PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

SL. 8º, 328, 2-2 N (...), C.c. Bernardo da Motta.

Ad. Geral. Vol. 9 : 2-2 Maria da Victoria cc Bernardo da Motta, n. da Bahia; faleceu com testamento em 1657 em S. Paulo e seu marido em 1646. Teve 11 filhos dos quais eram vivos em 1657:

3-1 Gervasio da Motta da Victoria cc. Maria Bueno

3-2 José da Victoria cc. Maria da Silva.

3-3 Roque da Victoria.

3-4 Manoel da Victoria

3-5 Maria da Luz cc. em 1641 S. Paulo com Estevão Furquim

3-6  Sebastiana de Victoria cc. João Gomes de Escobar

3-7 Catarina Antunes cc. em 1658 com Pedro Collaço Delgado.

3-8 Ana Antunes cc. Baltasar da Costa.

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

 

Bernardo da Motta e Maria da Vitória tiveram 7 filhos machos e 4 fêmeas:

1- Gervasio de Vitória, nascido por 1623, em 1656 já estava casado cm Maria Bueno, falecida em 1673 (SAESP vol. 18º, neste site) SL. 1º, 421, 2-1

2- Bernardo Luiz, nascido por 1627 não aparece no inventário materno

3- Maria da Luz, casada com Estevão Furquim (S.L. 6º, 250, 1-2)

4- Sebastiana de Vitória, em 1646 já estava casada com João Gomes de Escobar (SL Ad. Geral. Vol. 9º ao vol. 8º, 328, 3-6)

5- Catarina Antunes, nascida por 1632, casada com Pedro Colasso Delgado (SL. 8º, 517, 4-1)

6- Jose de Vitória, nascido por 1634  (SL. 1º, 12, 3-1)

7- Ana Antunes, nascida por 1635 em 1660 já estava casada com Baltazar da Costa (SL. 8º, 519, 4-5)

8- Luiz, nascido por 1640 não aparece no inventário materno

9- Roque de Vitória, por 1641

10- Manoel de Vitorio, por 1643

11- João da Motta, casado em 1671 com Maria Fernandes (SL. 4º, 427, 3-1) não é citado no inventário materno nem no paterno, salvo linhas corroídas pelo tempo.

No entanto aparece um “Jorge” tanto no inventário de Bernardo quanto no de sua mulher, o qual em 1650 era já adulto o suficiente para poder ser curador dos irmãos.

 

Nota:

Domingas Antunes, nascida por 1634, filha da índia Cristina e de Gaspar Fernandes, em 1652 era “uma novia” .(SL 8º, 328, 1-4 onde consta que Gaspar não deixou geração).

Inventário de Gaspar Fernandes, SAESP vol. 11º, neste site.

 

BERNARDO DA MOTTA

Inventário e Testamento

 

Vol 34, fls 187

Data: A abertura não foi transcrita por estar ilegível

Juiz: Dom Simão de Toledo

Avaliadores: Manoel das Cunha e Domingos Machado

Local: Vila de São Paulo

Declarante: a viúva, assinou por ela seu genro Estevão Furquim

 

TITULO dos FILHOS:

Gervásio de Vitório, 23 anos

Bernardo Luiz, 19 anos

José, 8 anos

Luiz, 6 anos

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(duas linhas ilegíveis)

Manoel (...)

Maria da Luz casada com (...) Estevão Furquim

Sebastiana de Vitória, casada com João Gomes de Escovar

Catarina Antunes, 13/14 anos

Ana Antunes, 7/8 anos

 

TESTAMENTO

 

16-10-1646, vila de São Paulo, em casa do testador que estava doente de cama.

Encomendou a alma, pediu para ser enterrado na sepultura que possuía na Igreja do Carmo, pediu acompanhamentos e missas.

Declarou ser natural da Capitania da Bahia e casado nesta vila com Maria da Vitória da qual tem sete filhos machos e quatro filhas duas das quais estão casadas, uma com Estevão Furquim ao qual deu o dote, salvo um cobertor. Outra com João Gomes de Escovar a quem ainda devia parte do dote.

Declarou que era curador de Ana Roiz, sua cunhada. Que também era curador de Domingas Antunes, moça órfã, sobrinha de sua mulher, que vivia em sua casa. Pediu que a casem e entreguem suas peças.

Declarou algumas dívidas.

Feito e assinado a rogo por Manoel Coelho da Gama, “por eu não poder assinar”.

 

Aprovação: 17-10-1646. Testemunhas: João Barreto, Antonio Roiz de Mattos, Mel Lco de Andrade, José Ortiz de Camargo, Manoel Coelho da Gama, Daniel Colona, Inocêncio Preto.

 

Cumpra-se: 25-10-1646 – Amaral

 

Seguem as avaliações

 

Rol das dividas. Entre elas:

À órfã filha de Gaspar Fernandes de quem era curador.

