PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Família “Villela”, neste site.
TERESA VILLELA DO ESPÍRITO SANTO
Inventário
Museu Regional de São João del Rei
Tipo de Documento: Inventário
Ano: 1807
Caixa: 81
Nº de Páginas: 78
Inventariada: Teresa Villela do Espírito Santo
Inventariante: João Alves de Figueiredo
Local: São João del Rei
Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Alda Câmara Bueno de Moraes
fls. 01
Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Dona Theresa Villela do Espírito Santo de quem é viúvo Inventariante e Testamenteiro seu marido o Alferes João Alves de Figueiredo
Data: 04-08-1807
Local: Fazenda do Capitão José Alves de Figueiredo denominada o Ribeirão de São Pedro do Paraíso, Aplicação da Capela de Nossa Senhora das Dores do Pântano, Freguesia das Lavras do Funil Termo da Vilas de São João del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes, em casas de morada do Alferes João Alves de Figueiredo, viúvo.
fls. 01v. - Declaração
(...) declarou falecer a sua dita mulher no dia quatorze de Outubro do ano pretérito de mil oitocentos e seis com seu Testamento (...).
fls. 02v. Testamento
Em nome de Deus Amém.
Saibam quantos este público Instrumento de Testamento virem que sendo no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e seis, nesta Fazenda do Paraíso, aos dez de Setembro eu Theresa Villela do Espírito Santo, casada com o Alferes João Alves de Figueiredo, estando em meu perfeito juízo e entendimento que Nosso Senhor me deu e doente de cama, temendo-me da morte e desejando por a minha alma no caminho da salvação faço o meu Testamento na forma seguinte:
(.........)
Declaro que sou natural da Freguesia da Conceição de Aiuruoca, filha legítima de Domingos Villela e Maria do Espírito Santo, e sou casada, de cujo matrimônio tenho meus filhos que são meus herdeiros necessários nas partes que lhes tocam e só a minha terça disponho na forma seguinte:
Peço e rogo ao meu marido o Alferes João Alves de Figueiredo por serviço de Deus queira ser meu Testamenteiro em primeiro lugar; em segundo lugar a meu filho Manoel Alves de Figueiredo e em terceiro lugar a meu sobrinho Joaquim Alves de Figueiredo.
Declaro que de minha terça se dará a minha filha Ana, cem mil réis quando ela tomar estado ou for emancipada.
Declaro que meu testamenteiro aprontará a custa de minha terça os papéis de casamentos de quatro órfãos que se estão criando em casa da viúva Maria Angélica quando eles tiverem e forem capazes para se casar e não se casando as filhas a nada ficará responsável o meu testamenteiro; e a minha afilhada filha de meu compadre Joaquim Saraiva o meu testamenteiro fará o mesmo que determino as órfãs acima.
(.........)
Declaro que o resto da minha terça se repartirá igualmente por todos os meus filhos (...).
(.........)
Declaro que quero ser enterrada na Capela de Nossa Senhora das Dores do Pântano, aliás, das Dores, e amortalhada em o Hábito de Nossa Senhora do Monte do Carmo (...)
(.........)
(...) pedi e roguei ao Padre Manoel Silveira Teixeira que este fizesse (...).
Dona Teresa Villela do Espírito Santo
fls. 03v. - Filhos:
01- Manoel Alves de Figueiredo, solteiro, de idade de trinta anos.
02- Dona Inocência, casada com Joaquim Alves de Figueiredo.
03- Dona Ana, solteira, de idade de vinte anos.
04- Dona Maria, casada com João Fernandes.
05- Dona Mariana, casada com Luís Moreira da Costa
06- Dona Theresa, solteira, de idade de dezesseis anos.
07- João Alves, solteiro, de idade de quinze anos.
08- José Alves, solteiro, de idade de onze anos.
09- Dona Vitória, de idade de sete anos.
fls. 07v. - Bens de Raiz
- uma fazenda de cultura e campos de criar situada no Sapucaí do Aguapé Freguesia das Lavras do Funil, sem benfeitoria alguma, mas sim com um monjolo e uma casa de capim com seu quintal com arvoredos de espinho que parte com o Tenente João Pinto de Magalhães e com Francisco José da Silva, Antonio Pinto e com o Rio Grande 2:400$000
- uma casa de vivenda com paiol, engenho de cana e mais pertences nesta fazenda do Ribeirão de São Pedro do Paraíso que está em terras do Capitão José Alves de Figueiredo 400$000
Dividas Ativas
- Antonio Joaquim Ferreira 1$800
- Capitão Antonio Carvalho de Azevedo 4$800
- João Rodrigues Gondim 10$000
- Francisco Antonio Pereira 3$600
- Antonio José da Silva Paes 3$600
- Francisco Rodrigues Carapina 2$000
- José Rodrigues Gondim 3$900
- Alferes Mathias Luís Garcia 42$000
- Francisco José da Silva, no Serrote 10$000
fls. 08v - Dividas Passivas
- João Antonio 985$620
- Antonio de Souza 214$834
- Reverendo Manoel Silverio Teixeira 176$249
- Antonio Rodrigues Lima 28$000
- Joaquim Fernandes 16$800
- João de Tal 15$900
- José Vilas Boas 10$800
- Reverendo Manoel Silveira 60$600
- à Fabrica 12$600
- cofre de Nossa Senhora das Dores 48$600
- José Gonçalves Pinto 12$000
- Manoel Gomes 3$600
Monte Mor 9:977$616
Certifico que no Livro 6º de Casamentos a folha 23 se acha o Assento do teor seguinte:
Aos dezessete de Agosto de mil oitocentos e dezesseis anos, na Freguesia do Douradinho, no Bispado de São Paulo, com licença do Reverendo Vigário das Dores deste Bispado onde era paroquiano o contraente José Francisco Morato, cometida ao Vigário daquela Freguesia Luís Gomes Oliveira se receberam por palavras de presente Luís Moreira da Costa, filho legítimo do Capitão Manoel Moreira da Costa e Maria Correia da Estrela, nascido e batizado e morador nesta Freguesia e Mariana Clara de Figueiredo, filha legítima do Alferes João Alves de Figueiredo e Thereza Villela, nascida e batizada nesta mesma freguesia, e moradora naquela das Dores, e lhes deu as bênçãos nupciais sendo testemunhas o Padre Teodoro José Rodrigues e Antonio José, o que se me fez constante por documentos e sendo estes contraentes impedidos por afinidade ilícita de primeiro e segundo grau julgou-se no Juízo da Vila de Baependi falsos os impedimentos e que para constar fiz este Assento com essa mesma explicação e me assino.
O Vigário José de Abreu e Silva
Não contem mais
Aiuruoca 8 de Junho de 1817
O Vigário José de Abreu e Silva