PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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DUARTE RODRIGUES ULHÔA

 

 

Sílvia R. do Prado Mendes Buttros

 

Duarte Rodrigues Ulhôa, boticário, natural de Ourique, filho do Licenciado Francisco Rodrigues Raposo, “Mestre Francisco”, natural de Alter do Chão, e de Beatriz Rodrigues, natural de Beja; casado com Catarina Gonçalves, filha de Manoel Vaz, boticário, e Estefânia Gomes, naturais de Faro.

 

Duarte esteve por algum tempo em Salvador, Bahia, onde requereu provas de “limpeza de sangue”, em 18/09/1621, conforme traslado constante da habilitação De Genere de seu trineto Lopo Rodrigues Ulhôa.

(Pesq. De Fabrício Gerin) (CMSP, Habilitações Sacerdotais, Ano 1713, Estante 1, Gaveta 4, n° 74) fls. 2 . Traslado do Instrumento de Duarte Roiz Ulhoa, terceiro Avô do Suplicante Lopo Roiz Ulhoa por parte paterna. Saibam quantos este instrumento dado em pública forma por mandado, e autoridade de justiça com o teor de sua petição, e ditos de testemunhas por ela perguntadas virem que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos e vinte e um anos, aos dezoito dias do mês de Setembro do dito ano, nesta cidade do Salvador Bahia de Todos os Santos, nas pousadas de mim tabelião apareceu Duarte Rodrigues Ulhoa, e me apresentou a petição ao diante com o despacho posto ao pé dela do Juiz Marcos da Costa, requerendo-me uma averbação, para por ela se lhe perguntarem as testemunhas que apresentou, a qual petição autuei , e é a que se segue. Francisco Pinto tabelião o escrevi.

Petição – Duarte Rodrigues Ulhoa morador na cidade de Faro, que para o bem de sua justiça lhe é necessário provar em como é filho legítimo de Francisco Rodrigues Raposo, natural de Mira, o qual viveu na vila de Ourique, e era cristão velho de todos os quatro costados de pais e avós, e por tal sido e havido em a dita vila de Ourique, e serviu os cargos honrados da República [deteriorado] tratado por cristão velho e homem nobre, e de limpa geração, e por que tem pessoas seus naturais, as quais o conhecem e os quer fazer perguntas a vossa mercê mande e lhe perguntem pelo conteúdo na dita petição, e seus ditos se lhe passe instrumento [ ] , e receberá justiça e mercê. Despacho do Juiz como pede=Costa= Aos 18/09/1621, nesta cidade do Salvador Bahia de Todos os Santos, nas pousadas de Manoel Pacheco de Brito, e o inquiridor Pedro de Moura, comigo tabelião perguntou às testemunhas seguintes que por parte de Duarte Rodrigues Ulhoa foram apresentadas. Francisco Pinto tabelião o escrevi. T.a  item – Manoel Pacheco de Brito, Alcaide Mor desta cidade da Bahia, de idade que disse ser de 55 anos, pouco mais ou menos, testemunha a quem o dito inquiridor deu juramento dos Santos Evangelhos em que pôs a mão, e do costume nela. E perguntado ele testemunha pelo conteúdo na petição do suplicante Duarte Rodrigues Ulhoa, disse que bem conhecera na vila de Ourique o Licenciado Francisco Rodrigues Raposo, pai do suplicante o qual na dita vila sempre foi tido e havido por cristão velho, e homem nobre, e como tal se lhe tratavam, e ele testemunha o viu servir na dita vila de Juiz Ordinário na dita vila de Ourique, e que sabe ele testemunha que o suplicante é filho legítimo do dito Licenciado Francisco Roiz Raposo, e por tal foi sempre tido e havido por todos, [ ] Francisco Pinto tabelião o escrevi. [ ] lhe encarregou o Bispo Inquisidor Geral Dom Fernão Martins Mascarenhas certas coisas de importâncias, e de segredo na cidade de Faro [ ] T.a item – Gonçalo de Almeida, natural de Faro, residente nesta cidade, de idade que disse ser de 40 anos, pouco mais ou menos, [  ]. T.a item – João de Almeida Veloso, residente em casa de Manoel Pacheco de Brito, Alcaide Mor nesta cidade, de idade que disse ser de 30 anos, pouco mais ou menos, [  ] disse que há muitos anos que conhece ao suplicante, e ser morador da cidade de Faro, onde hoje tem sua família, e mora paredes meias com o pai dele testemunha, e sabe pela dita razão ser filho legítimo do Licenciado Francisco Rodrigues Raposo [  ] . E autuada a dita petição e tiradas as testemunhas atrás como dito é por parte do suplicante Duarte Rodrigues Ulhoa me foi requerido não queria mais dar testemunhas e com os ditos das tiradas lhe passasse seus instrumentos por vias na conformidade do despacho do dito Juiz, o que satisfiz. Francisco Pinto tabelião o escrevi. O qual instrumento de justificação de ditos de testemunhas eu, Francisco Pinto, tabelião público do Judicial, [  ] O Doutor Antão de Mesquita de Oliveira do Desembargo de Sua Majestade, Ouvidor Geral, e Juiz de Justificações com Alçada na relação deste Estado do Brasil, Faço saber aos que esta certidão virem que a mim me constou por fé do escrivão que esta subscreveu o instrumento do tabelião do público judicial, e notas nesta cidade do Salvador Bahia de Todos os Santos, outrossim o concerto e sinal raso junto ao dito sinal público ser tudo do dito Francisco Pinto pelo que passar a presente por mim assinada. Dada no Salvador o primeiro dia do mês de Outubro. Joam da Fonseca Peixoto  o fez por Fernão Vaz Freire, e serviam da Ouvidoria Geral e Justificações em todo este estado do Brasil por sua Majestade, ano de mil, [ deteriorado ].

