PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

S.L. 1º, 47, 2-4 Pedro Nunes, falecido em 1623 com testamento em S. Paulo,

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

 

Nasceu Antonio Nunes antes de 1607, filho de Lourenço e neto paterno de Pedro Nunes (SAESP 6º, neste site) e Leonor, india alforriada (inventário de Izabel Fernandes, SAESP 5º, neste site).

Casou com Maria Batista, falecida em 1639 (SAESP vol. 12º, neste site). Faleceu em 1643 casado com Catharina de Sampaio, filha de Gonçalo Lopes, sem geração desta.

 

Antonio e Maria Batista tiveram:

1- Antonio Luiz Nunes.

 

nota: inventário de Maria Nunes, SAESP vol. 29º, neste site.

 

ANTONIO NUNES

Inventário e Testamento

 

Vol 38, fls 15

Data: 7-5-1643

Juiz: Domingos Nunes Bicudo

Escrivão: Ascenso Luiz Grou

Local: Termo da Vila de Santa Ana de Parnaíba

Declarante: Catarina de Sampaio, a viúva, assinou por ela seu pai Gonçalo Lopes

 

Testamento de Antº Nunes aprovado por mim tabelião em 14 de março 1643 e vai cozido com seis pontos – Soares

 

( faltam palavras) nesta vila de Santa Ana da Parnaíba que por morte e falecimento de Antonio Nunes defunto morador na dita vila de São Paulo e residente no termo desta vila  fora ele dito Suplicante feito curador de um órfão filho do dito defunto pelas justiças sendo que por ser homem pobre e carregado de filhos e (...) não pode servir a dita curadoria, mormente avendo outros parentes de sanguinidade do dito órfão e mais abonados ........ e havendo parentes de sanguinidade chegados ao órfão esses devem com mais razão de servir seus curadores como o podem servir os parentes do dito órfão pois são chegados  em sangue e por serem abonados os quais com mais comodo podem servir a curadoria do dito órfão.

... e o desobrigue a ele da dita curadoria (não está nomeado o curador) 

 

Sejam notificados Jacome Nunes tio do dito órfão e seus genros João Frz de Bragança e Alvaro Dias, primos do órfão....

Domingos Nunes Bicudo – com a declaração que será notificado Belchior de Barros sob a mesma pena e eu sobredito escrivão escrevi – Bicudo

 

6-9-1643: Apareceu Jacome Nunes e por ele foi dito que não poderia ser curador do órfão por ter mais de setenta anos e tinha 10 a 12 filhos e que sua Magestade escusava nestas condições e que seus genros também não podiam ser por estarem casados a pouco tempo e eram pobres.

 

TESTAMENTO

 

?-?-1643, Vila de São Paulo, estando o testador doente.

Primeiramente (invocações espirituais)

Pediu para ser enterrado na Igreja de São Francisco.

Declaro que fui casado primeiramente com Maria Bautista da qual houve um menino por nome Antonio Nunes he o erdrº (...) da dita sua may  (faltam palavras e linhas)

Fui casado segunda vez cõ Catarina (faltam linhas)

Declaro que quando casei com a dita minha mulher Catarina de Sampayo me prometeu em dote meu sogro Gco Lopes a metade do gado e uma roça de mandioca (e outras coisas) me não tem dado nada (deixava à consciência do sogro) e das coisas acima se dará a meu filho e a minha mulher.

Declaro que tenho um moço do gentio da terra de minha obrigação que é meu tio, irmão de minha mãe, casado com uma india da aldeia e assim por bons serviços que me tem feito e (...) minhas necessidades meus herdeiros não se entenderão com ele nem minha mulher nem filho que são forros e livres(....) for vida e peço ao dito meu tio Belchior (...) Antonio Nunes enquanto for vivo acudindo-lhe no que (...faltam linhas..).

 

Segue um trecho com muitas falhas onde fala em missas e dividas com Baltazar de Escovar, Luiz Soares.

Declaro que meu primo Paulo Nunes me deve um colete.

 

Peço e rogo a meu tio Jacome Nunes queira ser meu testamenteiro e curador de meu filho Antonio Nunes.

... e pedi e roguei a Simão Machado me fizesse esta cédula e testamento – Simão Machado – Antonio Nunes

 

Aprovação: 14-3-1643 – Izaque Dias, Simão Machado, Antonio Nunes, Francisco Frz o velho, Julião de Campos, João de Abreu Moraes, Atanazio da Motta

 

Cumpra-se: Santa Ana de Parnaíba, 5-4-1643 – Antonio de Souza Couto

 

HERDEIROS:

A viuva Catarina de San Payo

Antonio, órfão filho do defunto e sua primeira mulher Maria Bautista

 

Curador ao órfão: Gaspar Dias, por ser parente e porque o indicado em testamento se escusou por ser velho e carregado de filhos.

 

Avaliações

 

Peças forras: 21 das quais 5 eram do órfão por herança de sua mãe

 

Declarou a viúva que não queria nada da fazenda, que se entregasse tudo a Gaspar Dias, curador do órfão.

 

Segue o leilão dos bens

 

Terras: uma légua partindo com Jacome Nunes por Carta dada pelo Cap. Alvaro Luiz do Valle passada por Manoel da Cunha escrivão as quais terras ficam abaixo do distrito de Pira(pora?) e a dita carta estava em poder de Jacome Nunes.

 

Seguem quitações dadas por Gaspar Dias.

 

16-9-1643: Apareceu Gaspar Dias e disse que foi feito curador neste inventário e que era homem pobre e doente, que o juiz  escolhesse outro curador entre os parentes do órfão. Visto que os parentes se escusavam fizesse alguem abonado, ainda que não parente.

Proveu o juiz a curadoria em Eugenio de Aguiar Bocarro.

 

Seguem quitações passadas por Eugenio de Aguiar Bocarro.

 

25-11-1644: Apareceu Alvaro Dias requerendo a curadoria por lhe pertencer e porque Eugenio de Aguiar era falecido. Ofereceu por fiador seu sogro Antonio (sic) Nunes.

 

Quitações:

Uma de João Barreto que recebeu alguns alqueires de feijões que o defunto lhe devia, pagos por Gaspar Dias Peres.

 

23-9-1648: Jacome Nunes, como testamenteiro do defunto, é chamado a prestar contas dos legados pios.

 

Seguem Quitações das obras pias, algumas pagas por Alvaro Dias Colares, como curador do órfão filho do defunto Antonio Nunes.

 

?-10 1640 (sic) apareceu o órfão Antonio e pediu a Vicente Nunes Bicudo que desse certificado de que morreu uma negra sua chamada Juliana, para descargo de seu curador.

 

8-5-1654: Apareceu Alvaro Dias Colares com o órfão Antonio Nunes dar conta da “gente” do órfão.

 

6-8-1655 – auto de dinheiro a ganhos a José da Costa Homem

 

25-1-1656: termo de entrega das peças a Antonio Nunes que lhe ficaram por falecimento de seu pai e mãe, por ser emancipado e casado.

 

Confessou o órfão estar pago e desobrigou seu curador Alvaro Dias Colares.