PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

S.L. 4º, 313, Cap. 2º; Catharina de Figueiredo d'Horta, f.ª de Nuno Alves d'Horta, foi 1.° casada com Paschoal Ribeiro e 2.ª vez com Raphael de Oliveira (o velho), falecido em 1648, f.° de Maria Gonçalves, viúvo de Paula Fernandes. Faleceu Catharina de Figueiredo d'Horta em 1621 em S. Paulo (C. O. de S. Paulo) e teve:

Do 1.° marido a f.ª única:

1-1 Maria Ribeiro § 1.º

Do 2.º marido:

1-2 Alberto de Oliveira § 2.°

1-3 José de Oliveira d'Horta § 3.°

1-4 Catharina d'Horta § 4.º

1-5 Salvador de Oliveira d'Horta § 5.°

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)

Foi Catharina inventariada em 1626 e teve do primeiro marido a filha:

- Maria Ribeiro, já casada em 1626 com Raphael de Oliveira (o moço) filho do 2º marido de Catharina.

 

do segundo marido os filhos nascidos por:

- Alberto, 1617

- Jose, 1619

- Catharina, 1622

- Salvador, 1626

 

CATHARINA DORTA

Inventário

 

Vol 3, fls 271 a 360

Juiz: João de Brito Cassão

Escrivão: Pero Leme o moço.

Avaliadores: Gonçalo Madeira e Álvaro Neto o velho

Local: Vila de São Paulo, no sitio e fazenda de Raphael de Oliveira o velho, adonde chamam Oquitauna

Inventário: 21-4-1626

Declarante: Raphael de Oliveira, o viúvo

 

Faleceu ab intestada.

 

filhos que ficaram da defunta Catharina Dorta:

- Maria Ribeira mulher de Raphael de Oliveira o moço, filha da defunta de outro marido.

- Alberto de idade de nove anos pouco mais ou menos.

- José de idade de sete anos pouco mais ou menos.

- Catharina de idade de quatro anos pouco mais ou menos.

- Salvador de idade de dois meses pouco mais ou menos.

 

Avaliações.

Dividas que o viúvo disse que devia.

partilhas feitas neste inventário.

cabe a ametade ao viúvo:  16$665 réis.

ficam líquidos para partir com os 5 órfãos herdeiros  11$120 réis.

 

 

Título das escrituras:

- uma carta de data de terras de meia légua nas cabeceiras dos herdeiros de Marcos Fernandes a qual terra foi dada por Roque Barreto.

- outra carta de data de terras nas proprias cabeceiras dada pelo capitão mor e ouvidor Álvaro Luiz do Valle.

 

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SL 4, 314: 1-1 Maria Ribeiro casou-se com o capitão Raphael de Oliveira (o moço) f.º de outro de igual nome (o velho) e de sua 1.ª mulher Paula Fernandes. Foi este capitão Raphael de Oliveira (o moço) irmão inteiro de Pedro de Oliveira que casou com Francisca Cordeiro, em Tit. Cordeiros Paivas com geração, irmão de Estevão de Oliveira, de Manoel de Oliveira e de Margarida, falecidos solteiros; irmão também de Anna Oliveira que casou com Gaspar Maciel Aranha.

 

Subsídios à Genealogia Paulistana

Paula Fernandes, falecida em 1614 com testamento, onde declara 6 filhos vivos e uma falecida. Foi a primeira mulher de Raphael de Oliveira, o velho, e tiveram, idades em 1614:

1- Pedro de Oliveira, por 1596 e falecido em 1643 (SAESP vol. 14 neste site)

2- Raphael de Oliveira, por 1602

3- Margarida, por 1605 já falecida em 1648

4- Estevão Fernandes, por 1609, já falecido em 1648.

5- Ana de Oliveira, por 1612

6- Manuel, em 1614 e já falecido em 1648

 

PAULA FERNANDES

Inventário e Testamento

 

Vol 3, fls 285 a 305

Juiz: João de Brito Cassão

Escrivão: Pero Leme o moço.

Avaliadores: Antonio Lopes e Ascenso Luiz

Local: Vila de São Paulo, no sitio e fazenda de Raphael de Oliveira, adonde chamam Oquitauna

Inventário: derradeiro dia de setembro de 1614.

Declarante: Maria Gonçalves, dona viúva porquanto ela é mãe do dito Raphael de Oliveira e assiste em sua casa por o dito Raphael de Oliveira não estar presente e ser ido ao sertão, e por não saber assinar rogou ap escrivão que assinasse por ela.

