PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

Família “João Peres de Gusmão”, neste site.

 

ANDRÉ BERNARDES DE GUSMÃO

Inventário

 

Museu Regional de São João del Rei

Tipo de Documento: Testamento

Ano: 1825/1826

Livro: 33

Testador: André Bernardes de Gusmão

Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira

 

fls. 162

Registro do Testamento com que faleceu André Bernardes de Gusmão de quem é sua Testamenteira sua mulher D. Isabel Antonia de Souza..

 

Em nome de Deus. Amém.

Eu André Bernardes de Gusmão, filho legítimo do Capitão João Pires de Gusmão e de Dona Maria Antonia de Castilho, já falecidos, natural da Vila de Guaratinguetá do Bispado de São Paulo e morador nesta freguesia e Vila de Santa Maria de Baependi do Bispado de Mariana, estando gravemente enfermo porém em meu perfeito juízo faço este meu Testamento pela maneira seguinte:

(.........................)

Declaro que sou casado com Dona Isabel Antonia de Souza de cujo matrimônio temos sete filhos a saber: Francisco = Antonio = Alexandre = Maria = Ana = Francisca = Bárbara todos casados, os quais foram dotados com os bens abaixo descritos, os quais meus filhos declaro e instituo por meus legítimos e universais herdeiros não só das duas partes dos meus bens como mesmo dos remanescentes da minha terça havendo-os.

Declaro e instituo por meus testamenteiros em primeiro lugar a minha mulher dita Isabel Antonia de Souza, em segundo ao Reverendo Antonio Rodrigues Afonso, em terceiro ao Capitão Antonio José de Carvalho (...).

(.........................)

Quero que o meu corpo seja envolto em Hábito de Nossa Senhora do Carmo (...).

(.........................)

Deixo a minha filha Bárbara cento e cinquenta mil réis e a sua filha Cândida cinquenta mil réis.

Deixo a minha afilhada Claudina, filha de meu genro Bartholomeu José de Matos, dez mil réis.

A minha afilhada Clara, filha de minha filha Francisca, dez mil réis.

A mesma quantia deixo ao meu afilhado Francisco, filho da dita.

Deixo ao meu afilhado Francisco, filho de meu filho Antonio Xavier, outros dez mil réis.

A minha afilhada Ana, filha de meu cunhado Balthazar Rodrigues, mais dez mil réis.

A meu afilhado João, filho de meu irmão Antonio, mais dez mil réis.

A minha afilhada Jerônima, filha de João Rodrigues de Matos, mais dez mil réis.

A minha afilhada Isabel, filha de meu filho Alexandre, mais dez mil réis.

A minha afilhada Ana, filha de Gaspar Vieira, mais dez mil réis.

A meu afilhado Inocêncio, filho do Alferes Joaquim Antonio de Carvalho, mais dez mil réis.

A Policena, mulher de Miguel Antonio, em gratidão pela companhia ]na minha enfermidade.

(.........................)

Declaro que minha filha Ana, casada primeiramente com Antonio Leite e por falecimento deste com Manoel José da Costa, levou em dote um crioulo de nome Luís em oitenta mil réis, e um animal selado e enfreado e enxoval oitenta mil réis e por uma escrava de nome Bernarda que seu marido tornou a me entregar dei cem mil réis.

Maria, casada com Bartolomeu José de Matos levou em dote um crioulo de nome Adão em preço de oitenta mil réis, uma escrava de nome Joana por duzentos mil réis e enxoval, um cavalo selado e enfreado oitenta mil réis e me deu o que por ele paguei ao Capitão Theodoro Gomes o que constar do crédito, assim como o que constar do rol da minha loja.

Bárbara, casada com Domingos Guedes, levou em dote um cabra de nome Gabriel em oitenta mil réis e em uma escrava de nome Narcisa setenta mil réis, e em uma mulatinha filha da mesma de nome Floriana cinquenta mil réis e porque aquela escrava Narcisa pela nulidade da compra que eu tinha feito tornou a testamentária do Coronel Henrique Dias, eu recompensei a esta filha em dinheiro e em fazenda da loja. ficando sem efeito o valor da filha Floriana por ter falecido antes da saída da mãe para a dita Testamentária. esta minha filha me deve o que constar do meu rol.

Francisca, casada com Antonio de Vasconcellos, levou em dote um crioulo de nome Vicente no valor de setenta mil réis, uma negra de nome Luiza em cento e cinquenta mil réis e enxoval e cavalo selado e enfreado oitenta mil réis, deve o meu casal o que constar de um crédito e rol da loja.

Meu filho Francisco me deve o que contar de um crédito.

Meu filho Alexandre tem em si uma cabra de nome Rita em preço de sessenta mil réis e pelas terras de culturas que lhe dei sairá o seu valor que são cinquenta mil réis da minha terça e nada mais me deve.

Meu filho Antonio tem em si uma mulata emprestada na ocasião em que se mudou e me deve o que constar do crédito que paguei e resgatei da mão do Capitão Theodoro Gomes e assim me deve mais o que constar do crédito do abono que lhe dei e por ele paguei.

