PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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Cap 10º - Escolástica Maria Lopes de Siqueira

(atualizado em 11-março-2010)

 

 

Regina Junqueira

Bartyra Sette

 

 

Escolástica Maria nasceu em Carrancas onde foi batizada na Capela do Rio Grande em 25-12-1752.

B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas, Minas Gerais) aos 25-12-1752 Cap. Rio Grande, Escolastica, f.l. do Cap. João Lopes de Siqueira n. freg. Santa Maria de Crestuma Comarca e Bispado do Porto e Ana da Fonseca Coutinho n. vila S. João del Rei Bispado de Mariana, np Pedro Lopes de Siqueira e Agostinha da Silva moradores na dita freguesia de Santa Maria de Crestuma, nm Feliciano da Silva Coutinho e Maria Portes del Rei moradores na vila de S. João del Rei. Padr.: o Padre Bento Teixeira n. do Bispado do Porto e todos moradores desta freguesia.

 

Em 27-09-1770 casou pela primeira vez com o português Manoel Antonio de Souza:

Matriz de Nossa Senhora do Pilar – Casamentos– Capela de Santo Antonio do Rio das Mortes Pequeno - Aos 27-09-1770, Manoel Antonio de Souza, natural da Freguesia de São Pedro do Concelho de Gaya, Bispado do Porto, filho legitimo de Manoel João e Izabel Antonia =. Escolástica Maria Lopes, natural e batizada na Capela de Nossa Senhora do Porto da Freguesia de Carrancas, filha legitima de João Lopes de Siqueira e Anna da Fonseca Coitinha. Testemunhas:Gonçalo Ferreira de Freitas e João da Silva Caldas

 

Manoel Antonio nasceu aos 23-07-1738 na Freguesia de São Pedro do Sermonde do Bispado do Porto, Concelho de Gaya, filho de Manoel João (falecido com aproximadamente 80 anos em 1771) e Izabel Antonia. Era neto paterno de Manoel João e Maria Francisca do lugar de Venda Nova da Freguesia de Pedroso; neto materno de Domingos Gonçalves e Maria Antonia, do lugar de Fontoura da citada freguesia de Sermonde.

 

Já no Brasil, Manoel Antonio redigiu seu testamento na Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro aos 20-08-1767. Era então solteiro e sem filhos, deixou seus bens para os irmãos e, na falta deles, ao parente mais chegado.

 

O inventário de Manoel foi aberto pela viúva aos 22-09-1773 na Fazenda do Tejuco da qual eram proprietários. Nas primeiras declarações Escolástica apenas disse que seu marido deixou testamento redigido antes de se casar. Não declarou filhos do casal. Izabel Antonia, mãe de Manoel, habilitou-se à herança, remetendo os documentos necessários para tal, acostados no inventário (neste site).

 

Escolástica casou em segundas com João de Carvalho Duarte, filho de Caetano de Carvalho Duarte e Catarina de São José, família “os Carvalho Duarte”, cap 2º.

Matriz de Nossa Senhora do Pilar – Casamentos– Capela de Santo Antonio do Rio das Mortes Pequeno - 14-02-1774 às 4 hs da tarde - João de Carvalho Duarte, natural de S João Del Rei, filho de Caetano de Carvalho Duarte e Catarina de São José = Escolástica Lopes de Siqueira, natural de Carrancas, filha do Capitão João Lopes de Siqueira e Ana da Fonseca Coitinha. E a dita Escolástica viúva de Manoel Antonio de Soisa. Test.: Jose Garcia Duarte e Antonio de Carvalho Duarte.

 

Foram moradores na fazenda do Tijuco, termo da vila de São João Del Rei, onde, segundo João, por serem pobres viviam “a favor” de seu irmão Francisco de Carvalho Duarte (declaração no inventário de Vicente José da Silva)

 

Não tiveram filhos, e por este motivo pediram à Joaquina Lopes de Siqueira, então viúva, a guarda do órfão Antonio, sobrinho e afilhado de Escolástica.

 

Escolástica faleceu na fazenda do Tijuco aos 10-12-1810, com inventário aberto no ano seguinte pelo tesoureiro do juízo, tendo sido feita a apreensão dos bens do casal que, alem de um campo com um alqueire de milho, possuía apenas “umas casas cobertas de telha ainda para acabar, sem portas nem janelas, com uma casinha e paiol de capim, quintal e monjolo”.

 

Em seu inventário, neste site, constou que “...faleceu intestada e sem herdeiros necessários por não haver filhos do dito matrimonio”. Isso não a impediu de ter deixado imensa geração, através da filha que descobrimos:

 

1- Mariana Antonia de Jesus. Casou duas vezes.

A primeira aos 26-06-1784 na Matriz de Nossa Senhora do Pilar com José de Carvalho Duarte, filho de Caetano de Carvalho Duarte e Catarina de São José, irmão inteiro de João de Carvalho Duarte. José faleceu aos 20-4-1814. No ano seguinte Marianna Antonia já estava casada em segundas com seu cunhado Francisco de Carvalho Duarte.

No termo de seu primeiro casamento consta sua filiação e que foi exposta ao nascer, o que sugere que tenha nascido antes do casamento dos pais:

Casamentos em São João Del Rei – Matriz de Nossa Senhora do Pilar

Aos 26-06-1784 – José de Carvalho Duarte, filho legitimo de Caetano de Carvalho Duarte e Catherina de São José= Marianna Antonia de Jesus, filha (não consta ser legitima) de Manoel Antonio de Soiza e de Escolástica Maria Lopes, batizada por exposta (sic). Ambos desta. Test: Antonio Rodrigues Guimarães e Gonçalo Correa Netto.

 

Mariana não teve filhos das segundas núpcias, porem teve dezoito do primeiro leito e inúmeros netos e bisnetos, entre eles o Barão de Conceição da Barra, descritos na família “Os Carvalho Duarte” Cap 8º, todos ligados à Genealogia Paulistana por via de Maria Portes Del Rei, bisavó materna de Mariana Antonia.