PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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§ 8º Mariana de Pontes

SL 8º,121, 3-10 ...foi casada com o capitão Antonio Garcia Carrasco f.° de Miguel Garcia Carrasco e de sua 2.ª mulher Izabel João. V. 6.° pág. 524 onde foi omitido este casamento.

(atualizado em 29-outubro-2013)

 

 

Regina Moraes Junqueira

 

Nascida por 1647, tinha 12 anos em 1659. Casou com Antonio Garcia Carrasco, filho de Miguel Garcia Carrasco, natural de São Lucas de Cana Verde e de Izabel João, natural do Rio de Janeiro, suspeita de ser cristã nova, família “Carrasco” neste site.

Mariana faleceu antes de 1714, ano em que Antonio era viuvo e como tal fez doação do patrimônio para que o filho Salvador pudesse tomar as ordens.

Nesse ano foi declarado que Antonio Garcia tinha apenas um filho.

Em documentos encontramos:

 

Ignez Garcia, casou em Santo Amaro aos 07-01-1688 com João Machado Leme, filho de João Machado de Lima e Maria Leme. Não foi considerada quando da doação que seu pai fez ao irmão, talvez porque já dotada, talvez porque já era falecida.

RMJ: Casamentos de Sto Amaro-SP aos 07-01-1688; João Machado Leme- João Machado de Lima e Maria Leme; cc. Inês Garcia - Anto Garcia Carrasco e Marianna de Pontes. Pp Antonio Furtado e Izabel de Lima - Pp Manoel da Roza e Benta Garcia;

 

Salvador Garcia de Pontes batizado em São Paulo aos 22-11-1671 conforme certidão em seu processo de habilitação sacerdotal. Casou em Santo Amaro aos 04-11-1703 com Izabel Domingues filha do Cap. Martim Garcia Lumbria e Maria Domingues, família “Carrasco’.

RMJ: Casamentos de Sto Amaro-SP aos 04-11-1703; Salvador Gracia- morador no termo da Vila de SP, e freguês desta freguesia de Santo Amaro, filho de Antonio Garcia e Mariana de Pontes No sitio e fazenda de Antonio Garcia.casou com dispensa de consanguinidade com Izabel Domingues, filha do capitão Martim Gracia Lumbria e Maria Domingues, moradores e fregueses da Vila de Sorocaba. Testemunhas: Domingos Furtado, Miguel Garcia, Maria Paes, Benta Garcia;

 

          Ao casar com Salvador, Izabel já era viúva duas vezes. Segundo Silva Leme que teve acesso a seu inventario, Izabel faleceu em 1708. O viuvo então tentou entrar para a Companhia de Jesus, mas não foi aceito por ter “botado sangue pela boca”. Correu o boato de que teria sangue de cristão novo por parte de sua avó paterna. Segundo o Padre Estanislau de Moraes na verdade ele tinha sangue do gentio da terra. Infelizmente Padre Estanislau não esclareceu por qual linha.

          Em 1714 Salvador habilitou-se ao sacerdócio, desta vez pelo habito de São Pedro.

          Por indicação do genealogista e pesquisador Rodnei Brunete da Cruz a quem agradeço, consultamos o processo de habilitação:

Arquidiocese de São Paulo

Habilitação Sacerdotal - 1714

Salvador Garcia de Pontes

ACMSP 02-75-1405

Salvador Garcia de Pontes - filho legitimo de Antonio Garcia Carrasco e sua mulher Marianna de Pontes, naturaes da cidade de São Paulo; neto por parte paterna de Miguel Garcia Carrasco natural de Sevilha e de sua mulher Izabel João natural do Rio de Janeiro e por parte materna neto de Pero Nunes de Pontes e de sua mulher Ignes Domingues naturaes de São Paulo..

Testemunhas ouvidas aos 09-03-1714 em casas do Pe Andre Baruel.

Cap Gonçalo Simoens Chassim natural do Reyno de Algarve e morador nesta cidade há 55 anos, de idade de 90 anos

Capitão Manoel Villela, natural do Porto, morador nesta cidade a 37 anos, mercador, 59 anos

Jacinto Gomes, natural e morador desta cidade, mercador, 71 anos

Capitão Pedro Porrate de Penedo, morador desta cidade e natural das Ilhas Canárias, homem casado nesta cidade há 40 anos.