 

A família teve vários de seus membros levados ao Tribunal do Santo Ofício, acusados de judaísmo, durante a Inquisição.

 

Duarte e Catarina tiveram os filhos, naturais de Faro:

1- Manoel Vaz de Gusmão.

2- Lopo Vaz Rodrigues.

3- Francisco Rodrigues Raposo.

4- Jacinto Rodrigues Ulhôa.

5- Isabel de Ulhôa.

6- Antônio Rodrigues.

7- Beatriz.

8- Beatriz.

9- Beatriz.

10- Maria Duarte, ou de Gusmão.

 

1-1 Manoel Vaz de Gusmão, tratante, casado com Ângela Ximenes, cristã velha, morador na Bahia, e tem uma menina de 1 ano (processo de Isabel de Ulhôa 11/07/1636)

1-2 Lopo Vaz Rodrigues, que também trata em açúcares, casado com Francisca Ximenes, irmã de Ângela supracitada, vive na Bahia, e não tem filhos (processo de Isabel de Ulhôa 11/07/1636).

1-3 Francisco Rodrigues Raposo, assistente no Rio de Janeiro, casado com Felipa da Mota, filha de Atanásio da Mota e de Luzia Machado - família Atanásio da Mota.

1-4 Jacinto Rodrigues Ulhôa, natural da cidade de Faro, casado com Maria Jacome, filha de Jacome Lopes, cirurgião em Lisboa, e de Felipa Nunes, que ainda vivia em Amsterdã em 1651.

          O casal morava em Leiria em 1636.

(Pesq. Fabrício Gerin)Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, Processo de Jacinto Rodrigues Ilhoa (1636)

Sessão de genealogia (11/07/1636)

Disse que se chama Jacinto Rodrigues, cristão-novo, de 37/38 anos, natural da cidade de Faro, e morador ao presente na cidade de Leiria - a seu pai chamam Duarte Rodrigues e sua mãe Catarina Gonçalves - seu avô paterno chamavam Mestre Francisco, e a avó Beatriz Rodrigues - ao avô materno chamavam Manoel Vaz e a avó Estefânia Gomes (sic) - da parte do dito seu pai não conheceu mais que um tio por nome João Fernandes, casado em Lagos com Beatriz Gonçalves, cristã-nova, e não teve filho nem filha - da parte da dita sua mãe conheceu somente três tias, a saber, Maria Gonçalves, que é viúva de Mestre Álvaro, cristão-novo, de que lhe ficou um filho por nome Antonio Fernandes Castanho; a outra se chamava Maria de Gusmão, casada com Francisco Rodrigues, não sabe se cristão-velho se cristão-novo, e tiveram duas filhas e um filho, e este se chamava João, e aquelas Leonor de Abreu e Catarina Gonçalves; e outra tia se chama Leonor Nunes, Freira por alcunha, e não foi casada - e que ele teve quatro irmãos e três irmãs, a saber, Antonio Rodrigues, que faleceu solteiro, Manoel Vaz, Francisco Rodrigues, Lopo Rodrigues, todos casado no Brasil, Francisco Rodrigues em São Vicente com Felipa da Mota, cristã-velha, e dizem que tem quatro ou cinco filhos, mas não lhes sabe os nomes, e os outros na Bahia; e o Manoel é casado com Angela Ximenes, cristã-nova, e tem uma filha a que não sabe o nome; e o Lopo Rodrigues casou há pouco tempo não sabe com quem, nem se tem já filhos; e uma sua irmã se chamava Maria de Gusmão, que faleceu sendo solteira; e outra Beatriz, que faleceu também menina; e outra irmã se chama Isabel Ilhoa, que é casada nesta cidade com Salvador Dias Lopes, cristã-novo, tratante, do quel tem um filho de oito meses por nome Jacinto, e as filhas se chamam Felipa e Catarina, aquela de cinco ou seis anos, e esta de dois ou três - e ele declarante é casado com Maria Jácome, cristã-nova, da qual tem dois filhos, a saber, Duarte, de 6 anos, e Jácome, de 4, e não foi casado outra vez, e vivia de negócio, e é cristão, batizado na Sé de Faro pelo cura Duarte Menas, e foram seus padrinhos Jorge de Horta e Ana Rodrigues

Sentença: auto-da-fé de 03/08/1636. Abjuração em forma, cárcere e hábito penitencial a arbítrio dos inquisidores, instrução na fé, penas e penitências espirituais.