E sem embargo do dito juramento o dito juiz mandou um menino por nome Raphael filho do dito Raphael de Oliveira declarasse o mesmo o qual não houve juramento por não ser de idade para isso.

Testamento: 17-9-1614

 

fls. 286 - TESTAMENTO

 

Aos 17-9-1614 nesta vila de são Paulo estando eu Paula Fernandes enferma achei que era necessário fazer este testamento.

(encomendações pias).

Declaro que sou casada com Raphael de Oliveira e tenho dele seis filhos a saber duas fêmeas e quatro machos os quais são meus herdeiros de minha fazenda.

(pedido de missas).

Mando que meu corpo se lhe dê sepultura na igreja matriz onde está uma menina minha filha enterrada.

Declaro que deixo meu marido por meu testamenteiro e lhe deixo o remanescente de minha terça.

Mando mais que a uma sobrinha que tenho em casa se lhe dê um vestido de pano acabado com seu manto.

E roguei ao padre João Alvres que o fizesse e se assinasse por si e por mim por ser mulher e não saber escrever com as mais testemunhas que abaixo estão assinadas, hoje 17 dias do mês de setembro de mil seiscentos e quatorze anos. Assino pela testadora Paula Fernandes e por mim Padre João Alvres - Belchior Ordes de Leão - Balthazar Rodrigues Fr.º - Domingos Gonçalves - Sebastião de Freitas - Jeronymo de Sousa - Antonio Mendes de Vasconcellos.

 

Filhos e filhas que ficaram da defunta:

- Pedro, de idade pouco mais ou menos de dezoito anos.

- Raphael de idade de doze anos.

- Estevão de idade de cinco anos.

- Manuel de idade de sete ou oito meses.

- Margarida de idade de nove anos.

- Ana de idade de dois anos.

 

Seguem-se avaliações.]

 

fls. 297: procurador e compadre de Raphael de Oliveira: Mathias Lopes.

 

fls. 298: aos 19-1-1615 dado juramento a Raphael de Oliveira que de presente estava para que declarasse se tinha mais alguma fazenda que botar neste inventário.

 

Recibos e quitações.

 

- Anna Luiz, mulher que foi de Vicente Bicudo se deu por entregue do vestido que a defunta mandou para o dar a sua sobrinha pela ter em sua casa. 20-2-1615.

 

fls. 301 digo eu Raphael de Oliveira o moço que estou pago e satisfeito da legitima que me coube da parte de minha mãe Paula Fernandes, hoje 22-4-1626.

 

Digo eu Pedro de Oliveira que estou pago e satisfeito da legitima que me coube da parte de minha mãe Paula Fernandes, hoje 22-4-1626.

 

 

fls. 302: falta satisfação do vestido que a defunta Paula Fernandes deixa a sua sobrinha, satisfaça Raphael de Oliveira seu testamenteiro. São Paulo 13-1-1620 - o Administrador.

 

Em os 25-1-1620 eu escrivão notifiquei o despacho atras do provimento ao testamenteiro Raphael de Oliveira, e por ele foi dito que ele tinha cumprido com o testamento e que não tinha quitação por a pessoa a quem se deu o vestido ser ido desta vila e estar mal com ela e lhe não deu quitação que aqui estavam pessoas que sabiam disso muito bem o que visto pelo dito senhor mandou que fizesse ele certo por duas testemunhas o que dizia de que fiz este termo Constantino Rebello escrivão que o escrevi em os tres dias de fevereiro do ano declarado trouxe o testamenteiro as testemunhas a saber: João Rodrigues de Moura e Bastião Fernandes.

a João Rodrigues de Moura  lhe perguntei se sabia que o testamenteiro Raphael de Oliveira tinha dado a sua sobrinha da dita defunta Maria Losquim e por ele foi dito que ele vira dar á sobrinha da dita defunta e que se fôra daqui mal com ele e com seu marido e sendo dado o mesmo juramento a Bastião Fernandes Camacho disse que ele sabia que tinha dado o dito testamenteiro á dita sobrinha da dita defunta pelo ver dar.

 

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RAPHAEL DE OLIVEIRA (o velho)

Inventário e Testamento

 

Vol 3, fls 305 a 360

Juiz: Dom Simão de Toledo

Escrivão: Pero Leme o moço.