Paulo Marques Rodrigues, natural e morador de São Paulo, 74 anos

Que Salvador Garcia tinha os impedimentos seguintes: que havia contrahido irregularidade ex de fectu bigamia; por ter sido cazado com mulher viuva --; que faltava um dedo de sua mão; que era publico que entrando o dito habilitando da Religião da Companhia de Jesus fora expulso dela por acharem os padres depois que tinha raça de cristão novo por parte de sua avó paterna, declarou o sobredito habilitando não chegou a entrar na dita Religião, mas indo a tomar a roupeta, tornara ao Rio de Janeiro pelo dito impedimento. Como outro si declaro que somente Manoel Alz(?) Rodrigues disse sobre este ultimo impedimento de Cristão Novo, sobre o qual disse e declarou o dito Rdo. P.e Coadjutor Estanislau de Moraes que o tornar o habilitando ao Rio de Janeiro fora por “botar sangue pela boca”, por cuja causa não quiseram os ditos Padres aceitalo na dita Companhia e q sabia esta razão por o ouvir assim dizer segundo sua lembrança; e a pessoa do Capitão João de Tolledo Castelhanos disse tambem sobre este particular q segundo colhera dlo Pe. Diogo da Fonseca, da mesma Companhia. Segundo sua lembrança que o não aceitaram ao sobredito habilitando fora por ter  “parte com o gentio da terra”. São Paulo 10 de Março de 171?

Testemunho de Antonio Amaro Leite e outros sobre os costumes do habilitando

Disseram que o habilitando era homem de bons costumes, muito modesto, tinha um polegar a menos (por cauda de um tiro de espingarda segundo o Pe Estanislau de Moraes), fora casado com “hua molher que foi veuva duas vezes” e que morreu casada com o habilitando.

 

Lv de Batismos Matriz de São Paulo, assento feito pelo Pe Vigario Domingos Gonçalves – Aos 22-11-1671 batizei e puz os Santos Oleos a Salvador filho de Antonio Garcia Carrasco e Marianna de Pontes

 

Parentesco com outros padres:

Por parte paterna do Padre Frei João da Conceição religioso de S Antonio de --- neto de uma irmã do pai.

Por parte materna do Padre Belchior de Pontes da Companhia e do Padre João de Pontes do habito de S Pedro.

 

Salvador Garcia foi recebido pelo provincial da Companhia do Rio de Janeiro e voltou para São Paulo por “botar sangue pela boca” mas não por impedimento em sua geração. Que o P Belchior de Pontes era irmão de sua mãe.

– Salvador Garcia pede dispensa por não ter o polegar da mão esquerda

Foi dispensado na “Irregularidade da bigamia interpretativa” e no defeito do dedo e com a certidão junta do Revdo. P.e Reitor do Co--(?) da mesma cidade de S. Paulo se desvaneceu o fundamento da unica pessoa q sahio a carta de publicendis a denunciar o impedimento de impureza de sangue dizendo q por esta causa fora o dito Justificante expulso da Religião da Companhia de Jesus, sendo que não cheou a tomar a roupeta voltando desta cidade a ---aque lançar sangue pela boca e n~çao por impedimento q tivesse em sua geração Como declara a dita certidão nem ha de resumir qto justificante fosse, como foi, admitido a receber a Rou peta da Companhia sem estar primeiro certificada da limpeza do seu sangue nas previas diligencias q costuma fazer p adminitr qualquer sojeito e se faz mais verossimil a certidão junta a cerca da pureza do sangue do dito Justificante pela q consta dos autos da sua habilitação de genere e inquirição de vita et moribus.

– Antonio Garcia Carrasco faz doação do patrimônio ao filho Salvador Garcia Pontes

– Diz Salvador Garcia de Pontes que a doação feita pelo pai é legítima porque o pai é viuvo e não tem outros filhos senão o suplicante

 

Por décadas Salvador exerceu o vicariato na Cotia. Salvo tratar-se de improvável homônimo com a mesma idade, faleceu em Santo Amaro aos 11-01-1747, merecendo um assento de óbito comum, sem referencia a sua condição de Padre Vigario.

 

Matriz de Santo Amaro – Óbitos – Aos 11-01-1747 faleceo da vida presente com todos os Sacramentos Salvador Garcia de Pontes natural desta Frgª de idade que disse ter de setenta e seis anos, sepultado dentro da Matriz de Santo Amaro.