Declaro que dei a minha neta e afilhada Cândida, filha de Bárbara, uma crioulinha de nome Vitória no valor de quarenta mil réis ou o que contar de um papel de dádiva que lhe fiz, sendo a dita crioulinha recém nascida.

(.........................)

Declaro que tive negócios na casa do falecido Capitão Pedro de Alcântara e Batista Caetano de Almeida que me parece estar extinto o meu dever de pouco rentáveis.

Declaro que é verdade que consenti no negócio ou trato de meu filho Antonio Xavier com Antonio da Costa Theodoro, cedendo do lugar da morada a estrada da Encruzilhada enquanto ele Costa e sua mulher tivessem assim como de poderem trazer poucas criações nos pastos sendo a minha intenção o não graçar a Fazenda com este ônus logo que houvesse criações dos donas da minha Fazenda.

(.........................)

Declaro que a quantia de dez mil réis que assim a deixo a Francisco, filho de minha filha Francisca é a Henrique filho da mesma.

(.........................)

(...) pedi ao Padre Domingos Rodrigues Afonso que este por mim escrevesse (...).

Vila de Santa Maria de Baependi, 09 de Janeiro de 1824

André Bernardes Gusmão

 

fls. 163 - Aprovação

Data: 10-01-1824

Local: Vila de Santa Maria de Baependi Minas e Comarca do Rio das Mortes, em casas de morada do Testador o Tenente André Bernardes de Gusmão

 

fls. 163v. - Abertura

Aos vinte e dois dias do mês de Janeiro de mil oitocentos e vinte e seis (...) foi aberto o Testamento do Tenente André Bernardes de Gusmão finado neste mesmo dia.

 

 

CEMEC - Campanha – Livro de Testamentos de Baependi CPA 012

Testador: André Bernardes de Gusmão

Testamenteira – Dona Isabel Antonia de Souza - viuva

Data – 22/01/1826 data do falecimento

Local – Vila de Baependi.

Anotado por: Moacyr Villela.

Data da Transcrição: 2007

 

Registro do Testamento com que faleceu André Bernardes de Gusmão do qual é testamenteira sua viúva Dona Isabel Antonia de Souza

 

TESTAMENTO – trechos

 

Eu filho legitimo do Capitão João Peres de Gusmão e de Dona Maria Antonia de Castilho, já falecidos, natural da Vila de Guaratinguetá, Bispado de São Paulo e morador nesta Vila de Baependi...Sou casado com Dona Isabel Antonia de Souza de cujo matrimonio temos 7 filhos, a saber : Francisco, Antonio, Alexandre, Maria, Ana, Francisca e Bárbara , todos casados os quais foram dotados com os bens abaixo descritos. Eles são meus herdeiros

Primeiro Testamenteiro – Minha mulher,

Segundo – Reverendo Antonio Rodrigues Afonso;

Terceiro – Capitão Antonio Jose de Carvalho.

Legados:

A neta Cândida filha de Bárbara-50.000;

Afilhada Claudina, filha de meu genro Bartolomeu Jose de Matos – 10.000;

Afilhados: Clara e Henrique filhos de minha filha Francisca – 10.000 a cadaum;

Ao afilhado Francisco, filho de meu filho Antonio Xavier – 10.000;

A afilhada Ana filha de meu cunhado Baltazar Rodrigues – 10.000;

Ao afilhado João, filho de meu irmão Antonio-10.000;

A afilhada Jeronima  filha de João Rodrigues de Matos – 10.000;

A afilhada Isabel filha de meu filho Alexandre – 10.000;

A afilhada Ana filha de Gaspar Vieira – 10.000;

Ao afilhado Inocêncio filho do Alferes Joaquim Antonio de Carvalho – 10.000;

A Pulqueria mulher de Miguel Antonio em gratidão dos serviços que me tem prestado – 10.000

Minha filha Ana quando casou primeiro com Antonio Leite e por falecimento deste com Manoel Jose da Costa dotei...;

Minha filha Maria quando casou com Bartolomeu Jose de Matos dotei...;

Minha filha Bárbara quando se casou com Domingos Guedes, dotei...;

Minha filha Francisca quando se casou com Antonio de Vasconcelos dotei...

Dei a minha neta e afilhada Cândida filha de Bárbara uma crioulinha...;

Devo a casa de Manoel Ferreira de Pinho e Companhia – 1.500.000;

Tive negócios na casa do falecido Capitão Pedro de Alcântara e Batista Caetano de Alvarenga que me parece estar extinto.

Cedi ao negocio de meu filho Antonio Xavier tratado com Antonio da Costa Teodoro, cedendo um lugar de morada na estrada da Encruzilhada.

Os bens que possuo em dinheiro podem chegar a 4.000 cruzados

Escrito pelo padre Domingos Rodrigues Afonso e, 09 de janeiro de 1824 em casas do testador na Vila de Baependi

 

Abertura na Vila de Baependi em 22 de janeiro de 1826.