Avaliadores: Manuel da Cunha e Domingos Machado

Local: Vila de São Paulo, nas pousadas que ficaram do defunto  Raphael de Oliveira o velho

Inventário: 5-7-1648

Testamento: 26-1-1648

Declarante: Raphael de Oliveira o moço e a José de Oliveira ambos filhos do dito defunto que ficaram em posse e cabeça do casal.

 

Título dos filhos do primeiro matrimonio:

- Pedro de Oliveira, já defunto, casado com Francisca Cordeira de que lhe ficaram seis filhos.

- Raphael de Oliveira o moço casado.

- Anna de Oliveira casada com Gaspar Maciel Aranha.

 

Do segundo matrimonio:

- Alberto de Oliveira, casado.

- Jose de Oliveira, casado.

- Catharina Dorta casada com Ignacio Preto.

- Salvador de Oliveira de idade que passa de 24 anos.

 

fls. 307 - TESTAMENTO.

 

(...)

Aos 26-1-1648 nesta vila de São Paulo, eu Raphael de Oliveira o velho em casas de minha morada doente em uma cama (...) dispor de minhas cousas como o faço da maneira seguinte.

(encomendações pias).

Meu corpo sera amortalhado no hábito do Patriarca e Seraphico Padre São Francisco e enterrado na sua igreja do Convento desta vila.

(pedidos de missas)

Declaro que fui casado com Paula Fernandes e deste matrimonio tive Pedro de Oliveira que se diz ter falecido e Estevão Fernandes e os que são vivos é Raphael de Oliveira o moço e Anna de Oliveira mulher de Gaspar Maciel Aranha os mais que deste matrimonio houve todos são falecidos da vida presente.

Declaro que a meu filho Raphael de Oliveira lhe devo a legitima de sua mãe que se pagará.

Declaro que ao dito meu filho casei com uma enteada minha filha do segundo matrimonio por nome Maria Ribeiro e lhe dei com ela em dote de minha fazenda o que pude entendendo-se que se lhe cabia alguma cousa da legitima de sua mãe e minha segunda mulher Catharina Dorta que devia ser muito pouco ou nada, que no tal dote entrasse como entrou e esta foi sempre minha tenção pelo que lhe não devo nada da tal legitima.

Declaro que tambem casei minha filha Anna de Oliveira com o dito Gaspar Maciel Aranha e lhe dei o seu dote e nele entrou a legitima de sua mãe como assim o declarei ao dito meu genro.

Declaro que sendo que meu filho Pedro de Oliveira seja falecido lhe devo a seus filhos e meus netos a legitima que por morte de sua avó lhe toca que constará pelo inventário a qual se entregará a seu curador ou a quem o juiz dos órfãos mandar.

Declaro que fui casado segunda vez com a dita Catharina Dorta de cujo matrimonio tive Alberto de Oliveira; Jose de Oliveira. Catharina Dorta e Salvador de Oliveira que todos de um e outro matrimonio são meus legitimos e universais herdeiros.

Declaro que a minha filha Catharina Dorta casei com Ignacio Preto a quem dei seu dote com ela, e nele entrou a legitima que á dita minha filha devia da parte que lhe coube de sua mãe.

Declaro que aos mais irmãos a saber Alberto de Oliveira Jose de Oliveira e Salvador de Oliveira lhe devo a legitima de sua mãe que se separará para lhe ser entregue.

Declaro que deixo a minha terça e o remanescente dela a minha neta Maria filha de Ignacio Preto e de minha filha Catharina Dorta (...) que é para a ajuda de seu casamento.

Deixo por meu testamenteiro a meu filho Alberto de Oliveira (...) e outrossim o deixo por curador dativo de seu irmão Salvador de Oliveira.

E desta maneira houve este testamento por feito e acabado que mandei fazer por Manuel Coelho da Gama .- Raphael de Oliveira.

Aprovação:28-1-1648 presentes por testemunhas Manuel Coelho da Gama e Antonio de Oliveira, e Gaspar Correa, Manuel Alves de Sousa, Belchior de Borba, Mathias Peres e Pedro Vidal com o dito testador assinaram em fé do que fiz este instrumento assinado por mim em publico e raso  de meus sinais costumados eu Custodio Nunes Pinto tabelião do publico e judicial e notas nesta vila de São Paulo: (aa)Custodio Nunes Pinto - Raphael de Oliveira - Gaspar Correa - Pedro Vidal - Manuel Alvres de Sousa - Manuel Coelho - Belchior de Borba - Antonio de Oliveira - Mathias Peres.

