PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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Subsídios à Genealogia Sul Mineira. (Bartyra Sette)

 

Alberto de Souza Monteiro, faleceu aos 06-08-1766 com testamento redigido ao 28-07-1766 no sítio o Feijoal no Ribeirão do Santo da Ibitipoca, onde declara ser natural de Santa Maria Madalena do Convento de S. Tirso, Bispado do Porto, filho de João de Souza Ferreira e Maria da Trindade (*) Monteira. Declara ser viúvo de Maria da Assunção de Jesus, filha de José de Castro (*) e de Joana de Castro, natural da Freguesia de Nossa Senhora da Candelária da cidade do Rio de Janeiro.

 

(*) no batismo de Antonio e de Miguel (abaixo) consta a mãe de Alberto como Maria de Andrade Monteiro, e os pais de Maria da Assunção como José da Silva Torres, da freguesia de S. Lazaro e sua mulher Joana de Castro, de S. Marinha de Villa Nova, ambos do Bispado do Porto.

 

Tiveram os filhos seguintes:

 

1- José de Souza Monteiro, de idade de trinta anos, pouco mais ou menos em 1766.

 

2- Francisca Maria da Assunção, foi casada com Joaquim de Moraes Sarmento, já falecido em Julho de 1766.

 

3- João de Souza Monteiro, batizado aos 10-09-1738.

Batismos, Barbacena-MG - aos 10-09-1738 JOÃO, f. de Alberto de Souza Monteiro e de ----------(borrado)

 

4- Francisco de Souza Monteiro, batizado aos 26-04-1741.

Batismos, Barbacena-MG - aos 26-04-1741 FRANCISCO, f. de Alberto de Souza Monteiro e Anna da Assunção, digo Maria da Assunção, padr.: Miguel Pereira, casado e Joanna de Crasto, mulher de José da Cruz.

 

5- Antonio de Souza Monteiro, nascido aos 12-02 e batizado aos 30-04-1743.

Batismos, Barbacena-MG 1737- 1747, aos 30-04-1743 na capela de Ibitipoca, ANTONIO, f. de Alberto de Souza Montr.º e s/m Maria da Assumpção. Nasceu aos 12 de Fevereiro. Npaterno de João e Souza Ferreira e s/m Maria de Andrade Montr.º, da freguesia de Sam Tirso, bispado do Porto; nmaterno de José da Silva Torres, da freguesia de S. Lazaro e s/m Joana de Crasto, de S. Marinha de Villa Nova, ambos do bispado do Porto; padr.: Miguel Per.ª e Quiteria da Crus, solteira, filha de Joze da Crus.

 

6- Miguel de Souza Monteiro, nascido aos 19-03 e batizado aos 04-04-1746.

Batismos, Barbacena-MG - aos 04-04-1746 na Ibitipoca, MIGUEL, nascido aos 19-03, f.l. de Alberto de Souza Monteiro, n. de Santo Tirso do bispado do Porto e s/m Maria da Assunção, n. de Santo Ildefonso da cidade do Porto; np de João de Souza Ferreira e s/m Maria de Andrade Monteira; nm de Jose da Silva Torres e Joanna de Crasto. Padr.: Cipriano da Crus e Ignes da Assunção mulher de Migue Pereira Lisboa.

 

7- Quitéria Maria de Jesus, de idade de vinte anos pouco mais ou menos em 1766. Casou com Antonio Jorge.

 

8- Joaquim de Souza Monteiro, de idade de dezesseis anos pouco mais ou menos em 1766.



ALBERTO DE SOUZA MONTEIRO

Inventário e Testamento

 

Museu Regional de São João del Rei

Caixa: 163

Nº de Páginas: 126

Ano: 1767

Inventariado: Alberto de Souza Monteiro

Inventariante: José de Souza Monteiro

Local: São João del Rei

Testamento data: 28-7-1766

Testamento abertura: 17-8-1766

Transcrito por : Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Moraes Junqueira

 

Fl. 01

Inventário dos bens do falecido Alberto de Souza Monteiro, morador que foi no Salto da Ibitipoca, Freguesia de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo – Inventariante José de Souza Monteiro, filho do dito falecido.

Data: 11 de Fevereiro de 1767

Local: Vila de São João del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes.

 

Fl. 01v.

