PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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SL. 8º, 102 título: de Pedro Domingues e Clara Fernandes descendem que descobrimos:

Cap. 1º Amaro Domingues, natural de S. Paulo, foi casado com Catharina Ribeiro (irmã de André Mendes Ribeiro que foi casado com Izabel de Saavedra) f.ª de Braz Mendes e de Catharina Ribeiro; faleceu em 1636 com testamento.

Cap. 2º Pero Domingues tinha 60 anos em 1638 quando requereu sesmaria mencionada na pág. 102.( requereu juntamente com sua cunhada Catharina Ribeiro, viúva, ao capitão Antonio de Aguiar Barriga, governador da capitania de S. Vicente e representante do conde de Monsanto, uma sesmaria em Santo Amaro, perto de S. Paulo. Declarou ser de 60 anos de idade e ter f.ºs e filhas casadeiras e que ajudou nas guerras de conquista do país)

Cap. 3.Leonor Esteves foi casada com Diogo de Souza falecido em 1621 e teve 3 f°s:

1-1 Ignez.

1-2 Beatriz.

1-3 Um por nascer.

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette e Regina M. Junqueira).

 

Clara Fernandes, viúva de Pedro Domingues, casou em segundas com Antonio Gonçalves falecido e inventariado em 1628  (inventário abaixo)  e foram pais de:

1- Leonor Esteves ( Cap. 3º citada por Silva Leme como filha de Pedro Domingues) casada com Diogo de Souza falecido em 1628 (SAESP vol. 7º, neste site).

2- Izabel Gonçalves, casada com Belchior Ordas de Leão

3- Paulo Gonçalves, nascido por 1603.

4- Antonio Gonçalves, nascido por 1605.

 

Muito há por desvendar quanto à geração de Clara Fernandes, tanto do primeiro quanto do segundo marido.

 

Pero Domingues (Cap. 2º), assinou a rogo da irmã Leonor no  inventário do cunhado Antonio Gonçalves.

Sesmarias vol. 01, 118) (neste site) Pedro Domingues - 1638 - de São Paulo, com 60 anos - pede para si e mais 10 pessoas, sendo 3 filhas e 2 filhos dele mesmo, Catarina Ribeiro, mulher de Amaro Domingues e duas filhas e filhos dela. Pede as terras em caucaia, com entradas para Santo Amaro onde todos moravam.

idem- 119) Pedro Domingues e Paulo Gonçalves - 1638 - filhos e netos de povoadores, pedem terras nas cabeceiras das que foram de Martim Rodrigues e que eram então de Cornélio de Arzão.

 

Toda a geração deste Pedro Domingues não foi levantada por Silva Leme e ainda está por desvendar. Nem mesmo se conhece o nome destes cinco filhos que ele mesmo disse ter em 1638.

 

Igualmente nada se sabe do destino que tiveram Paulo e Antonio Gonçalves.

 

Ainda cabe lembrar que de Antonio Gonçalves, abaixo inventariado, não se conhece a filiação.

 


ANTONIO GONÇALVES

Inventário e Testamento

 

SAESP Vol. 7, fls. 379 a 401

Testamento: 14-5-1628

Inventário Data: 13-6-1628

Local: Vila de São Paulo , termo de Urubaapira.

Juiz de Órfãos: Sebastião Fernandes Camacho

Tabelião e Escrivão dos órfãos: Ambrosio Pereira

Avaliadores: Luiz Furtado e Francisco Rodrigues.

Declarante: a viúva Clara Fernandes. Assinou pela viúva por ela não saber assinar, a seu rogo, João Lopes.

 

fls. 382 - TESTAMENTO.

 

Em nome de Deus amem. Saibam quantos esta cedula de testamento virem que no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e seiscentos e vinte e oito anos em os quatorze dias do mes de maio do dito ano nesta vila de }São Paulo, capitania de São Vicente do Brasil etc. nesta dita vila nas pousadas de Pedro Domingues aqui morador adonde eu publico tabelião fui chamado estando ahi Antonio Gonçalves aqui morador doente deitado numa rede de doença que Deus Nosso Senhor lhe deu mas em seu perfeito juízo e entendimento segundo parecia logo ai me foi dito por ele a mim publico tabelião perante as testemunhas que se acharam presentes ao diante nomeadas e assinadas (...)

primeiramente disse ele testador (e faz encomendações pias).

Declara que o remanescente de sua terça deixa a seus filhos Paulo e Antonio, e que a sua filha Leonor Esteves manda que se lhe dem (...).

Declarou que tem dado a Belchior Ordas (...) e que a sua filha Leonor Esteves tem dado (...) e que sendo caso que Belchior Ordas saia com algum papel de contas ou de qualquer sorte requerer a todas as justiças lhe não dêm credito nenhum nem tenha fôrça nem vigor porquanto em sua consciencia lhe não deve nada antes ele lhe está devendo a ele testador e querendo herdar entre com tudo o que lhe deram assim peças como gado porque o sustentou muitos anos sem lhe dever nada nem lho prometer e que deixa a sua mulher Clara Fernandes e a seu filho Pero Domingues por seus testamenteiros porque confia neles farão como deles se espera por sua alma e disse que pelo teor deste testamento havia por quebrados e derrogados todos e quaesquer testamentos que antes deste haja feitos e somente a este quer que se de credito e tenha força e vigor e outro nenhum na~e desta maneira houve seu testamento por acabado e por esta ser sua ultima e derradeira vontade (...) estando por testemunhas o juiz ordinário Sebastião Fernandes Camacho e Francisco de Mendonça e João Paes e Ambrosio Pereira tabelião desta vila e Aleixo Jorge todos aqui moradores e por ele testador não saber escrever assinou por ele seu filho Paulo Gonçalves eu Simão Borges Cerqueira tabelião do publico e judicial e notas que o escrevi/ Assino por meu pai Antonio Gonçalves Paulo Gonçalves Sebastião Fernandes Camacho Ambrosio Pereira Francisco de Mendonça João Paes Aleixo Jorge o qual translado de testamento eu Simão Borges Cerqueira tabelião que o transladei de meu livro de notas a que me reporto e assinei de meus sinais publico e raso que taes são em os dezessete dias do mes de maio de mil e seiscentos e vinte e oito anos.

 

Título dos filhos - e órfãos.

-Paulo Gonçalves, de idade de 25 anos.

-Antonio Gonçalves, de idade de 23 anos.

 

Título dos filhos casados:

- Izabel Gonçalves, mulher de Belchior Ordas

- Leonor Esteves, viúva mulher que foi de Diogo de Sousa.

 

Declarou o defunto em seu testamento que os casados se quizerem entrar em a partilha entrem com o que ---- e que a um deles lhe dem (...).

 

Seguem-se avaliações, dividas que o defunto devia.

 

procurador da viúva: Pero Domingues.

 

Dividas que devem ao defunto, entre outras:

- um assinado que deve Belchior Ordas de Leão de 6$000 réis em dinheiro de contado.

 

fls. 390; termo de tutor aos menores.

 

(...) foi eleito tutor dos órfãos menores Paulo Gonçalves e Antonio Gonçalves sua mãe Clara Fernandes (...) e por ela dita viúva não saber escrever assinou por ela seu filho Pero Domingues. (...).

 

Partilhas:

- a Paulo Gonçalves

- ao menor Antonio Gonçalves

 

Recibos e quitações.

 

fls. 398 - Conta que dá Pero Domingues como testamenteiro que é do defunto Antonio Gonçalves seu padrasto.: 17-8-1633