 

          Após seu processo no Tribunal do Santo Ofício, Jacinto foi para Sevilha com a família, onde Maria Jacome foi presa, como também o foram seus pais e irmãs, mas não foram penitenciados.

          Jacinto faleceu por volta de 1642, quando retornava a Lisboa, com a intenção de embarcar para o Brasil. Maria Jacome então, seguiu com a família para Amsterdã, onde já se encontravam seus familiares. Já era falecida em 1651.

Foram irmãs inteiras de Maria Jacome e de Salvador Dias Lopes (ou Salvador de Leão), filhas de Jacome Lopes e Felipa Nunes:

- Marquesa Gomes, casada com o mercador Manoel Soares Ribeiro. Moradores em Antuérpia. Pais de Leonor, solteira, com 16 anos em 1651.

- Isabel de Torres, casada com mercador Manoel de Tolão, cristão novo. Moradores em Amsterdã. Não têm filhos.

 

Filhos de Jacinto e Maria:

1-4-1 Duarte de Ulhôa, com 6 anos em 1636, batizado na Igreja de São Nicolau, em Lisboa, e crismado na Sé de Leiria. Por volta de 1636, foi com seus pais para Sevilha. Após a morte de seu pai, por volta de 1642, foi para Amsterdã com sua mãe. Depois, residiu em Antuérpia. Por último, residiu na França. Retornou a Lisboa em 1651, e apresentou-se voluntariamente ao Tribunal do Santo Ofício.

