PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

S.L. 6º, 250, § 2º, 1-2 Estevão Furquim, f.º de Claudio Furquim e 2.ª mulher Maria Pedroso, casou em 1641 em S. Paulo com Maria da Luz f.ª de Bernardo da Motta, natural da Bahia, e de Maria da Victoria; faleceu em 1660 e teve 8 f.ºs:

Luiz Furquim

Maria Furquim

Luzia Furquim

CIaudio Furquim da Luz

Estevão Furquim Francez

Ana Maria Furquim

Bernardo Furquim

Antonio Furquim da Luz

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

Estevão e Maria da Luz tiveram os filhos, nascidos:

1- Luiz Furquim, por 1647

2- Maria Furquim, por 1649

3- Luzia Furquim, por 1651, em 1671 estava casada com João Luiz Velho

4- Claudio Furquim, por 1652

5- Estevão, por 1653

6- Ana Maria, por 1654

7- Antonio Furquim, por 1654

8- Bernardo Furquim, por 1656

 

Entre os têrmos de dinheiro “a ganhos”, afora as relações de parentesco que estão na GP, note-se:

 

1. SL 7º, 324, Cap 3º - Ana de Rodrigues de Arzam casada com Belchior de Borba Gato. O casal teve mais o filho Gaspar de Borba. Não consta da GP.

 

2. Aos 26-12-1675 - José Antunes pede dinheiro a ganhos fiado por seu cunhado Gaspar João Barreto.

Eram concunhados e não cunhados (SL. 7º, 150, 3-2 e 3-4).

 

3. Segundo está na GP, Felipe Ferreira foi casado com Francisca Cardoso.(SL 5º, 373/4, 3-3).

Neste inventário aos 12-4-1667 apareceu Felipe Ferreira, para quitar dívida do sogro Braz Cardoso.

Esta Francisca não consta do rol dos filhos de Braz Cardoso e Antonia de Chaves.

 

4. Aos 3-6-1671, João de Figueiró de Azeredo pega dinheiro a juros, fiado por Mateus Furtado.

Notar o “Azeredo” anexado a João de Figueiró, cuja filiação e naturalidade se desconhece.

 

ESTEVÃO FURQUIM

Inventário e Testamento

 

Vol 16, 197

Data:

Juiz: Toledo

Avaliadores: Domingos Machado e Pantaleão de Souza

 

TESTAMENTO – 20-4-1660

 

Em nome da Santíssima Trindade .....

(Abertura de praxe, declarando que estava doente “de uns achaques”)

Primeiramente (encomenda a alma, pede para ser sepultado no Convento de São Francisco, no habito da mesma religião, com acompanhamentos e cruzes que determina. Pede missas. (Na verdade não pede nada, ordena tudo).

Declaro que sou casado com Maria da Luz da qual tenho oito filhos cinco machos e três fêmeas // Luiz// Estevão// Bernardo// Antonio// e Cláudio e as fêmeas Maria, Luzia, Ana Maria os quais são meus filhos legítimos e meus legítimos herdeiros em meus bens que por minha morte se acharem.

Pede que sejam seus testamenteiros sua mulher e seu irmão José Ortiz de Camargo, que também ordena sejam curadores de seus filhos.

Ordena e constitui as filhas como herdeiras do remanescente da terça.

Pediu a Gonçalo Mendes Peres que fizesse e assinasse com ele.

 

APROVAÇÃO:1660

Testemunhas: Luiz Rodrigues Duarte, Francisco Correa, Antonio Cardoso, Manoel Peres, Antonio de Azevedo, Manoel Vieira Barros, André de Barros de Miranda.

 

CUMPRA-SE: 21-5-1660 – Albernás

CUMPRA-SE: 21-5-1660 – Moraes

 

CODICILHO - 22-4-1660

Declaro que sou curador de meus cunhados filhos que foram de Bernardo da Motta que Deus tem das quais ditas minhas cunhadas casei duas, uma com Pedro Colasso Delgado e outra com Baltazar da Costa seu irmão as quais estão entregues de suas legítimas.....

Declaro que minha cunhada Ana Antunes (....) de Baltazar da Costa lhe coube um lanço de casas ..... entreguei a seu marido.... não tenho clareza nem quitação de Pedro Colasso Delgado da legítima que lhe entreguei de sua mulher Catarina Antunes ....

Declaro que meu cunhado José da Vitória se emancipou e está entregue do que lhe coube de sua legítima.

Declaro que dois menores que estavam em minha casa a saber Roque de Vitória e Manoel de Vitória (...) seu irmão Gervásio de Vitória para sua casa (...) assim o dito Gervásio dará conta dos ditos órfãos e de suas peças que o mais que lhes coube meus testamenteiros darão conta.

Declaro que sou curador de minha tia Ana Rodrigues (e se reporta ao dinheiro que esta tinha no juízo dos órfãos)....