DECLARAÇÃO

... e logo declarou que seu pai falecera aos dezesseis dias do mês de Agosto de mil  setecentos e sessenta e seis e que fizera Testamento (...).

 

Fl. 02

FILHOS

01 – Jose de Souza Monteiro, de idade de trinta anos, pouco mais ou menos;

02 – Joaquim (?) de Souza Monteiro, de idade de vinte e oito anos, pouco mais ou menos;

03 – Francisca Maria da Assunção, viúva de Joaquim de Morais Sarmento;

04 – Francisco de Souza Monteiro, de idade de vinte e quatro anos, pouco mais ou menos;

05 – Antonio de Souza, de idade de vinte e dois anos, pouco mais ou menos;

06 – Quitéria Maria, de idade de vinte anos, pouco mais ou menos;

07 – Miguel de Souza, de idade de dezoito anos, pouco mais ou menos;

08 – Joaquim de Souza, de idade de dezesseis anos, pouco mais ou menos.

 

Fl. 03v.

BENS DE RAIZ

- Um sítio com casas de vivenda cobertas de capim com seu monjolo também coberto de capim e no mesmo uma casa coberta de telha que se compõem com suas árvores cobertas de espinhos com suas matas virgens capoeiras terra tudo de cultura que parte de uma parte com Domingos Francisco Neves e da outra com José Fortes Bustamante e Sá e da outra com terras do Capitão Manoel dos Santos Castro e José Lopes Guimarães   800$000.

 

- Um quarto de lavra sito na paragem chamada o Feijoal dentro do mesmo sítio em que é sócio com José Fortes   100$000.

 

Fl. 04

DIVIDAS PASSIVAS

- a Francisca Maria, sua irmã, viúva que ficou de João de Morais..38$400.

- a Francisco Antonio Pimenta, o que constar de sua execução.

- a Manoel Rodrigues de Aguiar, do resto de um escravo por nome Antonio.

- a Francisco Dias Ferreira                                               7$200.

- o Padre Jose Dias de Carvalho

- Jeronimo Lopes

- a Francisco Gomes                                                      3$000.

- a Antonio da Silva Campos                                            6$300.

- ao Coronel João de Souza Leitão                                    15$600.

- ao Capitão Manoel Ribeiro dos Santos, por uma execução de seus dízimos.

- a Jose Fortes Bustamante de Sá.

 

Fl. 05v.

TESTAMENTO

 

Em nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo, três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro.

Saibam quantos este Público Instrumento de Testamento e última vontade virem como no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e sessenta e seis aos vinte e oito dias do mês de julho do dito ano neste sítio chamado o Feijoal no Ribeirão do Santo da Ibitipoca, Freguesia da Borda do Campo, eu Alberto de Souza Monteiro estando em meu perfeito juízo e entendimento que Nosso Senhor me deu, doente de enfermidade que o mesmo Senhor foi servido dar-me temendo-me da morte e desejando por a minha alma no caminho da salvação por não saber o que Nosso Senhor quer de mim fazer e quando será servido levar-me para si, faço este Testamento na forma seguinte.

(..........................)

Meu corpo será envolto em Hábito de São Francisco e em falta dele em um lençol e sepultado no Adro da Igreja da Capela mais vizinha onde for o meu falecimento (...).

Declaro que fui casado com a senhora Maria da Assunção de Jesus, já defunta, filha legítima de Jose de Castro e de Joana de Castro, natural e batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Candelária da cidade do Rio de Janeiro, e dela me ficaram os filhos que de nós ambos houve: José, Francisca, João, Francisco, Antonio, Miguel, Quitéria, Joaquim; que tenho em meu poder e são os meus herdeiros forçados.

Declaro que sou natural e batizado na Freguesia de Santa Maria Madalena do Convento de Santo Tirço, Termo e Bispado do Porto, filho legítimo de João de Souza Ferreira e Maria da Trindade Monteira.

