos:

1- Izabel de Góes, casada com Domingos Gonçalves da Maya (S.L. 6º, 455, 1-4)

2- Francisco de Mendonça, casado em primeiras núpcias com Maria Diniz falecida em 1616 (SAESP vol. 4º, neste site). (S.L. 9º, 56, 1-2). Casou em segundas com Maria de Góes filha de Domingos de Góes e Joana Nunes, esta falecida em 1625 (SAESP neste volume).

 

Teve das primeiras núpcias a filha única:

2-1 Catharina de Mendonça de Siqueira, nascida por 1615, casada com Belchior de Godoi falecido em 1649 (SAESP vol. 39º, neste site) (SL. 6º, 3, Cap. 1º). Catarina vivia em 1654 (inventário de Antonio Pedroso de Lima  SAESP vol. 41º, neste site) quando requer a tutoria da neta Maria.

 

Francisco teve, das segundas núpcias, oito filhos, nascidos por:

2-2 Domingos de Góes e Mendonça, 1622 (S.L. 5º, 127, 2-11)

2-3 João, 1623

2-4 Margarida de Mendonça, nascida por 1624 casou com Amador Bueno (SL. 1º, 419, 1-2)

2-5 Gaspar, 1625

2-6 Izabel de Mendonça, nascida por 1626 em 1644 já estava casada com Manuel da Cunha Gago, falecido em 1677 (SAESP vol. 19º, neste site) (SL. 5º, 59, 2.5)

2-7 Manoel, 1627

2-8 Catarina de Mendonça, nascida por 1629 em 1647 já estava casada com Salvador da Cunha Gago (S.L. 5º, 95; 2-8)

2-9 Matias de Mendonça, 1631

 

FRANCISCO DE MENDONÇA

Inventário e Testamento

(maço C – inutilizados)

 

Vol 32, fls 35

Data: 18-?-1630

Avaliadores: “dois homens de sã consiência”

Local: Vila de Santa Ana das Cruzes

Declarante: Domingos de Góes

 

TESTAMENTO

 

1630, vila de São Paulo, estando o testador doente.

Em nome de Deus Amen

Primeiramente (encomendou a alma)

Declaro que sou casado com Maria de Góes, minha legítima mulher, da qual tenho oito filhos que são herdeiros na minha fazenda que são a saber: os machos um por nome Domingos, outro Gaspar, Manoel, Matias e Joana, Margarida, Izabel e Caterina, todos da dita minha mulher.

Declaro que fui casado primeira vez com Maria Dinis filha de (...) Dias defunto e de sua mulher Clara Diniz que Deus tem, tive uma filha por nome Caterina a qual está casada com Belchior de Godoy a qual é minha legítima herdeira  e da legítima que lhe coube por morte de sua mãe lhe tenho satisfeito ...digo não tenho lhe dado tudo....

Deixou esmolas pias e pedidos de missas, pediu que fosse sepultado na igreja do Carmo.

Deixou o remanescente da terça à mãe, Catarina de Mendonça com a condição que por morte a mãe deixaria a terça aos netos.

Deixou por testamenteiros a mãe e o sogro Domingos de Góes.

E rogou ao padre Francisco Jorge fizesse e assinasse o testamento.

Testemunhas: Aleixo Jorge, Jorge de Souza, Francisco Nunes, João Baruel, Manoel Nunes, Tomé de Siqueira.

 

30-12-1631: Declaração de Maria de Góes (fls 60). Filhos:

1. Domingos, 9 anos

2. João, 8 anos

3. Margarida, 7

4. Gaspar, 5 para 6

5. Izabel, 4 para 5

6. Manoel, 4

7. Catarina, 2 para 3

8. Matias, 6 meses

 

 

Seguem as avaliações

 

E porque visto “a distância do caminho ser de doze léguas” pediu-se o traslado para a vila de São Paulo.

 

Seguem mais avaliações e as partilhas.

 

Curador dos órfãos: a viúva Maria de Góes, por ser mulher nobre, afiançada por seu pai Domingos de Góes.

 

E apareceu Belchior de Godoy pedindo ao juiz que seu sogro fosse requerido a dar o resto do dote prometido.

 

Seguem três páginas rotas e linhas inutilizadas.

 

Quitação que dá Aleixo Jorge de dívida que o defunto lhe devia e também a seu irmão Jorge de Souza.

 

Quitação que dá João Missel Gigante – 4-2-1633

 

2-12-1633: Quitação que dá Belchior de Godoy

 

4-11-1644:  Estou pago e satisfeito da legítima de minha mulher que lhe ficou de seu pai Francisco de Mendonça - Manoel da Cunha Gago (ha outro termo de quitação do mesmo Manoel da Cunha Gago datado de 2-10-1644)

 

8-8-1640: Domingos de Góes e Mendonça pede sua legítima por ser homem capaz de governar a sua casa.

 

20-11-1646: Conta que dá Domingos de Góes como curador no inventário de Francisco de Mendonça e como procurador de sua filha Maria de Góes

Disse que Margarida de Mendonça estava já casada com Amador Bueno e Izabel de Mendonça com Manoel da Cunha Gago.

Que outros órfãos receberam sua legítima por mandato de Francisco Rendon de Quebedo.

Caterina de Mendonça estava em poder de sua mãe.

Mateus sabe ler e escrever.

Manoel não sabe nada “por ser mentecauto” (sic)

 

Pediu Domingos de Góes que fosse dispensado da curadoria que exercia em nome de sua filha ha anos, por ser homem velho e oferecia a dita curadoria a Amador Bueno o moço, genro de sua filha.

 

Seguem termos e quitações de dinheiro a ganhos.

 

26-12-1649: Domingos de Góes e Mendonça, procurador de sua mãe Maria de Góes, pediu dinheiro do cofre dos órfãos para pagar as legítimas de Manoel e Matias de Mendonça.

 

22-12-1647: Certidão que dá o juiz Dom Simão de Toledo a pedido de Catarina de Mendonça “casada por minha autoridade com Salvador da Cunha Gago”, dizendo estar inteirada de sua legítima.

Salvador da Cunha dá quitação a Amador Bueno o moço, curador de sua mulher.

 

9-12-1649: Matias de Mendonça assina quitação de sua legítima. (nota: antes já havia recebido partes dela, por alegar não ter o que vestir).