PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Aportes à GP: Joana Nogueira do Prado Leme - SL. VI, 372, 6-2, neste site.
JOANA NOGUEIRA
Inventário
Museu Regional de São João del Rei
Tipo de Documento: Inventário
Caixa: C-48
Ano: 1757
Inventariada: Joana Nogueira
Inventariante: João Gomes de Lemos
Local: Paragem Baependi, Vila de São João
Data do óbito: 02-05-1757
Paginas: muito danificado, não se vê o número - documento enorme
Transcrição de Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira
fls. 01
Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Joana Nogueira, inventariante o viúvo seu marido João Gomes de Lemos.
Data: 23 de Agosto de 1757
Local: Paragem de Baependi, em casas do morada do inventariante João Gomes de Lemos.
fls. 01v. Declaração.
(...) declarou que a defunta sua mulher havia falecido em dois do mês de Maio deste mesmo ano de mil setecentos e cinquenta e sete e que não fizera testamento.
fls. 02v.
Filhos do 1º Matrimonio
01- Manoel
02, José
03- Pedro
04- Maria
Filhos do 2º Matrimonio
01- Albino, de idade de doze anos
02- Theodoro, de idade de dez anos
03- Antonio, de idade de oito anos
04- Ilario, de idade de sete anos
05- Caetana, de idade de seis anos
06- Amaro, de idade de dois anos
07- Francisco, de idade de um ano.
BENS
- Escravos em numero de 26
BENS DE RAIZ
- um sitio chamado o Cajeru (?) com casas de vivenda e senzalas cobertas de capim com matos, capoeiras e suas arvores de espinhos que parte de uma banda com o sitio de Baependi e de outra com terras de Nossa Senhora da Conceição do Rio Verde e de outra pela Serra da Aiuruoca. 1:000$000
- outro sitio na estrada chamado Baependi, com casas de vivenda de taipa cobertas de telha, com seu engenho, forno de fazer farinha e moer cana, também cobertos de telha com matos, capoeiras, com vários plantas de canas e com todos os seus logradouros, que parte de uma banda com terras de Luís Pereira Dias e da outra com terras de Antonio Teixeira Souza. 2:800$000
DIVIDAS PASSIVAS
- Antonio Pereira Lages
- João Luis
- Domingos Gonçalves da Costa
- Antonio de Moraes Pessoa
- Pedro dos Santos
- Francisco Rodrigues Gondim
- Jeronimo da Silva Ferras.
fls. (?)
Diz Joana Nogueira Leme e seu marido João Gomes de Lemos que eles deram por empréstimo (...) produto das legitimas de seus filhos e do defunto seu primeiro marido José de Sá e o rendimento das mesmas legitimas (...) se acha aplicado para alimento dos mesmos órfãos (...) tem por fiadores a Manoel de Sá e Luis Pereira Dias moradores no Caminho Velho ambos homens abonados (...)
AJUNTADA
Data: 14 de Outubro de 1752
Local: Vila de São João del Rei
Testemunha 01
- Lourenço Ribeiro de Brito, morador no Cajuru, Termo desta Vila, vive de seu negócio, 52 anos.
Depoimento:
Disse que ele conhece muito bem que Manoel de Sá e Luiz Pereira Dias os quais são muito abonados, capazes de pagar a quantia de que se trata (...).
Testemunha 02
- João Rodrigues dos Santos, morador na Vila de São João, vive de seu ofício de Ferreiro, 46 anos.
Depoimento: idem.
Data: 30 de Setembro de 1741 (*)
Local: em casas de morada do defunto José de Sá
(*) nesta data arrolamento dos herdeiros do falecido José de Sá com a inventariante Joaquina Nogueira.
01- Manoel, de idade de seis anos
02 José, de idade de quatro anos
03- Pedro, de idade de três anos
04- Ilário, de idade de um ano
DECLARAÇÃO
(...) que José de Sá falecera a dez de Setembro de 1741 e que fizera testamento (...)
TESTAMENTO
Em nome da Santíssima Trindade Padre, Filho e Espírito Santo, três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro.