Cumpra-se o que nele se contem São Paulo 1 de junho de 1648 - Albernás

Cumpra-se como nele se contem, 3 de junho de 1648 - Luiz da Costa.

 

Codicilo aos 18-6-1648 estando eu Raphael de Oliveira de cama e tendo já feito testamento elegi por meu testamenteiro a meu filho Alberto de Oliveira e por ele estar ausente e não poder acudir a minhas cousas elego e nomeio em seu lugar a meu filho Jose de Oliveira com todos os poderes de testamenteiro (...) e pedi a João de Campos este por mim fizesse e assinasse por eu não poder assinar em os 18-6-1648. Assino pelo testador João de Campos Carvajal.

Aprovação: 18-6-1648 nesta vila de São Paulo fiz este instrumento de aprovação estando por testemunhas Francisco cubas Antonio Pardo Domingos Gonçalves Manuel Alves Domingos Coutinho todos moradores nesta vila  que todos assinaram eu Domingos Machado tabelião do publico judicial e notas que o escrevi e assinei - Domingos Machado - Antonio Pardo - de Domingos + Gonçalves - Francisco Cubas - Manuel Alves - Domingos Coutinho

Cumpra-se o que nele se contem, São Paulo 19 de junho de 1648 - Albernaz.

Cumpra-se como nele se contem, São Paulo 19 de junho de 1648 - Costa.

 

fls. 318 avaliações., dividas que deve esta fazenda.

 

fls. 333- Certifico eu Luiz de Andrade escrivão dos órfãos desta vila de São Paulo  e seu termo citei a:

- Gaspar Maciel Aranha e sua mulher Anna de Oliveira;

- a Raphael de Oliveira o moço e como curador dos filhos de Pedro de Oliveira e;

-a Ignacio Preto e a sua mulher Catharina Dorta e

- a Jose de Oliveira;

e por todos os herdeiros me foi dito queriam herdar tirado Ignacio Preto e sua mulher e Gaspar Maciel e sua mulher que me disseram não queriam herdar mais que nas terras de que passei a presente aos 8-7-1648 anos com declaração que pelo dito Gaspar Maciel me foi dito que não estava inteirado de seu dote e que se lhe desse sobredito o escrevi. Luiz de Andrade.

 

fls. 333- João Gomes de Mendonça procurador a lide dos órfãos filhos de Pedro de Oliveira.

 

Líquido do monte: 304$415

Terça: 101$471

Desta terça se abatem os legados e esmolas 26$760 réis fica liquido para a menina Maria neta do defunto que lhe deixou a quantia de 74$711 réis.

Fica liquido para se partir entre cinco herdeiros 202$942 réis.

- quinhão de Raphael de Oliveira o moço

- quinhão de Alberto de Oliveira

- quinhão de José de Oliveira

- quinhão dos órfãos que ficaram de Pedro de Oliveira o qual foi entregue a seu curador Raphael de Oliveira.

- quinhão do órfão Salvador de Oliveira entregue a seu curador á lide Jose de Oliveira por ser curador deste inventário.

- quinhão que se tirou para a terça que o defunto deixou a sua neta Maria o qual foi entregue a seu pai Ignacio Preto.

 

Quinhões que se tiraram para pagamento das legitimas do primeiro e segundo matrimônio:

- quinhão de Raphael de Oliveira

- quinhão dos órfãos filhos de Pedro de Oliveira do que lhe coube da legitima de sua avó, entregue a seu curador Raphael de Oliveira.

- quinhão que se tira para Alberto de Oliveira da legitima que se lhe devia de sua mãe Catharina Dorta. a qual foi entregue ao licenciado Matheus Nunes como seu procurador.

- quinhão de Salvador de Oliveira da legitima que lhe ficou por morte de sua mãe Catharina Dorta o qual foi entregue a Jose de Oliveira seu curador.

- quinhão que se tira para pagar o remanescente das dividas e custas dos oficiais.

 

Partilhas de gente forra.

 

fls. 353 - uma carta de data de terras dada pelo capitão Roque Barreto de mil e cem braças em Jaraguá feita pelo escrivão Francisco Viegas a qual ficou em poder de José de Oliveira de que fiz este termo que assinou Luiz de Andrade escrivão dos órfãos o escrevi - Josephe de Oliveira.

 

Recibos de missas, acompanhamentos, etc...