PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Família “Pedro de Almeida de Oliveira”, neste site.
JOSÉ ALVES DA CRUZ
e
JOSEFA DE ALMEIDA
Inventários
Museu Regional de São João del Rei
Tipo de Documento: Inventário
Ano: 1790
Caixa: 374
Inventariado: José Alves da Cruz
Inventariante: Manoel Antonio Pereira
Local: São João del Rei
Transcrito por Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira
fls.01
Inventário dos bens que ficaram por falecimento de José Alves da Cruz de quem é testamenteiro e inventariante Manoel Antonio Pereira.
Data: 12-10-1790
Local: Vila de São João del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes
fls.01 - Declaração
E logo declarou o inventariante que o inventariado faleceu da vida presente com seu solene testamento em que declarou que era natural e batizado da Freguesia de Santa Eulalia de Guaifar da Comarca de Viana Conselho de Barcellos Termo de Albaraia de Panella, filho legitimo de João da Costa e de sua mulher Benta(?) Pereira, já defuntos [--parte danificada--].
fls.03 Testamento
Jesus, Maria e José, creio em um só Deus Uno e Trino em cuja fé protesto viver e morrer.
Eu José Alves da Cruz estando em meu perfeito juízo e entendimento, molesto de cama e por ser a morte certa e a hora incerta, faço este meu testamento na forma seguinte:
Declaro que sou natural e batizado na Freguesia de Santa Eulalia de Quaifar Comarca de Viana Conselho de Barcellos Arcebispado de Braga. Termo de Alverahia de Junella, filho legítimo de João da Costa e de sua mulher Benta(?) Pereira, já defuntos.
Declaro que sou casado com Josefa de Almeida, moradora no sítio da Cachoeira de Santa Cruz do Rio Grande, aplicado na Capela de Nossa Senhora do Rosário da Freguesia da Senhora Santa Ana das Lavras do Funil desta Comarca e desta Vila Termo do Rio das Mortes Bispado de Mariana, e de cujo matrimônio não tenho filhos e filhas e nem outro algum matura, ascendentes ou descendentes.
Instituo e nomeio por meus testamenteiros em primeiro lugar a Manoel Antonio Pereira, em segundo ao Capitão Custódio José Dias, em terceiro a Custódio José Ferreira (...).
(.................)
Ordeno que quando falecer quero ser amortalhado em um hábito preto e sepultado na Freguesia [-- parte danificada--]
(.................)
Ordeno que pagas as minhas dividas e mais despesas do funeral, do monte líquido que ficar a metade é da dita minha mulher Josefa de Almeida e a outra metade é minha da qual disponho na forma seguinte.
Declaro que um homem menor deve pedir uma esmola pra um rapaz, filho de Luzia crioula escrava do Capitão Antonio Dias Teixeira, moradores na Vila de Pitangui, cujo rapaz que ignoro o nome terá perto de quarenta anos e se acaso o dito rapaz for vivo, com conhecimento de verdade julgarem ser o mesmo para quem se pediu a esmola, meu testamenteiro dará cinquenta mil réis.
(.................)
Ordeno que meu testamenteiro dará as filhas de Domingos Gonçalves de Carvalho quando se casarem cinquenta mil réis a cada uma delas que se acham uma Felizarda e a outra Antonia.
(.................)
Declaro que satisfeitos os meus legados e pagas as minhas dividas o resto que ficar se dará a minha mulher Josefa de Almeida a quem instituo por minha herdeira de tudo o que sobejar tanto da terça como os dos mais.
(.................)
(...) roguei e pedi a Luis Dias de Almeida que este escrevesse e como testemunha assinasse (...).
Sítio da Caxoeira da Santa Cruz, 04 de Maio de 1789
Jose Alves da Cruz
Aprovação
Data: 04-05-1789
Local: na paragem chamada a Caxoeira de Santa Cruz na Aplicação de Nossa Senhora de Nazaré
fls. 05 - Abertura
Certifico que aos sete dias do mês de Maio do ano de mil setecentos e oitenta e nove abri este testamento (...) com que faleceu o testador José Alves da Cruz (...)