ANTT Tribunal do Santo Ofício – Inquisição de Lisboa – Processo n° 30

Duarte de Ulhoa

26/06/1651. Disse que haverá quinze anos pouco mais ou menos que em companhia dos ditos seus pais se ausentou deste Reino para a cidade de Sevilha, onde residiu seis ou sete anos, no fim dos quais o dito seu pai voltou a este Reino com intento de se embarcar para o Brasil, ou alguma outra conquista, e falecendo na viagem tendo a dita sua mãe notícia de sua morte, se passou com ele confidente à cidade de Amsterdam, e logo que foi nela e comunicou com alguns Portugueses que ali assistem se declarou por pública professante da Lei de Moisés, e como tal costumava na sinagoga pública na forma em que o costumam fazer. E logo procurou persuadir a ele confitente que a crença da dita Lei boa para a salvação da alma, e não a da Lei Evangélica em que ele se então cria como bom e verdadeiro católico, sem ter notícia alguma das coisas da dita Lei de Moisés, dizendo mais a dita sua mãe a ele confitente que quisesse apartar-se de nossa santa fé e passasse à crença da dita Lei que ela dita sua mãe seguia para o dito efeito da salvação de sua alma, e então ele confitente induzido com o ensino e persuasão da dita sua mãe, tendo para si que o que esta lhe disse era certo, e que a crença da dita Lei de Moisés era boa para a salvação, se apartou de nossa santa fé católica e se passou à crença da dita Lei de Moisés tendo para si que era boa para a salvação da alma que nela se havia de salvar, e assim o declarou à sua mãe dizendo-lhe que queria ser judeu como ela lhe havia persuadido= E poucos dias depois, por ordem da dita sua mãe, foi circuncidado com os ritos e cerimoniais judaicos, e dali em diante continuou na Sinagoga como os mais judeus públicos achando-se com eles em todos os atos em que costumam concorrer por observância da Lei de Moisé, o que passou haverá sete anos, pouco mais ou menos= E continuando ele confitente na dita crença e assistência da Sinagoga por tempo de quatro anos, pouco mais ou menos, no fim deles falou o caso com Religioso Irlandês, e com o que este lhe disse acerca da religião que seguia veio a entrar em dúvida acerca da verdade deles, e depois alguns dias se resolveu ele confitente em que a dita Lei de Moisés não era boa, e que ele confitente para a salvação de sua alma se devia reduzir à nossa santa fé católica= Que deste intento por lhe não ser fácil pô-lo em execução na dita cidade de Amsterdã, se passou à de Anvers, onde residiu coisa de dois anos e meio, no fim dos quais se passou à França, e ultimamente deste Reino, e logo que ontem chegou ao porto desta cidade pediu a um capitão que chegou a bordo e disse ser familiar deste Santo Ofício, que o guiasse a esta Mesa como com efeito o veio apresentar nela= E que por estar muito arrependido de haver deixado nossa santa fé e ter em efeito judeu pelo modo que tem declarado, e muito certo que só na Lei Evangélica é segura a salvação pede com muita instância a admissão ao grêmio e união da Igreja Católica, e declara que comprova todas as penitências que lhe forem impostas para bem de sua alma foi lhe dito que procure dar muitas graças a Deus Nosso Senhor pela grande mercê que lhe fez em o trazer o verdadeiro conhecimento dos erros em que viveu e lhe dar Luz para procurar o remédio necessário para sua alma acudindo a este Santo Ofício e que sendo por certo como verdadeiramente é que só na crença de nossa Santa Fé é segura a salvação procure persistir nela muito firmemente sem admitir jamais erro em contrário porque além de (...) para bem da alma dele confitente se fizesse contrário seria castigado como o devem ser os que cometem semelhante culpa= E que para se deferir ao que pede continue nesta Mesa os dias de despacho, e examine a consciência muito bem para declarar o mais que se lembrar, e todas as pessoas com que comunicou os ditos erros, e de que tem notícia que sendo cristãos batizados vivem apartados de nossa santa fé porque é obrigação dele confitente declará-lo nesta Mesa (...) (...) Bento Osório, mercador português, não sabe de que lugar deste Reino é natural, e representa idade de 60 anos, casado com portuguesa (...) (...) João da Paz de Azevedo, que diziam ser natural desta cidade, viúvo não sabe de quem, e será de idade de 60 anos=Abrahão Del Prado, que residiu um tempo em Itália donde veio para a dita cidade de Amsterdã, não sabe de que lugar deste Reino é natural, o queal será de idade de 65 anos e não lhe sabe o nome de católico= Duarte Faro, português não sabe de que lugar deste Reino é natural, mercador, de idade de 70 anos, casado, não lhe sabe o nome da mulher o qual é homem muito alto de corpo= Manoel e Afonso de Tovar, portugueses irmãos naturais do Algarve não sabe de que lugar ambos casados, e lhe parece que as mulheres sejam nascidas em França, que também são judias públicas, e são mercadores. Afonso de Tovar será de 35 anos, e é o mais moço (...)