PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

Nota: Inventário de Clemente Aleixo (Alvares) em São Paulo em 1641, SAESP vol. 28, neste site.

 

SL. 4º, 429, nota rodapé

(*) Clemente Álvares não deixou f.ºs da 3.ª mulher, porém teve da 1.ª (Maria Gonçalves) os 3 seguintes (C. O. de S. Paulo):

1-1 Catharina Gonçalves, falecida em 1637, que foi 1.º casada com Bento de Oliveira e 2.ª vez com Gonçalo Gil

1-2 Maria Gonçalves casou em 1623 com Lourenço Nunes e deixou geração.

1-3 Capitão Álvaro Rodrigues do Prado, que em 1641 já era casado com Maria Rodrigues Góes, † em 1670; esteve no sertão antes da morte de seu pai. Teve (C. O. de S. Paulo) 7 f.ºs.

 

SL. 4º, 429, Cap. 1º Maria Tenório foi casada com Clemente Álvares, que gastou 14 anos no exame de minas de ouro, prata e outros metais que conseguiu descobrir, viúvo de Maria Gonçalves, falecida em 1599 em S. Paulo com testamento, em que declarou ser f.ª de Balthazar Gonçalves. Clemente faleceu em 1641 estando 3.ª vez casado com Anna de Freitas, irmã de Manoel de Freitas, morador em Mogi das Cruzes (*). Teve, pelo inventário de Clemente (C. O. de S. Paulo), os seguintes f.ºs:

1-1 Capitão Amaro Álvares Tenório

1-2 João Tenório

1-3 Antonio Álvares Tenório

1-4 Clemente Álvares Tenório

1-5 Maria Tenório

1-6 Anna Tenório

1-7 Bento Rodrigues Tenório

1-8 Anna do Prado

 

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette e Regina Junqueira)

 

Clemente Álvares casou em primeiras núpcias com Maria Gonçalves, falecida em 1599 (SAESP vol. 1º, neste site) e teve os filhos descritos por Silva Leme. Casou em Terceiras com Ana de Freitas, sua inventariante, sem geração desta. Casou em segundas com Maria Tenória, falecida em 1620 (SAESP vol. 44º, neste site) de quem teve 8 filhos.

1. João Tenório, nascido por 1602

2. Martinho, nascido por 1603

3. Amaro, nascido por 1605

4. Ana Tenória, nascida por 1609

5. Bento, nascido por 1611, já falecido em 1641, deixando uma filha órfã a qual se casou entre 1651 e 1653 na Ilha Grande com João Pereira Machado.

6. Antonio, nascido por 1614

7. Clemente, nascido por 1616

8. Maria, com 8 a 9 meses em 1920

 

-O filho Martinho não consta no inventário paterno, talvez falecido sem herdeiros.

-Maria Tenória teve apenas duas filhas fêmeas, Ana e Maria Tenória, que comparecem no rol dos herdeiros de Clemente Álvares.

- Maria Tenória, a filha, teria 20/21 anos em 1641. Silva Leme supõe que então estava casada com Gaspar Monteiro de Arrulya, que em 28-6-1641 abre mão da herança que cabia a sua mulher, no inventário do sogro Clemente Álvares.

- Clemente Álvares teve Ana do Prado, tutelada de seu irmão Amaro, solteira e menor em 1641, havida possivelmente depois da morte de Maria Tenória e antes do terceiro casamento com Ana de Freitas. Isso porque o tratamento que recebeu no inventário paterno é de filha natural e não bastarda. Em 1643 já estava casada com Pedro Ribeiro, o moço, filho de outro, morador em São Paulo, o que indica ter ela nascido antes de 1630.

- Clemente Álvares teve mais a filha Bárbara Alves, já casada em 1641, a quem Clemente dera um vestido.

 

CLEMENTE ALVARES

Inventário

 

Vol 14, fls 93

Data: 27-6-1641

“...na Capitania de São Vicente partes do Brasil nesta fazenda do defunto Clemente Alvares o dito juiz mandou a mim tabelião autuasse o testamento do defunto Clemente Alvares que Deus haja em gloria visto ter os cumpra-se da justiça e do Vigario desta villa Balthazar Gonçalves......”

Juiz: Martim da Costa

Partidores: Inocêncio Dias e Domingos Artigas

Local: Fazenda de Clemente Álvares

Declarante: Ana de Freitas, viúva

 

HERDEIROS

1. Álvaro Rodrigues do Prado

2. Amaro Álvares

3. Antonio Álvares Tenório

4. Clemente Álvares Tenório

5. Ana Tenório

6. Catarina Gonçalves

7. Maria Gonçalves

8. Maria Tenório

9. João Tenório

10. Ana do Prado

 

Procurador da viúva: Manoel de Freitas, morador em Bogimiri

 

Seguem 9 páginas de  avaliações dos muitos bens.