Declaro que antiquissimamente muito antes das novas ordens de Sua Majestade respeito           pedir por sesmarias as terras de lavoura se usava cada um onde mais comodamente podia habitar se           e roçava e plantava e ficavam possuindo os matos que vertiam as capoeiras e córregos onde se a situavam e por este uso nesse tempo me a situei neste Ribeirão do Salto ao pé de uma cachoeira alta e rocei e plantei uma capoeira que hoje se chama de Antonio de Oliveira por este algum tempo nela plantar ao meu favor e daí vim continuando para cima possuindo desta forma os matos que a dita primeira situação havia para cima até o campo que sai a Capela da Ibitipoca e em certo tempo me pediu o defunto Antonio Fortes de Bustamante e Sá que plantasse nos matos, terras e pela boa amizade que com ele tinha lhe concedi e passados alguns anos depois de sua morte seu irmão Jose Fortes nela veio plantar da mesma forma e por me faltar advertência de lhe pedir ressalvo o que por licença minha plantava nas ditas terras se chama o Leitosa mente e consciência a posse de serem suas por nelas haver plantado desde um valo que abriu e tapou com cerca e pôs uma porteira na estrada para cima e que segue para a parte da Ibitipoca.

Declaro que não tendo direito e serão as ditas terras inteiramente minhas pela minha fidelidade e confiar em falsos amigos que possuo desde o dito valo até a capoeira chamada de Antonio de Oliveira todas que vertem ao Ribeirão e com casas de vivenda, senzala, paiol e monjolo de socar milho; arvoredos e plantas que no dito sítio que moro se acharem.

Declaro que possuo sociedade com Jose Fortes de Bustamante e Sá a quarta parte da lavra feita e trazida a talho aberto com serviços até baixo da cachoeira neste mesmo meu sítio pelo rego da água no Ribeirão.

(..........................)

Declaro que fui devedor a Martinho de Araújo como fiador de um meu irmão cuja dívida ficou pertencendo por morte dele a seu irmão o Licenciado João de Araújo e para pagar a dita dívida fiz venda de um sítio e lavras que possuo nas cabeceiras do Ribeirão de Santa Rita do Alferes Antonio Xavier Borga e este a traspassou a Domingos Francisco Neves de quem recebi um crédito que tenho em meu poder ao dito Neves fiz venda da mesma fazenda ao Capitão Manoel Rodrigues da Costa e ao Tenente Antonio Jose de Machado para do seu valor pagarem a referida dívida (...).

(..........................)

Declaro que nomeio por meus Testamenteiros em primeiro lugar ao Senhor Capitão Manoel dos Santos Castro, em segundo lugar ao Senhor Joaquim Rodrigues da Costa, em terceiro lugar a meu filho Joaquim de Souza Monteiro (...).

Declaro que pagas as minhas dívidas e satisfeitos os meus legados são os meus herdeiros os meus filhos, já declarados neste meu Testamento e havendo qualquer quantia que pertença a minha terça deixo que meus Testamenteiros tudo que a ela pertencer me mande dizer em missas de escola costumada (...).

Declaro que por falecimento de meu genro Joaquim de Moraes Sarmento que foi casado com minha filha Francisca Maria da Assunção tomei a mim um capote de pano usado (...).

(..........................)

Salto de Ibitipoca, o Feijoal, hoje, dia era et supra.

Alberto de Souza Monteiro.

 

Fl. 10

ABERTURA

Aos dezessete dias do mês de agosto deste ano de mil setecentos e sessenta e seis anos, por falecimento de Alberto de Souza Monteiro, me foi entregue este Testamento (...)

 

Fl. 13

Monte Mor – 1:219$100

 

Fl. 20

Diz José de Souza Monteiro, morador no Salto da Ibitipoca (...) que por falecimento de seu pai Alberto de Souza Monteiro, naquela ocasião não teve notícia do interesse de quarenta datas de terras minerais citas na Ponte Alta da mesma Ibitipoca em que o dito seu pai foi sócio com Thome Pereira Teixeira, Miguel Pereira Teixeira e José da Cruz Silva, e como se deve adir ao dito Inventário (...).

 

Fl. 35

Diz Jose de Souza Monteiro que (...) assinar Termo de Tutela de seu irmão órfão (...).

 

Fl. 37

Dizem Francisco de Souza Monteiro; Antonio de Souza Monteiro; Miguel de Souza Monteiro; Francisca Maria de Jesus, viúva; Antonio Jorge e sua mulher Quitéria Maria de Jesus; João de Souza Monteiro per si e como tutor do menor Joaquim de Souza Monteiro, todos órfãos do falecido Alberto de Souza Monteiro, moradores na Ibitipoca que em razão da pobreza em que se acham e nada a serem herdado de seu pai que está onerado com dívidas (...).