Data: 02 de Setembro de 1741
Eu José de Sá morador nesta Freguesia de Baependi estando doente em uma cama, com o meu juízo perfeito e entendimento que Nosso Senhor me deu, temendo-me da morte e desejando por a minha alma no caminho da salvação por não saber o que Deus Nosso Senhor de mim quer fazer e quando será servido levar-me para si (...) faço este meu testamento na forma seguinte:
Rogo a meu cunhado e compadre o Capitão Domingos Teixeira de Mello (sic) e a meu irmão Manoel de Sá (...).
E na falta destes acima rogo ao Reverendo Vigário o Padre Antonio Ribeiro Cruz e a Caetano da Silva, morador no Rio das Mortes (...).
O meu corpo será sepultado nesta Igreja Matriz de Nossa Senhora do Monte Serrat de Baependi com o Hábito do Glorioso Padre São Francisco.
(..........)
Peço e rogo a minha mulher e herdeiros falam por minha alma tudo o que for para salvação dela.
Declaro que sou casado com Dona Joana Nogueira de cujo matrimonio tenho quatro filhos a saber: Manoel José, Pedro e Maria.
Declaro que sou natural da Freguesia de São Thiago Dantas. Termo de Barcelos, Arcebispado de Braga, e filho legítimo de Bento Martins e Jeronima de Sá, já defuntos.
Declaro que possuo a Fazenda seguinte a saber, o sitio do Cajuru e as casas deste onde assisto, terras no alto do Morro chamado Cajuru demarcando com terras de Baependi correndo pela estrada até intestar com as terras da Capela de Nossa Senhora do Rio Verde aonde tem um morro de pedra e uma cruz para a demarcação.
(...) tem sesmaria pela parte do nascente que declara meu sogro o Capitão Mor Thomé Rodrigues Nogueira (...) e mais um sitio Mato dentro chamado (---------?) Formoso que comprei ao dito meu sogro (...).
(..........)
Declaro que me é devedor Antonio de Souza, morador na Aiuruoca (...) e outro Manoel Mendes de Carvalho morador na Aiuruoca (...) José Changles morador na Lagoa de Aiuruoca, José Cardoso, morador na Aiuruoca (...), José de Oliveira, morador na Aiuruoca (...) é fiador seu irmão Matheus de Oliveira. Manoel Rodrigues Guimarães, morador nos Serranos ou Rio das Mortes (...), Bartholomeu Francisco Vieira, morador na Freguesia de Carrancas (...), Luis de Barros (...), Antonio Gonçalves, morador nesta Freguesia(...), Pedro de Castro, morador nesta Freguesia (...), Domingos Ribeiro da Silva (...), José Pinto, morador nesta freguesia (...), Luis de Oliveira (...). Os herdeiros do meu sogro (...).
(...........)
Declaro mais que é devedor Francisco Rodrigues, viandante deste Caminho Velho (...).
Declaro que devo a João Monteiro da Encruzilhada (...), a José Gonçalves da Cruz (...).
Declaro mais que me é devedor Pedro de Rebouças (...), Francisco de Souza (...).
(............)
Declaro que deixo ao meu cunhado Domingos Teixeira Villela o meu cavalo de sela.
Declaro que o meu casamento foi por carta e contrato de arrás e nesta forma se farão as partilhas ficando a metade de tudo depois de pagas as dividas a minha mulher e da outra metade se tirará a terça para satisfazer os meus legados e o que restar dela deixo de esmola a minha irmã Margarida de Sá, filha de Bento Martins e Margarida(sic) de Sá, já defuntos e os ditos meus legados se cumprirão dentro de um ano depois do meu falecimento.
Declaro que nomeio e instituo por meus universais herdeiros depois de pagas as minhas dividas a meus filhos Manoel, José, Pedro e Maria,
(..............)
(...) roguei a Angelo do Prado Xavier que este por mim fizesse (...)
José de Sá
MONTE - 4: 898$490
PROCURAÇÃO
Procurador Nomeado - Cipriano Machado da Silva, Francisco Xavier (...)