 

No testamento do filho homônimo, Salvador foi insistentemente chamado de Padre Salvador Garcia Pontes.

 

Salvador teve q.d:

2-1 Luzia de França, mais parece ser filha natural do que legitima. Note-se que no assento de casamento de seu filho José, ela consta como filha de pais incógnitos, embora no processo matrimonial fique claro que ela foi filha de Salvador Garcia. Não se fala de mãe alguma. Em solteira morava na casa do vigário, e não em casa de seus pais ou familiares, como todas as outras “filhas família”. Casou em Santo Amaro em 1730 com Francisco Fernandes de Oliveira, filho de Manoel Fernandes e Joana Marques, falecido antes de 1762, com quem teve ao menos:

2-1-1 José Fernandes de França, batizado em Santo Amaro aos 27-08-1734. Em 1762 pediu dispensa de consanguinidade de quarto grau misto de terceiro para se casar com sua parente Angela Domingues de Pontes, filha de Bento Pires de Oliveira e Ana Domingues, neste capítulo § 7.

Matriz de Santo Amaro – Casamentos- Aos16-08-1762 na presença das testemunhas Francisco de Oliveyra e Marcelino Ferreira se cazaram José Fernandes filho legitimo de José Fernandes e de Luzia de França np de Manoel Fernandes e Joanna Marques e pela materna de pais incógnitos; com Angela Dominguies  filha de Bento Pires e Anna Domingues. Np Bento de Oliveyra e Izabel da Sylva, nm de Antonio Domingues Pontes e Suzana Rodrigues de Borba.

 

Dispensas Matrimoniais ano 1762 - ACMSP vol 577 -

Processo de dispensa de 4º de consanguinidade mixto de 3º entre os oradores

Antonio Domingues de Pontes e Marianna de Pontes erão irmãos.

De Antº Domes nasceo Anna Domingues e desta a oradora.

De Marianna de Pontes nasceo Salvador Garcia e deste (Luzia) de França e desta Joseph Fernandes o orador.

Que a Oradora não casando com o orador ficará inrupta sem poder se casar na sua Freguesia e nem em outra qualquer porque em determinadas ocasiões se acha totalmente privada de toda e qualquer razão e juízo e que o orador muito bem sabe (e mesmo assim quer se casar com ela).

Que a oradora saiu da casa de sua mãe e acompanhou por sua vontade o orador (mas não tiveram cópula) e atualmente está em casa do tio dela, Manoel de Pontes.

Depoimento do orador, natural de Santo Amaro, solteiro, vive de suas lavouras, 26 anos. Confirmou o parentesco e disse que a oradora poderia ficar solteira se não casasse com ele porque em algumas ocasiões tinha “seus delírios” e não fala com ninguém até passar

Depoimento da oradora, natural de S Amaro, 30 anos, confirmou o parentesco. Disse que tinha de legitima um negro e uma rapariga.

Entre as testemunhas:

João de Eyró, solteiro, 49 anos, vive de suas lavouras, natural e morador em Santo Amaro, parente da oradora no terceiro grau e do orador no quarto grau.

Imagem 18 – Diz o orador que não pode cumprir as determinações de trabalhar muito tempo nas obras da Matriz porque “diz ser homem que conduz cargas do Cubatão pª esta Cidade” e que já tinha muitos compromissos marcados.

Com o favor de Deus querem se cazar Joseph Frz’ França filho legitimo de Franco Frz’ já defunto e sua mer Luzia de França com Angela Domes de Pontes filha legitima de Bento Pires de Olivrª já defunto e sua mulher Anna Domes e os contratantes se acham impedidos no quarto grau mixto de terceiro de consanguinide

Revendo os livros de batismos

 fl 37 – 27-08-1734 batizei José filho de Frnco Fernandes e Luzia de França. Padrinhos: João Esteves solteiro filho de Reino e Agueda de Goes mulher de João Frz de Oliveyra.

Fl 9 - 13-07-1727 – Angela, filha de Bento Pires e ( ) Domingues de Pontes. Padrinhos: Francisco ( ) Medela solteiro e Ana Vidal, D. viúva.

 

2-1-2 Francisco Fernandes, batizado aos 04-07-1736

44; Matriz de Santo Amaro – Batismos- Aos 04-07-1736 - Francisco; filho de Francisco Fernandes de Oliveira e Luzia de França; Padrinhos:  Domingos Francisco filho de Antonio Francisco Villela e Maria da Anunciação, beata.