= Jacob Del Monte, do qual não sabe o nome de católico, mercador de idade de 44 anos, casado com uma francesa de quem não sabe o nome= Guilhán Del Sotto, português de nação que lhe parece ser nascido em França, ou Espanha, mercador de idade de 50 anos, e lhe parece que é irmão ou cunhado do dito Jacob Del Monte, casado com uma portuguesa= Gil Lopes Pinto, português, e lhe parece que é natural desta cidade mercador que assistiu muito tempo em Anvers, e agora vive em Roterdã, que será de 80 anos, casado com Dona Sara de Brito, digo Pinto, portuguesa, os quais têm quatro filhos nascidos todos em Anvers, que se chamam Manoel Alveres Pinto, André Alveres Pinto, e aos outros dois não sabe os nomes, os quais são casados, o dito Manoel Alveres Pinto com Rachel de Pinto, portuguesa, nascida em Anvers. André Alveres Pinto casado com Dona Reficá, portuguesa não sabe de que lugar(...)= Fulano Viegas, e lhe parece que em judeu se chama Abrahão, ou Daniel Viegas, e vive em Roterdã, corretor português, não sabe de que lugar, e será de 50 anos, casado não sabe com quem= Francisco Gomes, português, e de alcunha lhe chamam o Príncipe, e lhe parece que é nascido em Lisboa de 50 anos, pouco mais ou menos, e lhe parece que é viúvo, e vive em Amsterdã, mercador= André Nunes, português, e lhe parece que é do Alentejo, não sabe de que lugar, que em nome de judeu se chama Isac Vermont, de 40 anos de idade, casado com uma irmã de João Ilhán, português, mercador, e vivem em Amsterdã.= Cristóvão Nunes, irmão do dito André Nunes, que lhe parece em nome de judeu se chama Jacob Vermont, casado não sabe com quem, mercador, e vive em Amsterdã= Diogo de Castro, português não sabe de que lugar, de 24 ou 25 anos, solteiro, filho natural segundo seu parecer de Gaspar Rodrigues Passarinho, e é nascido neste Reino, ou no de Espanha, e vive em Amsterdã, e é mercador.= Francisco Vaz Isidro, português não sabe de que lugar, não lhe sabe o nome de judeu, casado com uma portuguesa a que não sabe o nomee será de 60 anos, mercador em Amsterdã = (...) João Guilhán, português, não sabe de que lugar, e viveu em Amsterdã, e que fora casado com uma filha do Doutor Paulo Gomes, médico, e será de 30 anos de idade.= Paulo Gomes, doutor em medicina, o dito também é público professor da Lei de Moisés, e vive em Amsterdã, português, e lhe parece que é do Alentejo, e será de 80 anos, casado, não sabe o nome da mulher, e é portuguesa.= Fernão d’Alveres Gomes, português, e me parece que é de junto à fronteira, mercador em Amsterdã, que será de 30 anos, casado com uma mulher nascida em Amsterdã.(...) (...) Disse que logo ele confitente chegou na cidade de Amsterdã que haverá sete anos ou oito, mais ou menos, viu visitar a mãe dele confitente Salvador de Leão, irmão da mesma, o qual é morador na dita cidade de Anvers, e é natural desta cidade, e de intento com que ele foi persuadir a mãe dele confitente e seus irmãos se circuncidassem, e que em companhia dele dito Salvador de Leão se passassem todos a viver a dita cidade de Anvers, onde poderão ser judeus na crença, porém era necessário viverem com exterior de católicos(...) Disse mais que haverá dois anos e meio, pouco mais ou menos, se achou ele confitente na dita cidade de Anvers, com Manoel Mendes de Avelar, corretor de câmbios, que será de 56 anos, casa do com Isabel de Espinosa, portuguesa, que lhe parece nasceu em Flandres, ou na Província de Brabante, ou em alguma dos estados de Holanda (...) (...) Disse mais que a mulher do dito Salvador de Leão, tio dele confitente, (...) se chamava Esther de Avelar, e é irmã do dito Manoel Mendes de Avelar (...) que a dita Esther de Avelar não tinha nome de católica porque devia nascer em Holanda. Disse mais que haverá ano e meio, pouco mais ou menos, se achou ele confitente na dita cidade de Anvers, em casa de Manoel Mendes, com este e com o Licenciado Garcia de Ulhoa, advogado, natural deste Reino, não sabe de que lugar, (...) (...) e o dito Licenciado é viúvo, não sabe de quem. Disse mais que o dito Licenciado tinha um filho por nome Dom Fernando, que será de 22 anos, solteiro, nascido em Espanha, não sabe ao certo em que lugar, que lhe parece que em Madrid, o qual era também tido e havido por judeu (...) disse mais que haverá ano e meio, pouco mais ou menos, que achando-se na dita cidade de Anvers, e com Antônio de Castro Lopes, natural deste  Reino, não sabe de que lugar, o qual da cidade de Sevilha donde foi morador se passou à de Anvers, e representava 42 anos de idade, casado com uma sevilhana(...) (...) que na ocasião em que circuncidaram a