Local: Baependi
Data: 26 de Março de 1744
Que Faz: Dona Joana Nogueira Leme do Prado (viúva de José de Sá)
Diz Joana Nogueira Leme, viúva que ficou de José de Sá, moradora na Vila de são João del Rei (...) que por falecimento do dito seu marido lhe ficaram do dito matrimonio quatro filhos três machos e uma fêmea e dos bens que ficaram no dito casal ficou a suplicante de posse deles como cabeça do casal (...).
AUTO DE CONTAS
Data: 20 de Junho de 1748
Local: Vila de São João del Rei
Tutor: João Gomes de Lemos (2º esposo da viúva)
Dos menores: - Manoel, José, Pedro e Maria.
(...) o menor Manoel estava em sua companhia e de sua mãe, onde continuadamente lhe tinha mestre para aprender a ler (...).
(...) o menor José também assistia em sua companhia e de sua mãe e andava aprendendo a ler.
(...) o menor Pedro também está em sua companhia aprendendo a ler.
(...) a menor Maria, vive em companhia de sua mãe, aprendendo a ler (...).
Diz Manoel de Sá, como tutor dos menores, filhos que ficaram do defunto seu irmão José de Sá (...).
PROCURAÇÃO
Data: 26 de Setembro de 1750
local: Paragem da Encruzilhada do Caminho Velho do Rio de Janeiro, em casas onde vive Manoel de Sá
Que Faz: Manoel de Sá
Procurador Nomeado: Custodio dos Anjos (...).
AUTO DAS CONTAS
Data: 08 de Outubro de 1750
Local: Vila de São João del Rei.
Tutor - o Procurador Francisco de Oliveira Santos
Dos Órfãos
(...) os ditos órfãos, filhos do defunto José de Sá se achavam em companhia de sua mãe cabeça do casal e de seu segundo marido o padrasto dos ditos órfãos, João Gomes de Lemos, os quais lhe davam boa educação e ensino assim no espiritual como no temporal e os traziam bem tratados e limpos e mandando-os ensinar a ler, escrever e contar que para esse efeito lhe tinha mestre pronto em casa, e demais a órfã Maria, alem deste ensino, sua mãe a admitia no ensino de cultura e mais ensinamentos necessários a uma mulher honesta.
AUTAO DE CONTAS
Data: 02 de Dezembro de 1754
Local: Vila de São João del Rei.
Dos Órfãos
(...) Manoel. se acha em idade de dezenove anos, pouco mais ou menos, no estado de solteiro, e se achava em companhia de sua mãe e de seu padrasto e estudava com mestre em casa (...).
(...) José, se achava com a idade de dezessete anos, pouco mais ou menos, no estado de solteiro e que esta em companhia de sua mãe e de seu padrasto e vive estudando (...).
(...) Pedro, se acha com a idade de dezesseis anos, pouco mais ou menos, no estado de solteiro e que esta em companhia da dita sua mãe e de seu padrasto e seu exercício é andar nos estudos com mestre em casa (...).
(...) Maria, se acha em idade de quatorze anos, pouco mais ou menos, no estado de solteira e que está em companhia de sua mãe e padrasto, os quais lhe dão bom ensino e educação (...)
ASSENTADA
Data: 16 de Outubro de 174(?)
Local: Vila de São João
Testemunha 01
- Manoel de Sá, morador na Encruzilhada, vive de sua lavoura, 60 anos, irmão do defunto José de Sá.
Depoimento: confirma o casamento de José de Sá e Joana Nogueira e que estes tem 04 filhos.
Testemunha 02
- Francisco José Machado, morador em Guaratinguetá, vive de seu negócio, 21 anos.
Depoimento: idem
Testemunha 03
- Antonio Dias de Aguiar, viandante do Caminho, vive de seu negócio, 35 anos.
Depoimento: idem
Testemunha 04
- João Dinis Pinheiro, alfaiate, 56 anos, desta Vila.
Depoimento: idem.