Provavelmente o que casou antes de 1764 com Ana da Silva. Na dúvida, colocamos aqui os filhos que encontramos:

2-1-2-1 Belchior, batizado aos 09-07-1764

Matriz de Santo Amaro – Batismos – Aos 09-07-1764; Melchior filho de  Francisco Fernandes e sua mulher Anna da Sylva; Padrinhos: Jose da Sylva Ferreira e Luzia de França viúva

2-1-2-1 Anna, em 1766

Matriz de Santo Amaro – Batismos – Aos  07-06-1766; Anna filha de Franciso Fernandes e Anna da Sylva. Padrinhos: José Fernandes casado e Efugenia Pais solteira.

2-1-2-1 Manoel, batizado “in extremis” em 1770 por Escolastica de Oliveira

Matriz de Santo Amaro – Batismos – Aos 17-04-1770 – Manoel, batizado in extremis por Eufemia de Oliveira, filho de Francisco Fernandes e sua molher Anna da Silva. Padrinhos: Joseph da Silva Ribeiro cazado e Vitoria de Camargo filha solteira de Francisco Ferreira de Borba, todos desta freguesia.

2-1-2-1 José, batizado em 1772

Matriz de Santo Amaro – Batismos –Aos 29-07-1772; José; Francisco Fernandes e Anna da Sylva; Padrinhos: João Domingues Moreyra solteiro filho de Salvador Moreyra e Vitoria de Camargo solteira filha de Francisco Ferreira.

 

2-1-3 Ana Maria de Oliveira, batizada aos 26-01-1738 em Santo Amaro onde casou com João de Oliveira Pires, filho de Salvador de Oliveira Pires e Josefa Paes, segundo o termo do casamento celebrado aos 13-09-1756 e também conforme o casamento da filha Maria. Já no casamento do neto João (2-1-1-2) constou ser filho de Sebastião Barreiros e Sebastiana Paes, filiação seguida por Silva Leme. Cremos que é mais seguro confiar na informação de seu casamento, precedida da devida provisão.

Matriz de Santo Amaro – batismos– Aos 26-01-1738; Anna filha de Francisco Fernandes e Luzia de França; Padrinhos Bernardo Ferreira solteiro e Anna Barbosa viúva.

 

Matriz de Santo Amaro – Casamentos- Aos 13-09-1756 sem impedimentos, se receberão por palavras de presente João de Oliveira Pires, filho legitimo de Salvador de Oliveira Pires e Josefa Paes; cc. Ana Maria de Jesus, filha de Francisco Fernandes e Luzia de França, ambos fregueses desta. T: Padre Francisco Alvares Torres e Antonio Francisco de Sá (Silva?), fregueses da Sé de SP.

 

Tiveram ao menos q.d:

2-1-3-1 Maria Pais de Oliveira. Aos 16-05-1782 casou com Antonio Paes Moreira, filho de Dionizio Alves Moreira e Apolonia Maria de Jesus.

Matriz de Santo Amaro – Casamentos- Aos 16-05-1782 se casou solenemente Antonio Pais Moreira e Maria Pais de Oliveira – Ele f de Dionizio Alves Moreira e Apolonia Maria de Jesus, Np de Martinho Pais e Maria Garcia, nm de Antonio Pereira e Josefa Moreira. Ela f de João de Oliveira Pires e Anna Maria de Oliveira, Np de Salvador de Oliveira e Maria (sic) Pais, nm de Domingos (sic) Fernandes e Luzia de França.

2-1-3-1-1 João Pires de Oliveira, Casou em 1803 em Santo Amaro com Rita Pires de Araujo, viúva de José da Silva Rodrigues, com provável falha nas informações sobre os avós paternos do João.

Matriz de Santo Amaro – Casamentos- Aos 03-08-1803 as onze horas da manhã se receberam João Pires de Oliveira filho de Joao, de Oliveira e Anna Maria de Oliveira np de Sebastiam Dias e Sebastiana paes, nm de Francisco Fernandes e Luzia de França, com Rita Peres de Araujo viuva de José da Silva Rodrigues.

2-1-3-1-2 Maria Antonia casou em 1807 com João Antonio da Cruz, filho de Antonio Mariano e Angela Mendes.