ele confitente, circuncidaram também Jacome de 12 anos, e tomou por nome de Isidro, ou de Isac, e Salvador de 5 ou 6 anos, e lhe puseram por nome de Isidro, ou de Jacob, irmãos dele confitente, eque quando circundaram a ele confitente lhe puseram em nome de judeu o de Abrahão, e que os ditos seus irmãos estão também professando a crença da Lei de Moisés, e continuando na Sinagoga de Amsterdã, onde vivem em companhia de sua avó materna Felipa Nunes, viúva de Jacome Lopes, que foi cirurgião e viveu nesta cidade, e é também público professora da dita Lei de Moisés(...) (...) Disse que se chama Duarte de Ulhoa, que é natural desta cidade, cristão novo, de idade de vinte e dois anos, e que quando o circuncidaram lhe puseram nome Stabram de Ulhoa; Que seus pais se chamaram Jacinto Rodrigues Ulhoa, e Maria Jacomes, e que ambos são defuntos; E que o senhor seu pai era natural do Algarve, e não sabe de que lugar é a dita sua mãe desta cidade; Que seus  avós paternos se chamaram Duarte Rodrigues Ulhoa, e Catarina Gonçalves, e que não sabe donde foram naturais; Que seus avós maternos se chamaram Jacome Lopes, que foi cirurgião nesta cidade, e Felipa Nunes, que ainda vive na cidade de Amsterdam; Que por via do dito seu pai não ouviu nomear mais que dois tios e uma tia, a saber Manoel Vaz de Gusmão, Lopo Rodrigues e Isabel de Ulhoa; E que ouviu dizer que o dito Manoel Vaz de Gusmão viveu no Brasil, e que foi casado não sabe com quem, nem se tem filhos, e que o dito Felipe, digo, Lopo Rodrigues ouviu também dizer que vivera no Brasil, e que ali fora casado, mas não sabe com quem, nem se houve filhos, e que a dita Isabel de Ulhoa é defunta e foi casada com Salvador de Leão, residente em Anvers, e de quem tem dito de que nasceu Jacinto Rodrigues ou de Leão, que será de quinze ou dezesseis anos, ainda solteiro, e que vive com o dito seu pai. Que por via da dita sua mãe teve um tio e duas tias, a saber o dito Salvador de Leão, Marquesa Gomes, e Isabel de Torres, e que a dita Marquesa Gomes é casada com Manoel Soares Ribeiro, mercador que não sabe de que nação é, e vive em Anvers; e tem uma filha por nome Leonor que será de idade de dezesseis anos, ainda solteira; e que a dita Isabel de Torres é casada com Manoel de Tolão, cristão novo, mercador, e morador em Amsterdam, e não tem filhos. Que ele declarante é solteiro e não tem mais irmãos que Jacome, e Salvador de quem tem dito em suas confissões; que é cristão e batizado e o foi na Igreja de São Nicolau desta cidade, pelo Padre Manoel Rabelo, cura da dita igreja, e foi seu padrinho o dito Salvador de Leão, ou Salvador Dias Lopes como neste Reino se chamava. Que também é crismado e o fez na Sé de Leiria e lhe parece que o foi pelo Bispo Pero Barbosa, e foi seu padrinho, segundo sua lembrança, Félix da Silva; Que depois que teve uso de razão assistia na igreja aos ofícios divinos e fazia as mais obras de cristão principalmente nos anos em que assistiu em Sevilha, e em alguns deles comungou, tudo antes de se passar à Holanda, e se passar à crença da Lei de Moisés. E logo foi mandado por de joelhos que se benzesse e dissesse as orações e posto de joelhos se persignou e disse as orações do Padre Nosso, Ave Maria, Credo e Salve Rainha, e os Mandamentos da Lei de Deus, e da Santa Madre Igreja. E posto que teve princípios de estudo de latinidade, lhe esqueceram e que não tomou ordens, e que depois que saiu deste Reino da idade que já declarou, assistiu em Sevilha, Amsterdam e Anvers, nos tempos conteúdos em sua confissão. E que em Sevilha tratava com pessoas católicas porque ainda naquele tempo não tinha notícia das coisas da Lei de Moisés, e que depois que foi em Amsterdam e se declarou por professor da dita Lei tratou com os professores dela assim nas sinagogas como fora delas. E que nunca teve outro negócio no Santo Ofício, e que o dito seu pai foi penitenciado por esta Inquisição conforme ouviu dizer, e que a dita sua mãe foi presa na Inquisição de Sevilha, e as ditas suas tias Marquesa Gomes e Isabel de Torres e o dito seu avô Jacome Lopes, e sua avó Felipa Nunes, porém que nenhuma delas fora penitenciada. Perguntado que causa teve ele réu para vir embora a este Reino deixando a companhia de seus parentes e as comodidades que com ocasião dela poderá alcançar, e se o seu intento como diz foi só reduzir-se à nossa Santa Fé, porque não acudiu ao Bispo de Anvers que mais brevemente poderia prover dele réu do remédio necessário admitindo-o ao grêmio e união da Igreja Católica Romana se julgasse que estava ele réu capaz deste benefício. (...)Não há contra este réu mais culpas que sua confissão. Requeiro que por ela seja castigado na forma de estilo com custas. Lx.a 30 de Junho 1651. Sentença: penas e penitências espirituais.

