PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

Família “Lopes de Siqueira” Cap. 10º, neste site.


MANOEL ANTONIO DE SOUZA

Inventário

 

Museu Regional de São João del Rei

Tipo de Documento: Inventário

Ano: 1773

Caixa: 498

Inventariado: Manoel Antonio de Souza

Inventariante: Escolástica Lopes de Siqueira

Local: São João del Rei

Nº de Páginas: 70

Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Moraes Junqueira

 

fls. 01

Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Manoel Antonio de Souza casado que foi com Escolástica Lopes de Siqueira e testamenteiro dativo o Test.ro atual deste Juízo.

Data: 22-09-1773

Local: Fazenda e sítio chamado o Tijuco do Termo da Vila de São João del Rei, Comarca do Rio das Mortes onde morava o falecido Manoel Antonio de Souza.

 

fls. 01v. - Declaração:

Declarou a inventariante que o dito seu marido havia falecido com seu solene testamento pelo qual consta ser natural da Freguesia de São Pedro de Sermonde do Bispado do Porto do Conselho de Gaya, filho legítimo de Manoel João e de sua mulher Isabel Antonia (...) cujo testamento fora feito antes de se casar com ela inventariante.

 

fls. 04v. - Bens de Raiz:

- um sítio chamado o Tijuco em que vivia o defunto que se compõem de casas de vivenda cobertas de telha, com um engenho de fazer farinha e juntamente poucas árvores de espinho e matos virgens e capoeiras e campos e logradouros  900$000

 

fls. 06 - Testamento

 

Em nome da Santíssima Trindade Padre, Filho e Espírito Santo três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro.

Saibam quantos esta cédula de testamento e última vontade virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e sessenta e sete anos, aos vinte e dois do mês de Agosto do dito ano nesta cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, eu Manoel Antonio de Souza estando em meu perfeito juízo e entendimento, sem moléstia alguma, temendo-me da morte e desejando por a minha alma no caminho da salvação por não saber quando Deus será servido levar-me para si faço este meu Testamento na forma seguinte:

(........................)

Declaro que sou natural e batizado na Freguesia de [falta pedaços] Bispado do Porto do Conselho de Gaya, filho legítimo de Manoel João e sua mulher Isabel Antonia ainda vivos.

Sou solteiro e meus herdeiros quero sejam meus pais e caso sejam falecidos, instituo por meus herdeiros a meus irmãos e na falta destes ao parente mais chegado, no que lhes tocar de meus bens depois de pagas as minhas dívidas.

Peço e rogo em primeiro lugar a Lourenço Fernandes Vianna, em segundo a José Pereira Ramalho e em terceiro a Manoel de Andrade que, por serviço de Deus e, por me fazerem mercê queiram ser meus Testamenteiros.

(........................)

Meu corpo será amortalhado no hábito de meu Padre São Francisco (...).

(........................)

(...) roguei a José Caetano Maciel que este me escrevesse (...).

Manoel Antonio de Souza

 

Monte Mor - 1:807$350

 

fls. 19

Diz Isabel Antonia, como herdeira de seu filho Manoel Ant.º de Souza (...).

 

fls. 30

Diz Isabel Antonia, viúva que ficou de Manoel João, da Freguesia de Sermonde que (...) afim de haver a herança que ficou de seu filho Manoel Ant.º de Souza (...).

 

fls. 30v.

Igreja de São Pedro de Sermonde da Comarca da Frr.ª Bispado do Porto.

Manoel, filho legítimo de Manoel João e de sua m.er Isabel Antonia do lugar de Fontoura desta freguesia, nasceu aos vinte e três dias do mês de Julho do ano de mil setecentos e trinta e oito, foi batizado solenemente por mim o Padre João Alves de Oliveira da Freguesia de Perouinho, em ausência do Rdo., e como seu substituto aos vinte e seis dias do mesmo mês do dito ano e foram padrinhos Domingos, solteiro, filho de Domingos Gonçalves e madrinha Sebastiana, solteira, filha de José Pedrosa, todos do lugar de Fontoura desta Freguesia de SErmonde, de que fiz este assento.

 

fls. 31

Aos quatorze dias do mês de Outubro de mil setecentos e trinta e sete nesta Igreja de São Pedro de Sermonde, feitas as denunciações na forma do Sagrando Concilio de Trento, em presença do Reverendo Francisco Xavier da Ponte que o foi desta Igreja e das testemunhas abaixo mencionadas, se casaram com palavras de presente em face da Igreja sem se descobrir impedimento algum, Manoel João, filho legítimo de Manoel João e de sua mulher Maria Francisca do lugar de Venda Nova Freguesia de Pedroso, e Isabel Antonia, filha legítima de Domingos Gonçalves e de sua mulher Maria Antonia do lugar de Funtoura desta Freguesia, e logo lhes deram as bênçãos na forma que manda a Santa Madre Igreja. Foram testemunhas Domingos Ferreira e João do Couto, ambos desta freguesia.

 

fls. 31

Manoel João, do Outeiro da Esperela desta freguesia, faleceu da vida presente, com todos os sacramentos, aos vinte e dois dias do mês de Março do ano de mil setecentos e setenta e um; não fez testamento (...) seu corpo foi sepultado no adro desta igreja, teria oitenta anos de idade, de que fiz este assento.