Matriz de Santo Amaro – Casamentos- Aos 28-04-1807 – João Antonio da Cruz, filho de Antonio Mariano e Angela Mendes, np de Jose pereira das Neves e Josefa Colaça, np de Thomas Mendes e Maria Dias;com Maria Antonia filha de Antonio Pais e Maria Pais, np de Dionizio Alvares e Apolonia de Jesus, nm de Joam de Oliveira e Anna de França. Testemunas Melchior Garcia e José Rodrigues da Silva.

2-1-3-1-3 Joaquina Paes de Oliveira casou em 1813 com João Antonio Simões, natural da Freguesia de Vera Cruz do Bispado do Aveiro-PT.

Matriz de Santo Amaro – Casamentos- Aos 25-02-1813 - João Antonio Simoins filho de Antonio Simoins e Maria Nunes, naturais da Freguesia de Vera Cruz do Bispado do Aveiro, com Joaquina Paes de Oliveira filha de Antonio Paes Moreira e Maria Pais de Oliveira, np de Dionizio Alvares e Apolonia de Jesus, nm de Joam de Oliveira Pires e Anna de França.

2-1-3-2 Escolastica de Oliveira Fernandes batizada aos 23-12-1769 em Santo Amaro onde casou em 1790 com Joaquim Paes Pereira, filho de Agostinho Paes Domingues e Izabel Pereira Garcia.

35v; Matriz de Santo Amaro – batismos– Aos 23-12-1769 – Escolastica filha legitima de João de Oliveira Pires e Anna Maria de França. Padrinhos: Manoel Antonio freguês da cidade solteiro e filho de pais incógnitos e Izabel Pinta Maria filha solteira de Francisco Pinto.

 

Matriz de Santo Amaro – Casamentos- Aos 10-02-1791 – Joaquim Paes Perera e Escolástica de Oliveira Fernandes. Ele filho de Agostinho Paes Domingues e Izabel Perera Garcia, neto paterno de João Paes Maleo e Maria Domingues, nm de Domingos Pereira Evano e Maria Gracia de Godoy, todos da Cutia. Ela filha de Joam de Oliveira Pires e Anna Maria de Oliveira, neta paterna de de Salvador de Oliveira Pires e Maria Paes Barreira (sic), nm de Francisco Fernandes de Oliveira e Luzia de França, todos desta.

2-1-3-3 José Francisco de Oliveira, batizado em Santo Amaro aos 31-03-1772. Por muito tempo teve “comercio ilícito” com Maria Joaquina Paes, filha de Pedro Domingues Paes e Florencia Paes, nm de Sebastião Dias Barreiros e Sebastiana Paes, nm de Daniel Colona e de Maria Paes da Cunha, família Nunes de Pontes Cap. 1º § 7º, neste site.

          Em 1801 José Francisco e Maria Joaquina resolveram se casar, mas existiam outros impedimentos, além da copula ilícita e por isso tiveram que pedir as devidas dispensas:

          - Maria Joaquina foi casada com Baltazar de Andrade, falecido em Itu aos 08-04-1790. Desse casamento teve ao menos o filho Bento, afilhado de batismo de José Francisco.

          - João de Oliveira Pires, pai de José Francisco, era primo irmão de Florencia Paes, mãe de Maria Joaquina. João e Florencia eram netos de Daniel Colona e Maria Paes da Cunha, ele filho de Josefa Paes, ela de João Paes Colona. No processo, Florencia foi substituída por seu marido Pedro Domingues, o que não era incomum na época.

José Francisco e Maria Joaquina se casaram em Santo Amaro aos 07-07-1801.

Santo Amaro – Registros de casamentos- Aos 02-07-1801 se receberam Jose Francisco de Oliveira filho de João de Oliveira Pires e Anna Maria de Oliveira, não souberam dizer dos avos e Maria Joaquina Paes, viúva de Baltazar Manoel de Andrade.

 

Dispensas Matrimoniais ano 1801

Jose Francisco de Oliveira e Maria Joaquina Paes.

João de Oliveira Pires e Pedro Domingues Pais foram primos irmãos

Daquele procedeo o orador e deste a oradora.

O orador foi padrinho de batismo de Bento, filho da oradora

Por fragilidade humana a muitos anos “que entre eles tem havido comercio ilícito” por poucos sabido.

A oradora é viúva e “se acha na avançada idade de quarenta anos”.s.