Gonçalo Mendes Peres – Estevão Forquim

 

CUMPRA-SE: 21-5-1660 – Albernás

 

FILHOS

1. Luiz, 13 anos

2. Estevão, 7 anos

3. Bernardo, 4 anos

4. Antonio, 6 anos

5. Claudio, 8 anos

6. Maria, 11 anos

7. Ana Maria, 6 anos

8. Luzia, 9 anos

 

Seguem as avaliações

 

BENS DE RAIZ

Casa de dois lanços coberta de telha entre as casas de Domingos Rodrigues de Mesquita e Bartolomeu Esteves

Sitio no Geraguá

 

DIVIDAS

Ao órfão Roque, filho de Bernardo da Mota, de sua legítima

Idem ao órfão Manoel, também filho de Bernardo da Mota

À mentecapta Ana Rodrigues, filha de Maria Lucas

 

GENTE FORRA: 49

 

Procurador à viúva: Paulo da Fonseca

Procurador dos órfãos: José Ortiz de Camargo, tio dos ditos

 

MONTE MOR 376$210

 

Seguem as partilhas entre a viúva e os órfãos, retirada a terça

 

Conclusão da testamentária por José de Camargo Ortiz: 1-1662

 

22-7-1660 –José da Vitória como tutor e curador de seus irmãos órfãos, pede algum dinheiro deles que estavam em mãos de José Ortiz de Camargo.

 

2-7-1662 – Prestação de contas que faz o curador José de Camargo Ortiz

Disse que Luiz já sabia ler e escrever antes da morte de seu pai. A Estevão ele tinha ensinado a ler e escrever e estava aprendendo gramática. Os três pequenos não tinham idade para irem à escola. A fêmea mais velha morava com ele, José Ortiz, e as mais com a mãe.

 

Seguem termos de dinheiro a ganhos e as quitações ou renovação do empréstimo. Entre eles, Jerônimo Bueno quita por seu cunhado Lourenço de Siqueira.

 

26-12-1667 – Apareceu João Pires Rodrigues como testamenteiro do defunto seu irmão Antonio Pires para quitar as dívidas do dito falecido.

26-12-1667 - Apareceu Domingos Gonçalves e pegou o dinheiro a juros, dando por fiadora sua avó Lucrécia Moreira.

12-4-1667 – Apareceu Felipe Ferreira para quitar dívida do sogro Braz Cardoso.

 

7-8-1669 – José Ortiz de Camargo disse que um negro dos órfãos estava fugido em Taubaté em casa de Ana Rodrigues de Moraes, a 7/8 anos pelo que pedia paga pelos serviços do negro. Adiante está que seria Inês e não Ana Rodrigues de Moraes.

 

26-12-1671 – João da Cunha Lobo quita a dívida de seu pai Henrique da Cunha. José de Camargo dá a quantia a João Luiz Velho, por lhe caber da folha do quinhão de Luzia Forquim com quem se casara.

 

3-6-1671 – João de Figueiró de Azeredo pega dinheiro a juros, fiado por Mateus Furtado.

 

16-10-1671 – Manoel Vieira de Barros quita dívida de seu pai Domingos Machado.

 

(Nesse período era tabelião Jeronimo Machado da Silva)

 

17-3-1672 – Contas que dá o curador José Ortiz de Camargo

Que Luiz já fora duas vezes ao sertão “buscar seu remédio e para suas irmãs”. Que casara uma órfã com João Velho. Os demais filhos estavam com a mãe.

 

26-8-1672 – Izabel Pires, viúva de Domingos Jorge Velho pega dinheiro a juros por seu procurador Domingos Gomes Pereira.

 

26-12-1673 – Luiz Forquim recebe sua legítima.

 

26-12-1673 – Martim Carrasco pega dinheiro a ganhos e é fiado por Martim Garcia.

27-3-1673 – Idem Paulo Marques, dando por fiança casas que tinha partindo com seu sogro João Rodrigues de Oliveira.

20-1-1673 – Manoel Vieira Barros, como testamenteiro do sogro Domingos Machado.

8-8-1674 – Dinheiro a ganhos a Belchior de Borba e a Gaspar de Borba, que dão como fiança umas casas no Bairro de Santo Amaro. Essa dívida é quitada por Jorge Rodrigues Velho, fiador e cunhado dos dois Borba.

26-12-1675 – José Antunes pede dinheiro a ganhos fiado por seu cunhado Gaspar João Barreto.

26-12-1675- Idem, Francisco Diniz Bicudo, dando por fiança casas vizinhas as de sua sogra Catarina de Mendonça.

15-8-1676 – Idem Mariana Maciel, mulher de Domingos de Góis Pereira.

2-10-1677 – Antonio Rodrigues Góis renova a fiança por sua mãe Ines de Gois.

18-4-1677 – João da Neves quita por seu irmão Manoel das Neves.

 

8-1-1679 – Estevão Forquim dá quitação a Jorge Lopes Ribeiro de dinheiro que tinha saído de sua legítima. Por esta época, Jorge era escrivão dos órfãos.

 

21-1-1683 – Salvador de Oliveira toma dinheiro para sua mãe Antonia Paes, dona viúva.

18-5-1682 – Manoel Vicente pega dinheiro e dá por fiador seu sogro Belchior da Cunha.

 

26-2-1684 – José Ortiz de Camargo requer para sua cunhada Maria da Luz o dinheiro de Bernardo Forquim que morrera um ano antes no sertão da Bahia.

Ha pouco tempo Antonio e Claudio Forquim tinham se emancipado e retirado suas legítimas.

Ficava apenas a órfã Maria Forquim com o resto do dinheiro, porque só ela faltava se emancipar.

 

18-8-1684 – José de Camargo recebe a dívida de José Vieira, paga pelo filho deste, Pedro Jacome Vieira. O dinheiro era de Maria Forquim, que estava casada com Simeão Alvares.

 

Seguem outras quitações similares de arrecadação do dinheiro de Maria Forquim