 

GENTIO FORRO: 80 (mais tarde chegam mais alguns que estavam no sertão e trazem gente nova).

 

3-8-1641 – o Juiz dos órfãos Martim do Prado “mandou a aprazimento dos herdeiros do dito defunto botar de fora uma saia de pano apassamanado que o dito defunto tinha dado a sua filha Barbara Alves quando se casou ...” e os herdeiros “todos juntos disseram que haviam por bem se desse a dita saia a dita Barbara Alves”...

 

Botaram uma carta de terras que Belchior Rodrigues vendera a Clemente Álvares.

Outra carta de terras em Ibituruna

Chãos em Parnaíba

Terras em Birasoyaba

Terras em Jatahahi

 

MONTE MOR 259$265

 

Seguem partilhas e recebem seu quinhão:

 

Antonio Álvares Tenório

Órfã filha de Bento Rodrigues Tenório, tutelada de Álvaro Rodrigues

Órfão Clemente Álvares, tutelado de Antonio Álvares Tenório, seu irmão

(estes recebem antes o que tinham a receber de Maria Tenória)

 

Ana de Freitas, a viúva

Álvaro Rodrigues

Herdeiros de João Tenório, tutelados de Pero Fernandes, genro do defunto

Pero Fernandes

Amaro Álvares

Antonio Álvares (depois ficou por curador do irmão Clemente Álvares)

Órfão Clemente Álvares, recebida pelo curador Álvaro Rodrigues

Bento Rodrigues Tenório, recebe a órfã sua filha pelo curador Álvaro Rodrigues

Ana do Prado, recebeu seu curador abaixo

 

7-8-1641 – termo de Curadoria a Amaro Álvares Tenório da órfã Ana do Prado, sua irmã, fiado por seu irmão Álvaro Rodrigues.

 

Seguem as partilhas das peças.

 

Bento Rodrigues tinha levado 19 peças de Clemente Álvares para a Ilha Grande.

 

Segue leilão dos bens dos órfãos menores (herdeiros de João Tenório, de Bento Rodrigues, Clemente Álvares e Ana do Prado).

 

Fls 161- logos após as partilhas da gente nova e contas feitas por João Mendes Geraldo em 6-12-1642

“Com a declaração de que o dito menino órfão Manoel Gonçalves o dito juiz lhe deu por procurador Vicente Alves Bicudo a quem o dito juiz deu juramento ........ e o dito procurador disse que o menino fôra fugido com os negros para o sertão por ir em companhia de sua mãe e que achava em sua consciência que nos dois rapazes que lhe davam faziam esmola a aprazimento das partes de que fiz este têrmo de declaração em que assinaram eu Ascenso Luiz Grou escrivão dos órfãos escreví. Vicente Anes Bicudo.

Seguem pagamento de dívidas da fazenda dos órfãos.

 

Termo de curadoria: 10-2-1643, Santana do Parnaíba

Foi feito curador dativo a Martim da Costa, “constrangendo-o que servisse de curador dos bens dos ditos órfãos por não haver nesta vila e seu têrmo parente nenhum que o possa ser”.

Pero Fernandes morava em São Paulo, muito distante.

Esses órfãos eram:

Pascoal e Francisco, filhos de João Tenório que estavam em casa de Pero Fernandes

Ana do Prado, em casa de Amaro Álvares

Filho de Bento Rodrigues que estava na Ilha Grande, curado por Álvaro Rodrigues

 

30-4-1643 – Entrega do dinheiro a Clemente Álvares, de sua legítima.

 

23-8-1643 – Entrega da legítima a Pedro Ribeiro, da legítima de sua mulher Ana do Prado.

 

Seguem pagamentos dos devedores aos órfãos de Bento Rodrigues, convocados pelo juiz por cartel. Entre eles Bernardo Bicudo que devia à órfã filha de Bento Rodrigues, curada de Martim da Costa.

 

Fl 177 – Digo eu Pedro Ribeiro o velho como procurador de meu filho Pedro Ribeiro como é verdade (que recebeu algumas dividas que cabiam a Ana do Prado que herdara de Clemente Álvares).

 

Seguem recibos e quitações dos serviços fúnebres, missas e dívidas, entre elas quitação que dá Clemente Álvares o moço, do que herdou de seu pai Clemente Álvares.

 

28-7-1641 – Gaspar Monteiro de Arrutya desiste da herança que lhe caberia no inventário de seu sogro Clemente Álvares.

 

1648/1652 - O dinheiro da órfã filha de Bento Rodrigues continua sendo dado a juros a diversas pessoas e Martim da Costa ainda era seu curador.

 

26-12-1652 – Roque Dias Pereira quita o empréstimo de seu cunhado Sebastião Alves

 

8-3-1653 – João Pereira Machado apresenta certidão do vigário de Ilha Grande certificando que ele era casado com a filha de Bento Rodrigues, e recebe a legitima de sua mulher.