Jose Francisco filho legitimo de João de Oliveira Pires já defunto e Anna Maria de Oliveira

Ela viúva de Bathazar  Manoel de Andrade falecido em Itu

Certidão de Batismo – nesta Matriz de Santo Amaro, livro competente fl 54 – 31-03-1772- Jose filho de Joam de Oliveira Pires e sua mulher Anna Maria de Oliveira. Padrinhos: João Pereira da Silva e sua mulher Rita Maria de Jesus.

 

Certidão de óbito Vila de Itu: livro competente fl 20: 08-04-1790 faleceo Baltazar de Andrade de idade de vinte e sete anos casado com Maria Joaquina Paes moradores desta vila com todos os sacramentos, sepultado dentro da Matriz

 

2-2 Salvador Garcia de Pontes Lumbria, filho legitimo de Salvador Garcia Pontes e sua mulher Izabel Domingues, conforme declarou em seu testamento. Casou com Ana de Oliveira Costa, filha de Manoel Fernandes de Oliveira e Ana Gonçalves da Costa. Manoel já era falecido no inicio de 1747 e teve com sua mulher, além da filha Ana, os filhos Francisco de Oliveira Costa e Silvestre Ferreira da Carvalho.

          Salvador faleceu aos 09-02-1747, menos de um mês depois de seu pai.

Matriz de Santo Amaro –Aos 09-02-1747 faleceu da vida presente com todos os sacramentos Salvador Garcia Pontes Lumbria natural de São Paulo casado com Anna de Oliveira Costa natural de Araçariguama, enterrado dentro da Igreja Matriz do glorioso Santo Amaro das portas para dentro diante do altar das Almas para baixo do arco da Capella Mor ...

 

APESP Auto de Contas de Testamento

Processo 15485 - Ano 1750 -  local: São Paulo

Salvador Garcia de Pontes - Testador

Anna de Oliveira Costa – Testamenteira

Pesq. Regina M. Junqueira

Diz Anna de Oliveira Costa viúva de Salvador Garcia,,,,,

TESTAMENTO

Aos 02-02-1747, eu Salvador Garcia de Pontes Lumbria estando em meu perfeito juízo .... faço este testamento na forma seguinte –

Encaminhou a alma etc, deixou inúmeras missas..

Meu corpo será Sepultado na Igreja de Santo Amaro

Sou natural de São Paulo filho de Salvador Garcia Pontes e Izabel Domingues Paes, casado em Araçariguama termo da Vila de Parnahiba com Anna de Oliveira Costa e não tenho filho legitimo mas um natural de nome Roque.

Possuia um sitio no bairro de São João na Cotia com casas de quatro lanços onde morava que herdou sua mulher por morte do pai. Manoel Fernandes de Oliveira em sociedade com a mãe dela Anna Gonçalves Costa e dos irmãos Francisco de Oliveira Costa e Sylvestre Ferreira de Carvalho, filhos legítimos de Manoel Fernandes de Oliveira

Nomeou dois “negros” um dos quais pertencia ao cunhado Silvestre Ferreira de Carvalho

Declarou que possuia casa em São Paulo e um sitio no lugar de Olaria em Santo Amaro que houve por erança do pai o Padre Salvador Garcia de Pontes

Declaro mais que possuo em uma paragem do bairro de Santo Amaro (umas casas de palha em um capão) avante de Luiz Porrate entre João Paes Colona e Antonio Furtado Machado, a dita paragem chamada Pinheiros que me ficou por falecimento de meu pai Padre Salvador Garcia de Pontes.

Declarou cavalos, muares, créditos e dividas.

 

Certidão de óbito passada pelo vigário da Matriz de S Amaro dando conta das missas rezadas de acordo com o testamento de Salvador Garcia de Pontes – S Amaro 14-07-1747

 

Certidão de Casamento:

Aos 03- ..bro- 174(9?) na matriz desta freguesia – (Roque) Garcia filho de Salvador Garcia Pontes já defunto, e Luzia Leme filha legitima de Miguel Machado e Izabel Pais todos desta Freguesia – Testemunhas: Manoel Pereira de Camargo e João Rodrigues Tenorio – Antonio Domingues de Sá.

 

Salvador e sua mulher não tiveram filhos, mas em testamento Salvador reconheceu o filho natural:

2-2-1n Roque Garcia, casou em 1749 com Luzia Leme filha legitima de Miguel Machado e Izabel Pais.