PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Famílias: “Souza Monteiro - Monteiro Lopes” Cap. 1º § 2º e “os Carvalho Duarte no Sul de Minas”, Cap. 10º § 3º, neste site.
MARIANA
ANTONIA DE JESUS
e
JOÃO DE SOUZA MEIRELLES
Testamentos
Museu Regional de São João del Rei
Tipo de Documento: Testamento
Ano: 1822-1823
Livro: 37 - Pág, 91 e ss.
Inventariada: Mariana Antonia de Jesus
Inventariante: Capitão João de Souza Meirelles
Local: Paragem chamada a Madrugada, Distrito do Arraial da Campanha.
Transcrito por Ângela Márcia Chaves a pedido de Bartyra Sette
Eu, Dona Mariana Antonia de Jesus, filha legítima do Capitão José Garcia Duarte e Dona Ana Maria de Carvalho, nascida e batizada na freguesia de São João del Rei e moradora nesta da Ayuruoca (...).
Nomeio para meus Testamenteiros em primeiro lugar a meu marido o Capitão João de Souza Meirelles, em segundo a meu filho o Alferes João de Souza, em terceiro lugar a meu filho José de Souza, em quarto a meu filho Manoel ---.
Darei a minha neta e afilhada Mariana, filha do Alferes João de Souza, a crioula Jacinta e assim mais o meu caixilho de ouro e mais cincoenta mil réis e deixo aos mais filhos do dito Souza, a cada um, quarenta mil réis.
Darei a cada um dos filhos de minha filha Ana, casada com o Alferes Luis Gonzaga, quarenta mil réis, a exceção de Mariana que é minha afilhada porque a esta deixo cem mil réis.
Darei a Maria filha do falecido Alferes Bento Ferreira cincoenta mil réis, a Theresa Rodrigues vinte mil réis, a José Aleixado (sic) filho de José da Fonseca dez mil réis.
Darei mais a Mariana,filha de José de Souza meu filho, cem mil réis, a meu filho Manoel deixo quatrocentos mil réis que se lhe darão em terras na fazenda do Pinhal.
Dar-se-á a minha afilhada, filha de Antonio de Oliveira Porto de nome Ana, vinte mil réis.
A doze órfãos desta freguesia em memória dos Apóstolos a cada um seis mil réis.
Dos remanescentes de minha terça instituo usufrutuário a meu marido e por sua morte passará diretamente a meus filhos em igual parte.
Sou casada com o Capitão João de Souza Meirelles de cujo matrimônio tenho filhos que são todos maiores a saber: João, José, Manoel e Ana casada com o dito Alferes Luís Gonzaga Branquinho e são estes filhos meus herdeiros.
Boa Vista da Ayuruoca, 18-05-1822
Termo de Abertura (fls. 92v.)
Certifico que falecendo da vida presente de enfermidade uterina, com todos os sacramentos e este solene testamento a vinte nove de Maio próximo Dona Mariana Antonia de Jesus (...). Aiuruoca nove de Julho de mil oitocentos e vinte e dois. o Vigário José de Abreu e Silva.
JOÃO DE SOUZA MEIRELLES
Testamento
Museu Regional de São João del Rei
Ano: 1832
Testamenteiro : João de Souza Meirelles
Local : Aiuruoca
In: BROTERO, Frederico de Barros,Memórias e Tradições da Família Junqueira
TESTAMENTO
Em nome de Deus, amem.
Eu o Capitão João de Souza Meirelles, filho legitimo de João de Souza e de Joana Meirelles, batizado na Freguesia de Sernandes, concelho de Felgueiras do Arcebispado de Braga do Reino de Portugal, achando-me avançado e anos e temendo a morte faço o meu testamento na forma seguinte:
Nomeio para testamenteiros em primeiro lugar a meu filho Alferes João de Souza Meirelles, em segundo lugar a meu filho José e em terceiro a meu filho Manoel, abono a suficiência dos mesmos terá de prêmio cem mil ris ou vintena e dará conta em dois anos.
(pedidos de acompanhamentos e missas)
Dará a meu neto José filho do Alferes Luiz Gonzaga cem mil réis.
A meu neto João, filho de João cem mil réis.
A minha neta Josefa filha de José cem mil réis.
A minha neta Ambrosina filha de Manoel cincoenta mil réis.
A Ana filha de José cincoenta mil réis.
Dará a meus filhos José e Manoel quatrocentos mil réis em terras a cada um.
Dará a minha afilhada filha de Manoel José de Barros cincoenta mil réis
Às Irmandades do Santíssimo Passos, Conceição, Almas, Boa Morte e Rosário vinte mil réis a cada uma.
A dez viúvas pobres dez mil réis a cada uma.
Declaro que fui casado com Dona Mariana Antonia de Jesus e desse Matrimonio tive filhos, João, José, Manoel e Ana casada com o Alferes Luiz Gonzaga e esses são os meu únicos e universais herdeiros, não só de suas legitimas como do remanescente da terça, se houver.
Declaro que estes meus herdeiros estão inteirados de a legitima materna e à conta da minha meação Manoel tem em si o valor de duzentos e cincoenta mil réis nas casas do Pinhal e deve-me algumas parcelas assim como João também me deve; meus testamenteiros e herdeiros estejam pelas duas contas.
Nesta forma tenho disposto o meu testamento, escrito a meu rogo pelo Vigário José D’ Abreu e Silva e por mim assinado.
Aiuruoca, 26 de março de 1832
João de Souza Meirelles
Como testemunha que este escrevi a rogo do Testador o Cap. João de Souza Meirelles e o vi assinar
José de Abreu e Sª