Bens de Raiz:
- metade de um sítio chamado a Caxoeira que se compõem de matos virgens, campos, capoeiras e suas casas de vivenda cobertas de capim e a metade de um paiol como também de um moinho todo coberto de telha 586$700
- parte de umas terras minerais tiradas pelo Guarda Mor competente nos barrancos do Rio do mesmo sítio 10$000
-parte de umas terras minerais no corgo das almas 15$000
Monte Mor 1:308$725
JOSEFA DE ALMEIDA
Inventário
Museu Regional de São João del Rei
Tipo de Documento: Inventário
Ano: 1820
Caixa: 07-12
Inventariada: Josefa de Almeida
Inventariante: José Barbosa de Almeida
Local: Vila de São João del Rei
Transcrito por Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira
fls. 01
Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Josefa de Almeida de quem é testamenteiro e inventariante o Alferes José Barbosa de Almeida.
fls. 02
Diz o Alferes José Barbosa de Almeida, testamenteiro de Josefa de Almeida , falecida em Santo Antonio da Ponte Nova do Termo desta vila (...).
fls.03 - Bens de Raiz:
- um sítio que consta de capoeiras e que levara de planta pouco mais ou menos vinte alqueires
- uma pequena parte de terras de cultura nas margens do Rio Grande que levaram vinte e dois alqueires de planta de milhos 176$000
- uma parte em um paiol 10$000
- um monjolo 1$800
fls.05 - Testamento
Em nome de Deus. amém.
Eu Josefa de Almeida, viúva, moradora nesta paragem da Caxoeira de Santa Cruz da Aplicação de Santo Antonio da Ponte Nova da Freguesia de Lavras do Funil do Termo da Vila de São João del Rei, achando-me de saúde perfeita, constante nos preceitos dos dogmas da igreja faço este meu testamento no qual nomeio por testamenteiros em primeiro lugar ao Reverendo José Ferreira da Motta, em segundo e último lugar ao Alferes José Barbosa de Almeida (...).
(...................)
Meu corpo será amortalhado em hábito preto e sepultado dentro da Capela de Nossa Senhora de Nazaré da Freguesia de São João del Rei (...).
(...................)
Deixo por esmola trinta e oito mil e quatrocentos réis a Antonia Maria de Nazaré, filha legítima de Francisco de Oliveira e de Ana Maria de Nazaré já defunta, no caso da dita tomar estado de casada, e não tomando fica privada da mencionada esmola que deixo com esta condição e então se distribuirá em missas por minha alma de esmola de seiscentos réis.
Deixo a Ana, filha legítima do Alferes José Barbosa de Almeida e de Ana Margarida da Silva, por esmola doze mil réis.
(...................)
Declaro que fui casada com José Alves da Cruz de cujo matrimônio não tivemos filhos e que sou filha legítima de Pedro de Almeida Oliveira e de Maria da Conceição já falecidos, sendo natural e batizada na Freguesia de São João del Rei e não tenho herdeiros ascendentes nem descendentes e por isso disponho de meus bens na forma que deixo relatado.
Os bens que possuo ao presente é este sítio da Caxoeira com todos os seus pertences e um escravo por nome Domingos de nação Benguela.
Instituo por meu universal herdeiro, do que sobrar depois de cumpridos os meus legados, ao meu testamenteiro que aceitar este meu testamento, se da minha terça houver sobras se distribuirá em missas por minha alma de esmola.
(...................)
(...) este escreveu João Barbosa de Almeida a meu rogo por eu não saber ler nem escrever e também assina como testemunha (...)
Sítio da Caxoeira de Santa Cruz, 12 de Maio de 1816
Josefa de Almeida
Aprovação:
Data: 17-06-1816
Local: Paragem da Cachoeira de Santa Cruz Aplicação de Santo Antonio da Ponte Nova em casas de morada da testadora Josefa de Almeida.
fls.06 - Feixo:
Testamento da testadora Josefa de Almeida moradora na Caxoeira de Santa Cruz Aplicação de Santo Antonio da Ponte Nova (...)
fls.06v. Abertura:
Aos vinte e oito de Julho de mil oitocentos e dezenove na dita Capela de Santo Antonio da Ponte Nova filial das Lavras do Funil abri este testamento com que faleceu a testadora Josefa de Almeida (...).
fls.07 - Procuração
Procuradores Nomeados: Reverendo João Ferreira Leite e Antonio Jose de Oliveira Barreto
Data: 23-08-1819
Local: Nazaré
Que Faz: Alferes Comandante de Ordenança José Barbosa de Almeida
fls.09 - Herdeiros
01- o Alferes José Barbosa de Almeida, o mesmo testamenteiro e inventariante