 

1-4-2 Jacome, com 4 anos em 1636. Morava com a avó materna em Amsterdã.

1-4-3 Salvador, com 5 ou 6 anos quando foi circuncidado. Morava com a avó materna em Amsterdã.

 

1-5 Isabel de Ulhôa, nascida por volta de 1600, batizada na Sé de Faro, casada com Salvador Dias Lopes, ou Salvador de Leão, nome que assumiu após deixar Portugal, filho do cirurgião Jacome Lopes e de Felipa Nunes. Irmão da Maria Jacome supracitada.

          Foram moradores em Lisboa, na Rua das Mudas. Isabel de Ulhôa foi presa em 1636, e foi sentenciada em 1637, com excomunhão, confisco de bens, e relaxada à justiça.

          Salvador de Leão casou 2ª vez com Esther de Avelar, e morava em Antuérpia em 1651.

(Pesq. Fabrício Gerin)Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, PROCESSO DE ISABEL ULHÔA (1636-1637)

Sessão de Genealogia (11/07/1636)

Disse que se chamava Isabel Ulhoa, cristã-nova, de 31 anos, natural de Faro e moradora nesta cidade há 10 anos - seu pai se chama Duarte Rodrigues, natural de Ourique, boticário - sua mãe Catarina Gonçalves, natural de Faro, de onde ambos eram moradores, cristãos-novos - da parte do dito seu pai se chamavam seus avós Mestre Francisco, médico, natural de Alter do Chão, e Beatriz Rodrigues, natural de Beja, e ambos moradores em Ourique - da parte da dita sua mãe se chamavam seus avós Manoel Vaz, boticário, natural da cidade de Faro, e Beatriz Dias, também daí natural, onde eram moradores - da parte do dito seu pai teve tios, a saber, João Fernandes, médico, casado com Beatriz Gonçalves, não sabe se cristã-velha se nova, natural de Lagos, onde ambos eram moradores, e não tiveram filhos; Afonso Rodrigues, tratante, casado com uma mulher de Ourique, a quem não sabe o nome, e aí eram moradores, e não tiveram filhos; outro irmão João Rodrigues, que vivia de sua fazenda, casado com Simoa Rodrigues, não sabe se cristã-velha, se nova, natural de Ayamonte, e viviam na cidade de Faro, e tiveram uma filha que faleceu de pouca idade; Beatriz Dias, que faleceu sendo solteira de 21 anos - e que ela teve tios da parte da dita sua mãe, a saber, Lopo Vaz, que fazia viagens a Cabo Verde, e lá faleceu, e casou não sabe com quem, e não teve filhos; João Vaz, que se meteu frade em São Francisco nas Índias de Castela há muitos anos, não sabe se é vivo se morto; Antonio Vaz, que faleceu sendo estudante em Coimbra, de idade de 18 anos; Maria Gonçalves, e foi casada com um cirurgião por nome Mestre Álvaro, sobrinho do médico que houve nesta cidade, e chamavam Manoel Fernandes de Moura, e tiveram dois filhos, a saber, Manoel, que faleceu de dois anos, e Antonio Fernandes Castanho, casado com Beatriz Mendes, e é médico, morador na cidade de Faro; Maria de Gusmão, casada com Francisco de Abreu, boticário, morador na dita cidade de Faro, e tiveram cinco filhos, a saber, Manoel, que faleceu de três anos, Salvador, que também faleceu de pouca idade, e João, de 16 anos, solteiro, que ficava na dita cidade de Faro com seus pais, Leonor de Abreu, solteira, de 21 anos, Catarina de Abreu, ou Gonçalves, também solteira, de 20 anos; outra tia se chama Leonor Nunes, mulher que nunca casou, de 50 anos, moradora na dita cidade de Faro - e que ela teve nove irmãos, a saber, Francisco Rodrigues, assistente no Rio de Janeiro, em São Paulo, casado com Felipa de Mota, cristã-velha, e tem quatro filhos, a saber, Catarina Gonçalves, casada com um homem a que não sabe o nome, daí natural, Isabel, de 10 anos, Jacinta, de 8 anos, Maria, de 6, Antonio, de 4; outro irmão, Manoel Vaz de Gusmão, tratante, casado com AngelaXimens, cristã-velha, morador na Bahia, e tem uma menina de 1 ano; outro irmão Lopo Vaz, que também trata em açúcares, casado com Felipa Ximens, e vive na Bahia, e não tem filhos; outro irmão Jacinto Rodrigues, almoxarife da daque (?) de Caminha, casado com Maria Jácome, cristã-nova, irmã do marido dela confitente, e tem dois filhos, Duarte, de 4 anos, e Jácome, de 3, e vivem em Leiria; Antonio, que também era seu irmão, faleceu de 18 anos, solteiro; outra irmã Beatriz, que faleceu de 1 ano; outra irmã Beatriz também, que morreu de 11 anos; outra Beatriz também, que morreu de 11 meses; e Maria Duarte, que faleceu de 15 anos - e que ela é casada com Salvador Dias Lopes, cristão-novo, tratante, ainda que se não afirma se é cristão-novo, e vivem nesta cidade, na Rua das Mudas, e dele tem quatro filhos, a saber, Jácome, que faleceu de 2 meses, Felipa, de 4 anos, Catarina, de 2 anos, e Jacinto, de 7 meses - e que é cristã, batizada na cidade de Faro, na Igreja da Sé, pelo Doutor Mena, e foram seus padrinhos Baltazar Baralho, cônego da Sé da dita cidade, e não teve madrinha

Sentença: auto-da-fé de 11/10/1637. Excomunhão maior, confisco de bens, relaxada à justiça.

 

1-5-1 Jacome, que faleceu de dois meses.

1-5-2 Felipa, de 4 anos em 1636.

1-5-3 Catarina, de 2 anos em 1636.

1-5-4 Jacinto, de sete meses. Jacinto Rodrigues, ou de Leão, com quinze ou dezesseis anos em 1651, que vivia em companhia de seu pai na cidade de Antuérpia.

 

1-6 Antônio Rodrigues, falecido aos 18 anos.

1-7 Beatriz, faleceu de 1 ano.

1-8 Beatriz, faleceu de 11 anos.

1-9 Beatriz, faleceu de 11 meses. Pode ser a que foi batizada em Faro, aos 16-06-1607, tendo por padrinho o Cônego Diogo Lopes.

Arquivo Distrital de Faro. Sé de Faro. Aos 16/06/1607, eu o P.e Mena de Almeida Cura da Sé batizei a Brites, filha de Duarte Roiz., boticário, e de Catarina Gonçalves. Foi padrinho o Cônego Diogo Lopes, apresentou Leonor Vaz. O P.e Mena de Almeida.

1-10 Maria Duarte, ou Maria de Gusmão, falecida aos 15 anos.

 

1-n Segue um assento de batismo de um filho de Duarte Rodrigues e Catarina Gonçalves, onde não consta o nome da criança:

Aos 21/04/1609, [sem nome] filho de Duarte Roiz, boticário, e de Catarina Gonçalves. Foi padrinho Manoel Gomes. Apresentou Leonor Vaz. 

 

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Francisco Rodrigues Raposo

 

 

Filhos de Francisco Rodrigues Raposo e Beatriz Rodrigues, irmãos de Duarte Rodrigues de Ulhôa citados nos depoimentos de seus filhos Jacinto e Isabel de Ulhôa.

