PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

Família ”Manoel Antonio de Carvalho”, neste site.



MANOEL ANTONIO DE CARVALHO

e

URSULA BRANCA DE SÃO JOAQUIM

Inventários

 

Museu Regional de São João del Rei

Tipo de Documento: Inventário

Ano: 1811

Caixa: 537

Nº de Páginas: 60

Inventariado: Manoel Antonio Carvalho

Inventariante: Úrsula Branca de São Joaquim

Local: São José

Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira

 

fls. 01 - Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Manoel Antonio de Carvalho de quem é Inventariante sua mulher Úrsula Branca de São Joaquim.

Data: 12 de outubro de 1811

Local: Fazenda denominada o Corgo da Onça ou Córrego da Cachoeira, da Aplicação de Santo Antonio do Amparo, Termo da Vila de São José, em casas de morada que foram do falecido Manoel Antonio de Carvalho.

 

fls. 02 - Declaração

Que o falecido seu marido fora natural da Freguesia de Santa Maria das Virges Cova Termo de Tregueiro de Cabeceira de Basto Arcebispado de Braga, filho legítimo de Antonio Carvalho e de Maria Francisca, já falecidos, e que o dito seu marido também falecera com seu solene Testamento (...) aos dezesseis dias do mês de Fevereiro do presente ano e que somente fora casado com ela Inventariante (...).

 

Filhos:

01- Silvestre Antonio de Carvalho, casado com Maria Joaquina de Jesus.

02- João Manoel de Carvalho, casado com Luíza Maria de Moura.

03- Manoel Antonio de Carvalho, de idade de quarenta anos.

04- Úrsula Maria de Jesus, casada com Manoel Gonçalves da Costa

05- Germano Antonio de Carvalho, casado com Maria Joaquina de Jesus.

06- Alexandre Antonio de Carvalho, de idade de trinta e quatro anos.

07- Francisco Antonio de Carvalho, de idade de trinta anos.

08- Antonio José de Carvalho, de idade de vinte e oito anos.

09- José Joaquim de Carvalho, casado com Joana Theresa de Carvalho

10- Joaquim Antonio de Carvalho, de idade de vinte e sete anos.

11- José Maria de Carvalho, casado com Ana Clara de São José

12- Maria José, casada com Bernardo Pacheco de Carvalho

13- Valério Antonio de Carvalho, de idade de vinte e cinco anos.

 

fls. 06 Bens de Raiz.

- uma Fazenda denominada o Corgo da Onça ou Corgo da Cachoeira, da Aplicação de Santo Antonio do Amparo que se compõem de casas de vivenda, paiol e moinho, tudo coberto de telha e seus cercados de pedra com trinta alqueires de matos virgens (...) e cento e setenta alqueires de capoeiras (...) que de uma parte se divide com os herdeiros do falecido José de Carvalho Bastos e da outra com os herdeiros do falecido Capitão Manoel Ferreira Carneiro  1:470$000

 

Dividas Passivas

- o herdeiro Manoel Antonio de Carvalho 125$480

 

fls. 08 - Testamento

 

Em nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro em quem creio e em cuja fé protesto viver e morrer e salvar a minha alma.

Eu o Furriel Manoel Antonio de Carvalho achando-me gravemente enfermo e em perigo de vida, por não saber quando Nosso Senhor será servido levar-me da vida presente, e por desejar a salvação de minha alma, faço meu Testamento na forma seguinte:

Primeiramente nomeio por meus Testamenteiros em primeiro lugar a meu filho Manoel Antonio de Carvalho, em segundo a minha mulher Úrsula Branca de São Joaquim (fls. 08v) em terceiro a meu genro Manoel Gonçalves da Costa (...).

Declaro que sou filho legítimo de Antonio Carvalho e de Maria Francisca, batizado na Freguesia de Santa Maria de Virges Covas Termo de Tregueiro da Cabeceira de Basto, Arcebispado de Braga.

Declaro que sou casado a face da Igreja com Úrsula Branca de São Joaquim de quem tenho os filhos seguintes: Silvestre - João - Manoel - Alexandre - Antonio - José Maria - Joaquim - José Joaquim - Francisco - Valério - Germano - Úrsula - Maria José, os quais todos são meus legítimos herdeiros.

Declaro que as duas filhas Úrsula e Maria José dei a cada uma quando se casaram o valor de duzentos e cinquenta mil réis (...).