À órfã filha natural de Bartolomeu Rodrigues

 

Curador à viúva: Estevão Forquim, seu genro

Curador ad lidem dos órfãos: João Gomes de Escovar

 

Não se fez partilhas por serem as dívidas mais que a fazenda, e disse a viúva que as queria pagar, pelo que lhe foi entregue toda a fazenda.

 

Segue a partilha da gente forra.

 

Termo de curadoria a Maria da Vitória: 11-12-1646, na paragem Emboisaba, na presença das testemunhas Sebastião Fernandes Preto, João Gomes de Escovar, Manoel Fernandes Preto e assinou pela sogra Estevão Forquim.

 

Apresentou Estevão Furquim como procurador de sua sogra as quitações das dívidas.

 

Procuração que fez o Dr Pedro Ribeiro Vila Nova, morador na cidade de Salvador da Bahia de Todos os Santos, a João Leitão, (...) a Luiz Fernandes Frances seu cunhado e Antonio Frz Roxo;e no RJ ao Padre Luiz da Companhia de (>>>) Antonio Roiz Vergara e na cidade de Santos a Sebastião Velho de Leme e o Ldo Diogo da Costa Carvalho e Manoel Pereira. (para receber dívida que devia Bernardo da Motta).

 

Seguem quitações

 

14-8-1649 (sic)- Escritura de dívida

...Nesta dita Vila nas casas de morada de Luiz Fernandes Bueno onde eu tabelião fui chamado e achando aí a Bernardo da Motta morador nesta dita vila logo –elo dito Bernardo da Motta me foi dito ... que ele confessava haver recebido de Luiz Fernandes Bueno cem patacas em dinheiro contado por um ano..... e pelo dito Luiz Fernandes Bueno foi dito que ele aceitava esta escritura como nela constituía por si e como procurador bastante de sua mulher Ana de Moraes .....

 

2-11-1650: (o Juiz Dom Simão de Toledo) “deu juramento a Jorge da Vitória pera que fosse curador dos órfãos seus irmãos ....... e deu por fiador a Baltazar da Costa”.

Don Simão de Toledo

Joseph ---------

Baltazar ----------

 

Deve a Antonio Gonçalves de Moraes (...)

Deve a uma órfã que tinha em sua casa de que era curador (...)

Tinha em seu poder 10 peças “de uma novia a qual estava em sua casa”.

Mande V.Sa a sua mulher Maria da Vitória apresente as quitações destes mandatos atraz e lhe de cumprimento.

São Paulo, 1-5-1652 – O Promotor

 

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MARIA DA VITÓRIA

Inventário e Testamento

 

Vol 34, fls 163

Data: 19-2-1658

Juiz: Dom Simão de Toledo

Avaliadores: Manoel de Figueiredo e Manoel Fonseca Osório

Local: Sitio e fazenda da defunta

Declarante: Estevão Forquim, genro mais velho da defunta

 

Título dos Filhos

 

TESTAMENTO

 

Encomendou a alma, fez invocações pias, deixou pedidos de missas

Declaro que fui casada em face da Santa Madre Igreja com meu marido Bernardo da Motta que Deus tem e tivemos entre ambos quatro filhos e quatro filhas que são meus únicos herdeiros. Declaro que são casadas duas filhas a saber Maria da Luz com Estevão Furquim e Sebastiana da Vitória com João Gomes de Escobar e uma outra tem seus dotes e outro sim casou meu filho Gervásio de Vitória e tem em si sua legítima.

Declarou que em solteiro Gervásio foi ao sertão e acertaram dividir as peças que ele trouxesse e assim se fez.

Deixou por testamenteiros os dois genros.

E roguei a Antonio de Oliveira este por mim fizesse e assinasse por eu não saber assinar, feito nesta vila de São Paulo aos 1-1-1657.

Aprovação:

Testemunhas: Luiz Machado de Sande, Antonio Domingues, Crispim Duarte, Manoel Duarte, Manoel Fernandes, João Ribeiro da Rzª, Luiz Fernandes Crasto

 

Seguem as avaliações

 

Curador ad lidem dos órfãos: Estevão Furquim

 

Citados às partilhas:

Estevão Forquim procurador de sua mulher Maria da Vitória, não quiz herdar

João Gomes de Escovar como procurador de sua mulher Sebastiana da Vitória, idem

Gervasio da Vitória por si e como procurador de sua mulher Maria do Amaral

José da Vitória

Roque de Vitória

 Manoel de Vitória

Catarina Antunes

Ana Antunes

 

Seguem as partilhas da fazenda líquida (55$480)

 

20-2-1658: termo de curadoria a Estevão Forquim.

 

Fls 183 - 10-6-1660

“Confessaram Jorge de Vitória, Pero Colasso Delgado e Baltazar da Costa estarem entregues das suas legítimas que couberam a suas mulheres por morte e falecimento de seu pai e sogro Bernardo da Motta e sua sogra may Maria da Vitória” (e deram geral quitação)

Pedro Colasso Delgado de Oliveira

Baltazar da Costa