 

2- João Fernandes, médico, casado com Beatriz Gonçalves, natural de Lagos, onde ambos eram moradores, e não tiveram filhos.

3- Afonso Rodrigues, tratante, casado com uma mulher de Ourique, onde eram moradores, e não tiveram filhos.

4- João Rodrigues, que vivia de sua fazenda, casado com Simoa Rodrigues, natural de Ayamonte, e viviam na cidade de Faro. Tiveram uma filha que faleceu de pouca idade.

5- Beatriz Dias, que faleceu solteira aos 21 anos.

 

 

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Manoel Vaz

 

 

Irmãos de Catarina Gonçalves, filhos de Manoel Vaz, boticário e Estefânia Gomes (ou Estevinha Gomes, ou Beatriz Dias), citados nos depoimentos supramencionados:

 

I- Lopo Vaz, que fazia viagens a Cabo Verde, e por lá faleceu. Foi casado, mas não teve filhos.

II- João Vaz, que se meteu frade em São Francisco, nas Índias de Castela. Não sabem se é vivo.

III- Antônio Vaz, falecido aos 18 anos, enquanto estudante em Coimbra.

IV- Maria Gonçalves, casada com o cirurgião Mestre Álvaro, e tiveram 2 filhos:

IV-1 Manoel, falecido aos 2 anos.

IV -2 Antônio Fernandes Castanho, médico, casado aos 16/09/1622 com Beatriz Mendes, filha de Estêvão Roiz e de Francisca Duarte. Moradores em Faro. Brites Mendes foi presa pela Inquisição em 13/07/1632. (PT/TT/TSO-IE/021/00590).

Arquivo Distrital de Faro. Sé de Faro, livro de matrimônios 1605/1640. Aos 16/09/1622, Antônio Fernandes Castanho, filho de Álvaro Fernandes e de Maria Gonçalves, com Brites Mendes, filha de Estêvão Roiz, mercador, e de Francisca Duarte, todos da freguesia da Sé. Testemunhas: João Roiz de Moura, Manoel Nunes de Moura, Antônio Tovar de Miranda, e Custódio Mendes.

 

V- Maria de Gusmão, casada aos 28/10/1609 com Francisco Rodrigues de Abreu, boticário, filho de Salvador Roiz e Leonor Fernandes, naturais da vila de Avis. Moradores em Faro.

Arquivo Distrital de Faro. Sé de Faro, livro de matrimônios 1605/1640. Aos 28/10/1609, Francisco Rodrigues de Abreu, boticário, filho de Salvador Roiz e de Leonor Frz, naturais da vila de Avis, com Maria de Gusmão, filha de Manoel Vaz e de Estevinha Gomes, naturais desta cidade e da freguesia da Sé. Testemunhas: Licenciado Gaspar Dias Batista, o P.e João Fernandes sacristão, e o Licenciado Tenório.

V-1 Manoel, batizado aos 14/07/1614, tendo por padrinhos Belchior Veloso do Amaral e Branca Lopes. Faleceu aos 3 anos.

ADF. Aos 14/07/1614, Manoel, filho de Francisco Roiz boticário, e Maria de Gusmão. Padrinhos: Belchior Veloso do Amaral e Branca Lopes. Apresentou Maria L.ço

V-2 Salvador, batizado aos 26/06/1616, tendo por padrinho Francisco Lopes, mercador. Faleceu de pouca idade.

ADF. Aos 26/06/1616, Salvador, filho de Francisco Roiz boticário, e Maria de Gusmão. Padrinho: Francisco Lopes, mercador. Apresentou Maria L.ço

V-3 João, batizado aos 22/02/1618, tendo por padrinhos Vicente Leitão e Mariana de Paiva. Morava com seus pais em Faro.

ADF. Aos 22/02/1618, João, filho de Francisco Roiz, boticário, e Maria de Gusmão. Padrinhos: Vicente Leitão e Mariana de Paiva. Apresentou Maria L.ço

V-4 Leonor, batizada em Faro aos 14/10/1610, tendo por padrinhos Marcos Roiz, mercador, e Ignez Nunes. Leonor de Abreu, solteira. (Presa pela Inquisição em 27/03/1634. PT/TT/TSO-IE/021/3119)

ADF. Aos 14/10/1610, Leonor, filha de Francisco Roiz boticário, e Maria de Gusmão. Padrinhos: Marcos Roiz mercador, e Ignez Nunes. Apresentou Maria Lourenço. 

V-5 Catarina, batizada em 1º/02/1612, tendo por padrinhos Duarte Roiz e Isabel Paes. Catarina de Abreu, ou Gonçalves.

ADF. Ao 1°/02/1612, Catarina, filha de Francisco Roiz boticário, e Maria de Gusmão. Padrinhos: Duarte Roiz, e Isabel Paes. Apresentou Maria L.ço.

 

VI- Leonor Nunes, de 50 anos em 1636. Solteira, e moradora em Faro.