Declaro que devo ao meu filho Testamenteiro Manoel Antonio de Carvalho cento e vinte e cinco mil quatrocentos e oitenta réis que se lhe pagarão do monte da casa (...).

(.........)

Declaro que depois de pagas as minhas dívidas e despesas do meu funeral se fará amigavelmente Inventário de todos os bens do casal (fls. 09) presentes todos os meus filhos e separada a minha meação se partirá em três montes iguais, dois dos quais pertencem aos ditos meus herdeiros nos quais se repartirão igualmente e o outro monte que é a minha terça dela disponho na forma seguinte.

Meu testamenteiro dará a minha neta Maria Gonçalves, casada com José Dutra trinta mil réis.

A meu neto Manoel, filho de meu filho Silvestre dez oitavas de ouro em dinheiro que se entregará a seu pai,

A meu neto Manoel, filho de meu genro Manoel Gonçalves da Costa doze mil réis.

A meu filho Francisco em atenção ao beneficio que faz nesta casa há dois anos para cá vinte mil rés, e querendo continuar se lhe pagará na mesma forma a dez mil réis por ano por ele tão bem trabalhar para si.

(.........)

Dará mais a minha neta Maria, que tambem é minha afilhada, filha de meu filho José Joaquim cinco mil réis (...).

(.........)

Dará meu testamenteiro a meu neto e afilhado João, filho de meu filho João Manoel de Carvalho doze mil réis.

Declaro que caso sobre alguma coisa da minha terça meu Testamenteiro a repartirá igualmente por todos os meus filhos, “os mais pobres”, a saber: Silvestre José = Maria = José Joaquim = Francisco = Valério; a eles cinco se repartirá igualmente tudo o que sobrar depois de satisfeitas as minhas disposições (...).

(.........)

Meu Testamenteiro da mesma minha terça dará a minha neta e afilhada Maria Bernarda, filha de meu genro Bernardo Pacheco dez mil réis para os papéis de seu casamento.

(...) e por eu não saber ler nem escrever roguei ao mesmo Tabelião Manoel André Mendes que este meu Testamento escrevesse (...).

Ribeirão da Onça, Córrego da Cachoeira, 13 de Novembro de 1810

Manoel Antonio de Carvalho.

 

fls. 10 - Abertura

Aos dezesseis dias do mês de Fevereiro de mil oitocentos e onze (...) foi entregue este Testamento com que faleceu Manoel Antonio de Carvalho (...)

 

fls. 17 - Procuração

Procuradores Nomeados: Capitão José Garcia de Morais, Antonio José Lopes da Cruz, Tenente Manoel Jorge Ribeiro

Que Faz: Manoel Gonçalves da Costa, por cabeça de sua mulher Úrsula Maria de Jesus (herdeira do inventariado)

Local: Santo Antonio do Amparo

Data: 24 de Maio de 1811

 

Monte Mor - 3:341$850

 

URSULA BRANCA DE SÃO JOAQUIM

Inventário

 

Museu Regional de São João del Rei

Tipo de Documento: Inventário

Ano: 1814

Caixa: 236

Nº de Páginas: 36

Inventariada: Úrsula Branca de São Joaquim

Inventariante: Manoel Antonio Carvalho

Local: São José

Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira

 

fls. 01

Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Úrsula Branca de São Joaquim, de que é Inventariante seu filho e testamenteiro Manoel Antonio de Carvalho.

Data: 02 de Maio de 1814

Local: Vila de São José, Minas e Comarca do Rio das Mortes

 

fls. 02v. - Declaração:

(...) que a falecida sua mãe fora natural da Freguesia de Itabira, filha Legítima de Pedro Nunes Barreto e de Francisca Xavier Moreira e que falecera com o seu solene testamento aos cinco dias do mês de Junho do ano passado que somente fora casada com Manoel Antonio de Carvalho, já falecido, de cujo matrimônio ficaram treze filhos (...).

 

Filhos:

01- Silvestre Antonio de Carvalho, casado com Maria Joaquina de Jesus.

02- João Manoel de Carvalho, casado com Luíza Maria de Moura.

03- Valério Antonio de Carvalho

04- Manoel Antonio de Carvalho, de idade de quarenta e três anos.

05- Úrsula Maria de Jesus, casada com Manoel Gonçalves da Costa.

06- Germano Antonio de Carvalho, casado com Maria Joaquina de Jesus

07- Alexandre Antonio de Carvalho, de idade de trinta e sete anos.

08- Francisco Antonio de Carvalho, de idade de trinta e três anos.

09- Alferes Antonio José de Carvalho, de idade de trinta e um anos e casado com Dona Luiza de São José.

10- José Joaquim de Carvalho, casado com Joana Teresa de Carvalho

11- Joaquim Antonio de Carvalho, de idade de trinta  anos.

12- José Maria de Carvalho, casado com Ana Clara de São José.

13- Maria José, casada com Bernardo Pacheco de Carvalho.

 

fls. 04v. Bens de Raiz

- uma morada de casas com suas posses, no Arraial de Santo Antonio do Amparo 30$000

- no valor da Fazenda denominada o Córrego da Onça ou  Córrego da Cachoeira, com todas as declarações no Inventário que por este Juízo se fez por falecimento de seu marido Manoel Antonio de Carvalho  736$829

 

fls. 07 - Testamento

 

Em nome da Santíssima Trindade Padre Filho e Espírito Santo três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro em cuja fé protesto viver e morrer e salvar a minha alma.

Eu Úrsula Branca de São Joaquim achando-me gravemente enfermo e evidente perigo de vida, por assim o indicar minha moléstia e quase de exemplo para de já de remédio por não alcançar nenhuma melhora, antes sou cada vez a pior porque desejo a minha salvação, faço o meu Testamento na forma seguinte.

Nomeio e instituo por meus testamenteiros em primeiro lugar a meu marido o Furriel Manoel Antonio de Carvalho, em segundo a meu filho Manoel Antonio de Carvalho e em terceiro a Antonio José de Carvalho (...).

Declaro que sou filha legítima de Pedro Nunes Barreto e de Francisca Xavier Moreira, batizada na Freguesia de Itabira.

Declaro que sou casada a face da Igreja com o dito Furriel Manoel Antonio de Carvalho de cujo matrimônio tive os filhos seguintes: João - Manoel - Úrsula - Alexandre - José - Germano - Antonio - José Maria - Maria José - Valério - Francisco - Silvestre; que tivemos antes de casar Joaquim, os quais todos são meus legítimos herdeiros.

Declaro que por meu falecimento se fará amigavelmente Inventário de todos os bens do casal e pagas as dívidas que houverem da minha meação se fará três montes, dois dos quais se repartirão igualmente por todos os meus filhos acima declarados e o terceiro que é a minha terça dela disponha na forma seguinte :

(............)

Meus testamenteiro dará da minha terça doze mil réis a minha afilhada e neta por nome Isméria, filha de meu filho João Manoel.

Trinta oitavas a minha afilhada e neta por nome Maria Bernarda, filha de meu genro Bernardo Pacheco.

outras trinta oitavas a uma menina por nome Maria Teresa que eu criei que tenho em minha companhia, filha de Teresa Mendes, todas estas três esmolas meu testamenteiro dará quando elas se casarem.

Dará mais dez oitavas a meu irmão João Lourenço da Rocha ao qual da minha parte perdôo a metade do que ele nos deve.

(..........)

Declaro caso depois de satisfeitas todas as minhas disposições sobre alguma coisa da minha terça, o que sobrar se repartirá igualmente por todos os meus herdeiros.

(..........)

Pedi e roguei a Manoel André Mendes que este por mim escrevesse e como testemunha me assinasse e eu me assino com uma cruz como costumo.

Santo Antonio do Amparo, 19 de Junho de 1810

Úrsula Branca de São Joaquim

 

Aprovação:

Data: 19 de Junho de 1810

Local: Arraial de Santo Antonio do Amparo, Termo da Vila de São José, Comarca do Rio das Mortes, em casas de morada de Antonio José de Carvalho.

 

fls. 08v. Abertura:

Aos cinco de Julho de mil oitocentos e treze anos (...) me foi apresentado este Testamento com que faleceu a Testadora Úrsula Branca de São Joaquim (...).

 

fls. 14 - Procuração

Data: 21 de Julho de 184

Local: Vila de São José

Que Faz; Germano Antonio de Carvalho (filho e herdeiro da falecida)

Procuradores Nomeados: Bernardo Leite de Faria e Souza e João Antonio Ferreira da Costa (...).

 

fls. 17 - Procuração

Data: 02 de Maio de 1814

Local: Vila de São José

Que Faz: Manoel Gonçalves da Costa (genro da falecida).

Procuradores Nomeados: idem ao anterior.

 

Monte Mor - 1:617$179 1/2